Nunca foi depressão

Por Eliara Santana

Em novembro de 2022, Jair Bolsonaro as recolheu da vida público-midiática após a derrota. Ele se recolheu no Planalto, e caravanas de apoiadores políticos passaram a visitá-lo. Diziam que ele estava “deprimido”. Não dava entrevistas, não falava com ninguém. Mas recebia as caravanas. A esquerda comemorava: “está deprimido”, “perdeu, mané”, “tá derrotado, acabou”. À época, eu postei que não era bem assim, que o recolhimento era muito mais estratégia do que depressão – ele é milico e safado, ou um combo dos dois, milico-safado, e sabe simular emoções e construir narrativa de perseguição como ninguém. (mais…)

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Chocado, atônito, sem reação. Por Hugo Souza

Como “alternativa” ao IOF para os ricos, em nome do ajuste fiscal, o Congresso Nacional sob Motta e Alcolumbre já pôs na mesa a revisão dos pisos da Saúde e Educação dos pobres.

No Come Ananás

“Motta choca o governo ao pautar votação do IOF e avisar pelas redes sociais”, informa Gerson Camarotti nesta quarta-feira, 25.

“Decisão de Hugo Motta de votar derrubada do IOF deixa governo atônito e sem reação”, diz Lauro Jardim. (mais…)

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Enforcando o senador Plínio Valério, meu ex-aluno. Por José Ribamar Bessa Freire

Nota de Combate: Infelizmente, não vimos esta excelente crônica, publicada em 29 de março passado. Mas ela é intemporal, como o aluno em questão acaba de provar mais uma vez, excedendo a si mesmo. José Bessa nos deve uma nova crônica a respeito? Ou o ser não merece essa perda de tempo? 

No Taqui Pra Ti

Como reage o professor, quando um ex-aluno quer enforcar uma ex-aluna? Sobre os dois posso falar ex-cathedra. Plínio Valério, hoje senador (PSDB vixe-vixe), cursava jornalismo na Universidade do Amazonas (UFAM) em 1978. Era um garotão de 22 anos, com quem eu simpatizava por ele desafiar a minha pedagogia docente inspirada no “bom pastor”. Saí em busca daquela ovelha discente desgarrada, que se sentia medíocre no meio de colegas brilhantes. Podia salvá-lo de sua mediocridade? Bem que tentei, mas fracassei. Agora ele quer enforcar a Marina. (mais…)

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Dois vapores, dois rios, um só amor adiado. Por José Carlos Costa*

“O São Francisco... ai, rio muito grande! O senhor sabe? 
A água do São Francisco é mais grossa,
não parece com a de outros rios.
Tem mesmo uma força, qualquer coisa. Dá medo.”
Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas

“Esperei esta ocasião por mais de meio século,
para lhe repetir uma vez mais o juramento 
da minha fidelidade eterna e do meu amor para sempre.”
Gabriel García Márquez, O Amor nos Tempos do Cólera

Costumam dizer que navio não tem alma… Que vapor é só caldeira, ferrugem e chaminé. Mas quem, como eu, navega há mais de um século no dorso de um rio tão antigo quanto a própria linguagem, aprende a escutar os silêncios. E a lembrar. (mais…)

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Eugenio Bucci: “Nenhum país deveria depender do Oscar para conhecer seus direitos e amar sua democracia”

Fernanda Torres não ganhou, mas ela é a maior de todas. Nada é maior que Hollywood, nada é maior que o Oscar. Nada, só Fernanda Torres

No A Terra é Redonda

É claro que eu vi a cerimônia do Oscar. Noite de domingo, carnaval longínquo e eu no sofá, de frente para a televisão. É claro que me entediei com a torrente de breguices, mas nem foram tantas. É claro que explodi em vibração futebolística quando Ainda estou aqui, de Walter Salles, ganhou como melhor filme internacional. É claro que desliguei de raiva quando não deram o prêmio de melhor atriz para Fernanda Torres. Achei aquilo uma ignomínia, mesmo sem nunca ter visto o filme da outra lá que foi chamada ao palco. Nem sei o nome. É claro que liguei de novo a TV. Ainda peguei a moça agradecendo. É claro que não gostei. (mais…)

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Jesus Nasceu? Por  Ângelo Oliveira

A ideia aqui não é discutir o nascimento de Cristo em sua dimensão física mas problematizar o nascimento espiritual de Jesus no coração dos cristãos, já que sua proposta principal era apresentar as boas novas, implementar o plano salvífico de Deus e consolidar seu reino de paz e justiça entre as mulheres e os homens. Assim, toda a trajetória de Jesus tinha um sentido espiritual e objetivava mostrar a vontade de Deus em oposição a organização humana que era injusta, desigual e, portanto, distante do projeto divino.

Nesse sentido, desde o local em que Cristo nascera, às condições de seu nascimento, a situação socioeconômica até o desenvolvimento de seu ministério revelam a necessidade de superação de um paradigma humano oposto ao modelo alternativo do Reino de Deus.
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