Capital da COP no Brasil, Belém vê pouco clima nos planos dos candidatos a prefeito

Políticos destacam saneamento básico, mas cúpula é abordada mais pela oportunidade de fazer obras e incentivar o turismo

Por Alice Martins Morais/Amazônia Vox, Vitoria Faria/Amazonia Vox, Agência Pública

Os candidatos à prefeitura de Belém, cidade que vai sediar a Conferência do Clima da ONU de 2025, a COP30, incorporam o evento em seus planos de governo e o enxergam como uma oportunidade de promover obras urbanísticas e de incentivar o turismo. Mas, em geral, pouco abordam diretamente as mudanças climáticas – o tema central da cúpula – nas suas propostas. (mais…)

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No Recife, parques alagáveis para crise do clima ameaçam 40 comunidades de despejo

Projeto carro-chefe da gestão de João Campos pode agravar situação de moradia de famílias que vivem em áreas de risco

Por Mariama Correia, Agência Pública

Parques alagáveis, construídos nas margens dos rios para absorver transbordamentos e minimizar o risco de enchentes. Esse modelo, inspirado no conceito de “cidades-esponja” e em experiências da Holanda e da Coreia do Sul, parece ser um futuro viável para locais que sofrem constantemente com enchentes. No Brasil, cidades como Recife,  a 16ª mais vulnerável do mundo às mudanças climáticas e a mais ameaçada pelo avanço do nível do mar no país, seria uma candidata perfeita. O paradoxo é que, na capital pernambucana, investimentos bilionários para construção desses parques e de outras obras aparentemente sustentáveis se tornaram ameaça de despejo para milhares de famílias. (mais…)

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A Força Nacional do SUS perante a crise climática

Apenas em 2024, equipe criada para atuar em situações de emergência já teve de ser acionada duas vezes após desastres provocados pelas mudanças climáticas. Um de seus coordenadores reflete sobre como o governo encara esses novos cenários

Rodrigo Stabile em entrevista a Gabriel Brito, Outra Saúde

Pelo segundo ano seguido, a temporada de secas na Amazônia apresenta consequências inéditas. Estiagem e queimadas cujas proporções se tornaram nacionais mostram que o “novo normal” climático já chegou. A vida local já se altera com a baixa dos rios, escassez de água e isolamento geográfico de diversas cidades. Na saúde, o risco de uma crise é iminente, como explica Rodrigo Stabile, coordenador da Força Nacional do SUS, que passou os últimos dias visitando cidades amazônicas afetadas pelo fogo a fim de organizar a resposta do sistema de saúde. (mais…)

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Praia artificial, árvores e chope: o “plano” da direita contra o calor extremo em Cuiabá

Mudanças climáticas? Líder nas pesquisas quer até capitalizar a fama de “cidade mais quente do Brasil”

Por Caio de Freitas, Agência Publica

Desde o início de agosto, a cidade de Cuiabá (MT) bateu seis vezes o seu recorde de temperatura máxima em todo o ano de 2024, chegando ao ápice na última quinta (19), com 43° em toda a cidade – em alguns pontos, os termômetros mostravam temperaturas superiores. Pesquisadores apontam que a perspectiva futura é de temperaturas médias iguais ou superiores a essa, com o surgimento na capital mato-grossense de novas “ilhas de calor” – regiões até dez graus mais quentes que outras, com o centro histórico local como maior exemplo deste fenômeno em curso. (mais…)

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O clima mudou. A política não mudará?

Diante da indiferença dos governos frente à catástrofe climática, surge uma resposta. Plataforma online permite identificar, em centenas de cidades, candidat@s com propostas reais para a defesa do ambiente. Veja como funciona

Por Áurea Carolina e Beatriz Pagy, em Outras Palavras

No momento em que escrevemos este artigo, focos de incêndio tomam todas as regiões do Brasil. As densas nuvens de fumaça que ocuparam o lugar dos rios voadores agora se alastram de Norte a Sul. Com a expansão das secas e o surgimento de zonas com clima árido e condições similares à de desertos, as cidades brasileiras já vivem paisagens de ficções pós-apocalípticas. Isso porque não faz nem quatro meses desde a cheia do rio Guaíba, que devastou mais de 400 municípios no Rio Grande do Sul. (mais…)

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Climômetro: candidatos dizem que vão priorizar clima, mas metade não tem propostas claras

52 candidatos à prefeitura nas capitais responderam a questionário, 25 não detalham como vão combater mudança do clima

Por Gabriel Gama, Rafael Oliveira | Edição: Giovana Girardi, Bruno Fonseca, Agência Pública

No ano em que a emergência climática deixou marcas profundas no Brasil – das enchentes históricas no Rio Grande do Sul à maior seca que o país já enfrentou, com as queimadas devastando nossos biomas –, candidatos às prefeituras das capitais dizem que vão priorizar a pauta climática, mas planos de governo ainda não refletem essa visão. (mais…)

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A corrida para aprovar o fim da floresta amazônica: o projeto da rodovia BR-319 precisa de um novo EIA

Por Philip Martin Fearnside, na Amazônia Real

A proposta de reconstrução da rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho) (Figura 1) precisa de um novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Nenhuma decisão racional pode ser tomada sobre prosseguir com este projeto sem considerar todos os seus principais impactos, e tudo aponta para o projeto ser um desastre monumental para o meio ambiente, entre outros efeitos negativos [1, 2]. Os maiores impactos foram excluídos no atual processo tendencioso de licenciamento, que visa garantir a aprovação de uma estrada que provavelmente levaria ao fim da floresta amazônica (por exemplo, [3, 4]). O projeto não é viável, e declarar que haverá “governança” ao longo da rota da rodovia não o tornará viável, mesmo que essa governança se materialize de fato [5, 6]. (mais…)

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