Museu das Remoções na Vila Autódromo inaugura percurso expositivo na 12ª Primavera dos Museus

Iniciativa reflete “política pública feita pela sociedade civil”

por Taísa Sanches, em RioOnWatch

Na tarde do dia 23 de setembro—que marcou o início da primavera—moradores da Vila Autódromo, ativistas apoiadores e cerca de 50 visitantes estiveram no evento Primavera dos Museus no Museu das Remoções, e colheram frutos de um trabalho que vem sendo construído há anos: o Percurso Expositivo do Museu das Remoções. Inaugurado no dia, o roteiro é formado por 22 pontos de memória que remetem a locais que foram muito importantes na história da Vila: um parquinho de crianças, as casas de ex-moradores, o local da antiga Associação de Moradores, a padaria, entre outros. Durante a visita guiada pela moradora Sandra Maria de Souza, as memórias sobre os pontos foram sendo resgatadas e reveladas—“na padaria sempre encontrávamos pão fresquinho e podíamos pagar fiado”, lembrou a ex-moradora Jaqueline Luduvice. “Se eu pudesse, voltava a morar aqui na minha casa”, disse Dona Denise Costa, que permaneceu morando na Vila, mas sente ainda muita falta da antiga residência e dos laços de vizinhança. (mais…)

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Após recentes ameaças de remoções, Araçatiba se une e segue em frente

por Tyler Strobl, em RioOnWatch

A comunidade de Araçatiba, de mais de 40 anos, é situada em Barra de Guaratiba, na distante Zona Oeste do Rio. Para chegar do Centro da cidade, os moradores e visitantes precisam pegar uma combinação de ônibus–uma viagem que dura mais de duas horas de muitos cantos da cidade. No entanto, na chegada, a pessoa entra em um mundo diferente. A comunidade está situada ao longo de um manguezal de água salgada e, a cada dia, a maré traz a água que sustenta a vida da flora e da fauna da região. O ar é visivelmente mais limpo. (mais…)

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Slums: A História de Uma Injustiça Global

por Meg Healy, em RioOnWatch

Por mais de dois séculos, autoridades políticas, acadêmicas e culturais ao redor do mundo têm classificado bairros de baixa renda como “slums” (bairros sórdidos). A história deste termo e as comunidades nas quais ele foi imposto se estende para além dos lugares de sua aplicação original–ou seja, os cortiços das cidades industriais britânicas e americanas–para quase exclusivamente denotar uma paisagem urbana característica do Sul Global, como tradução preferida do inglês para “favela” entre os inúmeros outros termos nacionais e locais usados ao redor do mundo para bairros populares e informais. (mais…)

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Política de remoções deveria indenizar famílias pela posse da terra, dizem movimentos

Em muitos casos, indenizações recebidas não permitem comprar casa equivalente na mesma região

Wallace Oliveira, Brasil de Fato

A professora Valéria Borges vive na comunidade Pedreira Prado Lopes, região Noroeste de BH. O terreno onde ela morava foi ocupado por seus avós há quase um século e, no local, a família construiu, durante anos, duas casas: uma de três cômodos e outra de dois andares e 14 cômodos, além de um bar que era fonte de sustento do irmão mais velho. Ali viviam Valéria e oito parentes. (mais…)

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Após cinco anos, Vila Hípica continua sem eletricidade em remoção ‘passiva’ pelas autoridades federais

por Tyler Strobl, em RioOnWatch

Em 2013, as luzes foram apagadas na Vila Hípica, uma comunidade estabelecida no Alto da Boa Vista no Parque Nacional da Tijuca do Rio de Janeiro. Hoje, cinco anos depois, os moradores continuam sem eletricidade. A eletricidade é atualmente fornecida aos estabelecimentos e restaurantes no parque ao redor, mas é seletivamente negada aos moradores da Vila Hípica, no que pode ser considerada uma estratégia para remover ‘passivamente’ as famílias que restam. Num ato de resistência, uma moradora, Maria Haydée Alves da Silva Teruz, conhecida como Haydée, recentemente viajou para Brasília com uma delegação do Conselho Popular para apelar às autoridades federais. Na ocasião, o fornecimento de eletricidade foi prometida, mas até hoje ainda não voltou. (mais…)

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Lei de Regularização Fundiária de Temer, um ano depois: avaliando o impacto nas favelas

por Ezra Spira-Cohen*, em RioOnWatch

Em julho de 2017, os legisladores federais transformaram a controversa Medida Provisória 759 na Lei 13.465–conhecida como a Lei de Regularização Fundiária–aprovando medidas que simplificam o processo de regularização fundiária em áreas urbanas e rurais. Moradores de favelas e especialistas legais levantaram sérias preocupações sobre o conteúdo da nova legislação, com críticas centradas no fracasso da lei em atender às necessidades de moradores e de comunidades em risco de remoção. Para muitos, a lei incentiva a especulação imobiliária e agrava a crise de moradias acessível no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras. Esta matéria avalia brevemente a Lei de Regularização Fundiária e seu impacto nas favelas, um ano após a promulgação da reforma. (mais…)

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Frente Parlamentar Contra Remoções: Favelas ameaçadas criticam ações da Prefeitura

por Sophy Chan, em RioOnWatch

No dia 3 de agosto, a Frente Parlamentar Contra Remoções, Despejos e Violação do Direito à Moradia sediou um debate público intitulado “Direitos à Moradia e a Luta contra Remoção”, na Prefeitura. Com mais de cinquenta pessoas presentes–incluindo ativistas de favelas de toda a cidade–o debate procurou chamar a atenção para comunidades que atualmente enfrentam remoções, e fortalecer a comunicação entre moradores de favelas, movimentos sociais e autoridades municipais. (mais…)

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