Educação indígena: chave para adiar o fim do mundo

Pensadora potiguara aponta: o futuro ancestral passa necessariamente pela defesa da terra e pelas escolas. Garantia do direito começa pela proteção contra etnocídio, diz. E propõe ações mais robusta do Estado para proteger as crianças e fomentar o ensino

Rita Potiguara em entrevista a Leanderson Lima, no Amazônia Real

A inclusão da educação indígena nas políticas públicas do país é um dos maiores desafios nas demandas dos povos originários. Apesar de iniciativas e projetos implementados no passado, muitas reivindicações ainda precisam ser atendidas. Nesta luta por um ensino escolar indígena está a professora Rita Potiguara, de 54 anos, cujo povo originário vive no sertão do Ceará. Rita nasceu na aldeia São José, em Cratéus. A cidade, como ela define, tem uma face multiétnica, povoada por ciganos, quilombolas e povos indígenas de diferentes etnias, como Guarani, Tabajara, Tupinambá, além dos próprios Potiguara. (mais…)

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Aumenta sensação de insegurança em escolas militares do DF

Especialista em educação diz que polícia deveria ‘garantir segurança do lado de fora’ e que projeto é ‘antieducação’

por Valmir Araújo, em Brasil de Fato

Aumentou a sensação de insegurança dentro das escolas de gestão compartilhada – escolas cívico-militares – do Distrito Federal entre os anos de 2019 para 2022. De acordo com a 2ª Pesquisa de Situação Escolar, elaborada pela Secretaria de Segurança Pública, a sensação de insegurança dentro dessas escolas subiu entre professores, estudantes e demais servidores das unidades de ensino. (mais…)

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Professor se acidenta em trilha para lecionar no Quilombo Bombas, em São Paulo

Pedro Ernesto Santos e seus colegas levam até cinco horas para chegar a escolas; Justiça determinou construção de estrada em 2015

por Taynara Borges, em ISA
Vídeo gravado no dia 30 de setembro mostra o professor Pedro Ernesto Santos, geógrafo, caído numa trilha lamacenta no caminho de volta da escola em que leciona, no município paulista de Iporanga, na região do Vale do Ribeira. Ele está aos prantos. Pedro é professor da rede estadual de ensino e dá aulas de Geografia para crianças e adolescentes em dois núcleos de uma escola rural mista. (mais…)

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Primeira reitora negra toma posse na UFRB, universidade na Bahia com 81% dos estudantes negros

Georgina Gonçalves foi eleita reitora da UFRB em 2019 e não empossada pelo então presidente Jair Bolsonaro

Por Gabriela Amorim, no Brasil de Fato | Itaparica (BA)

Nesta quinta-feira (14), aconteceu a cerimônia de transmissão de cargo para a nova reitora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), professora Georgina Gonçalves.

A professora Gina Gonçalves tomou posse oficialmente em 30 de agosto, em cerimônia celebrada em Brasília. Ela é graduada em Serviço Social pela Universidade Católica do Salvador, mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia e doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Paris VIII. É professora associada do Centro de Artes, Humanidade e Letras (CAHL) da UFRB. Ela foi vice-reitora da universidade de 2015-2019. E em 2019, foi eleita reitora da UFRB e não empossada pelo então presidente Jair Bolsonaro. (mais…)

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Diário de uma mulher indígena na USP

Finalista do Troféu Mulher Imprensa pelo podcast na Rádio SUMAÚMA, Elizângela Baré é a primeira indígena a fazer mestrado em Saúde Pública na Universidade de São Paulo, com bolsa da Fapesp, e quer provar que a ciência milenar dos povos originários pode ser usada no SUS

por ELIZÂNGELA BARÉ, em Sumaúma

Uma horta pode curar as feridas da solidão?
Por Malu Delgado*

Existe um ritual que precede a fala. Elizângela Baré pega em sua mochila a tinta vermelha feita com folhas de carajuru, pede licença e se dirige ao banheiro, no segundo andar da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), para se preparar. Sai de lá minutos depois com três pinturas no rosto: no queixo, o Aru, sapo criador do mundo e o dono do frio – “a pintura dos Baré”; nas duas bochechas, as flores – o símbolo das mulheres do rio Negro e que “chamam a beleza”; na testa, a marca da tradição, da resistência, da força e da guerra do povo Baré. “Nós, os povos do rio Negro, somos guerreiros. Essa é a pintura da peneira que a gente usa para fazer beiju; é a pintura do cumatá, que a gente usa para tirar goma [da mandioca]”, explica Elizângela. (mais…)

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Mestrado inédito em Saúde Coletiva para indígenas reafirma compromisso da Fiocruz

Júlio Pedrosa, da Fiocruz Amazônia*

No Dia Internacional dos Povos Indígenas (9/8), a Fiocruz reafirma seu compromisso e política institucional de aprofundamento de ações afirmativas e inclusivas das populações indígenas do país, através de parcerias que oferecem acesso à educação. O Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia) lança o primeiro curso de mestrado em Saúde Coletiva voltado exclusivamente para formação de profissionais, docentes e pesquisadores indígenas do Alto Solimões, como forma de diminuir a desigualdade nas regiões mais remotas do país. (mais…)

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Por que a Suécia desistiu da educação 100% digital e gastará milhões de euros para voltar aos livros impressos?

Entre os mais ricos do mundo, país vinha, desde a década de 1990, adotando uma estratégia massiva de informatizar os materiais didáticos e as aulas. Resultados em provas de leitura e conselhos de órgãos de saúde fizeram novo governo mudar a postura.

Por Luiza Tenente, g1

A Suécia, único país que, desde a década de 1990, buscou implementar a educação 100% digital nas escolas, voltou atrás e decidiu investir, ao longo de 2023, 45 milhões de euros (cerca de R$ 242 milhões) na distribuição de livros didáticos impressos.

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