Contra os escroques, a saída possível é a imunização. Mas ela não nos protegerá de um sistema que devastou os serviços públicos, aprofundou o abismo das desigualdades e escancarou o divórcio com a natureza. Será preciso ir muito além
Por Antoni Aguiló*, no Público.es | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras
Diz Boaventura de Sousa que as sociedades atuais se dividem em dois grandes grupos populacionais: quem não pode esquecer e quem não quer recordar as injustiças de ontem e hoje. A dicotomia entre o esquecimento e a memória foi umas das que atravessou com mais força os debates éticos e sociais da segunda metade do século XX. As guerras mundiais, os totalitarismos, os fascismos, os campos de extermínio, os gulags e os crimes contra a humanidade exigiram uma reflexão sobre o dever de recordar sob o imperativo de que “Auschwitz não se repita”, nas palavras de Adorno.
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