Cresce a 49,1% a proporção de lares sob liderança feminina, principalmente no Nordeste. Mas esta transformação escapa ao Estado: faltam políticas públicas para mitigar a dupla jornada – e oferecer mais creches e escolas em tempo integral
por Erik Chiconelli Gomes, em Outras Palavras
A transformação nas estruturas familiares brasileiras tem revelado uma mudança significativa nas relações de poder e na organização social do trabalho. Os dados recentemente divulgados pelo Censo de 2022 demonstram uma alteração substancial no perfil dos responsáveis pelos domicílios brasileiros, com as mulheres alcançando 49,1% da chefia dos lares1. Em 2010, 38,7% dos lares tinham liderança feminina. (mais…)