Feminicídio: aumentar pena não diminui casos, mas custo é baixo e convence eleitor

Especialista em direito penal, Maíra Zapater defende políticas introduzidas por Lei Maria da Penha e aulas sobre gênero

Por Isabel Seta | Edição: Ludmila Pizarro, Agência Pública

Maíra Cardoso Zapater se sente repetindo as respostas que deu em entrevistas de dez anos atrás. Como especialista em direito penal e em violência de gênero, a professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi instada a falar em 2015, ano em que o Brasil inseriu em sua legislação o crime de feminicídio – quando uma mulher é assassinada por ser mulher. Já na época, Zapater alertava para o fato de que a tipificação desse crime poderia não ter efeito nas estatísticas de violência contra mulher. (mais…)

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Ameaças a aborto legal revelam política “patriarcal” e “intimidatória”, diz antropóloga

Débora Diniz explica como o PDL 3/25 ameaça direitos garantidos e aprofunda a violência contra meninas e adolescentes

Por Andrea DiP, Sofia Amaral, Ricardo Terto, Stela Diogo, Agência Pública | Edição: Ludmila Pizarro

O Brasil voltou a testemunhar cenas brutais de violência contra as mulheres. Tentativas de feminicídio, casos de agressões e mortes cruéis têm sido registradas em diversas regiões do país, na última semana. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, mais de 2,7 mil mulheres foram vítimas de agressões graves e pelo menos 1.075 foram assassinadas por feminicídio. (mais…)

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25 de novembro: Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres

A data reforça a necessidade de avançar no enfrentamento às violências que atravessam os corpos e territórios das mulheres, especialmente do campo, das águas e floresta

Por Hanyelle Ohane Lima Santos, da Página do MST

Esta terça-feira, o 25 de novembro não é apenas uma data para marcada no calendário, é um chamado urgente para que sigamos enfrentando as violências que atravessam os corpos e territórios das mulheres, especialmente das mulheres do campo, da floresta e das águas. (mais…)

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“A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

A diretora-geral da ONU Mulheres argumenta que, diante dos retrocessos políticos, o movimento feminista da região oferece muitos motivos para esperança: “É hora de continuar construindo alianças entre mulheres comprometidas e trabalhar mais com os homens.”

A entrevista é de Lorena Arroyo, publicada por El País / IHU

“Será necessária uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados novamente.” A nova diretora da ONU Mulheres para as Américas e o Caribe, Bibiana Aído (Alcalá de los Gazules, Espanha, 48 anos), cita a feminista francesa Simone de Beauvoir para avaliar os recentes ataques de alguns países da região contra os ministérios da mulher. Nos últimos anos, Argentina, Panamá e Equador eliminaram esses departamentos sob o pretexto de cortar gastos públicos, apesar dos enormes desafios enfrentados por metade da população do continente. A violência de gênero continua sendo uma emergência: em 2023, 3.897 mulheres foram vítimas de feminicídio na América Latina e no Caribe — pelo menos 11 mulheres morreram todos os dias simplesmente por serem mulheres. (mais…)

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Reparação e bem-viver: por que marcham as mulheres negras

Caravanas estão rumo a Brasília; marcha acontece nesta terça

Por Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil

Desde o princípio, teimosar, na Paraíba, é verbo. Ele nomeia a obstinação de um contingente de mulheres negras que estão a caminho da 2ª Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem-viver, em Brasília. A delegação viajará quase dois dias para se juntar a 1 milhão de mulheres no dia 25 de novembro. (mais…)

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OMS: 840 milhões de mulheres no mundo foram alvo de violência

Em 12 meses, 316 milhões sofreram violência praticada pelo parceiro

Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000. (mais…)

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A falsa “síndrome pós-aborto” e o avanço das ofensivas contra os direitos reprodutivos no Brasil

Propostas legislativas em várias cidades do país utilizam conceitos sem respaldo científico para reforçar o estigma e restringir o acesso ao aborto legal

Gabi Juns, Lahara Carneiro e Letícia Vella*, Le Monde Diplomatique Brasil

Nos últimos meses, projetos de lei que evocam a chamada “síndrome pós-aborto” voltaram a surgir em diferentes câmaras municipais e assembleias legislativas do país. Embora tenha ganhado destaque recentemente em São Paulo, onde tramita o PL 69/2025, de autoria dos vereadores Sonaira Fernandes (PL), Rubinho Nunes (União) e Ely Teruel (MDB), iniciativas semelhantes vêm aparecendo em cidades como Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro – existem ainda proposições federais que tentam impor novos limites ou penalidades ao aborto legal. (mais…)

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