Pensadora potiguara aponta: o futuro ancestral passa necessariamente pela defesa da terra e pelas escolas. Garantia do direito começa pela proteção contra etnocídio, diz. E propõe ações mais robusta do Estado para proteger as crianças e fomentar o ensino
Rita Potiguara em entrevista a Leanderson Lima, no Amazônia Real
A inclusão da educação indígena nas políticas públicas do país é um dos maiores desafios nas demandas dos povos originários. Apesar de iniciativas e projetos implementados no passado, muitas reivindicações ainda precisam ser atendidas. Nesta luta por um ensino escolar indígena está a professora Rita Potiguara, de 54 anos, cujo povo originário vive no sertão do Ceará. Rita nasceu na aldeia São José, em Cratéus. A cidade, como ela define, tem uma face multiétnica, povoada por ciganos, quilombolas e povos indígenas de diferentes etnias, como Guarani, Tabajara, Tupinambá, além dos próprios Potiguara. (mais…)