O mérito e a sabedoria. Por Julio Pompeu

No Terapia Política

A face de pele bem cuidada e barba completamente aparada era emoldurada por cabelos meticulosamente penteados e mantidos íntegros em seu arranjo entopetado por uma destas pastas para modelar cabelos teimosos. As roupas, muito elegantes e evidentemente caras, completavam o figurino de pretendente a macho alfa do mundo corporativo.

Tomou a frente de outras pessoas que disputavam um momento de conversa com o sábio, como se elas não existissem. Com uma fleugma pouco natural, anunciou-se como Cí-Éff-Ôu de uma empresa brasileira com nome em inglês. (mais…)

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A minhoca comeu a alma do índio José Guaranys? Por José Ribamar Bessa Freire

No TaquiPraTi

“Pronto: um arco e uma flecha / Porém, o que fazer? /
Muitos alvos, mas apenas
uma flecha”.
(Pedro Antônio Custódio, poeta e filósofo da Mangueira, 2023).

Será que a minhoca comeu a alma de José Peixoto Ypiranga dos Guaranys?  Essa foi a pergunta que fiz a Marcelo Sant´Anna Lemos e Luiz Guilherme Scaldaferri Moreira, autores de “O primeiro indígena universitário do Brasil”, durante roda de conversa com eles e a historiadora Regina Celestino. Foi no lançamento do livro nessa sexta (24), na livraria da Eduerj, no Rio. (mais…)

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Paranoia. Por Julio Pompeu

No Teoria Política

Seu Gervásio vive a portas e janelas fechadas. Tranca e retranca tudo o que pode com tudo o que tem. Tem medo de ladrão, mas não tanto quanto tem de comunista. Ele sabe, sabe-se lá como, que eles estão por aí. No escuro. Na espreita. À espera de um vacilo seu para torná-lo venezuelano, gay ou ateu. Eles são traiçoeiros. Dissimulados. Terrivelmente onipresentes. Os vê na tv, no rádio e na internet. Em todo lugar tentam colocar coisas comunistas na sua cabeça. Por isso trancou a mente. Pensa em trancar também os ouvidos, mas não sabe como. (mais…)

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Fantoche no quartel: Chapeuzinho Vermelho. Por José Ribamar Bessa Freire

No TaquiPraTi

Golpistas acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília contrataram um grupo de teatro de títeres para divertir e educar as crianças, enquanto os pais planejavam o quebra-quebra de 8 de janeiro. Criaram, para isso, um palco numa tenda ao lado de outras com consultório médico, massoterapia, cozinha, refeitório e até gerador de energia, o que sugeria “perenidade e estabilidade do acampamento”, segundo denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). (mais…)

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Pornografia e miséria. Por Julio Pompeu

No Terapia Política

Apesar de ter dormido bastante, Helena acordou cansada. Para ela, o descanso só existe quando dorme cedo, pouco importa o quanto durma. Dormiu tarde na noite anterior, sacramentando um sábado pasmacento. Estava um calor insuportável do lado de fora, o que mal a animava sair do frio do ar-condicionado do quarto. Quase que instintivamente, tateou pelo celular na mesa de cabeceira. Quase sem bateria. Esquecera de o colocar para carregar antes de dormir. Zapeou a esmo entre imagens e vídeos, torrando os últimos joules de bateria.  (mais…)

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Índios do deserto: um fragmento de tempos vividos. Por José Ribamar Bessa Freire

No TaquiPraTi

“Peuple Sahraoui, oui oui oui.
Ronald Reagan, non, non, non”.
(Frente Polisário. 1982.)

Ainda não tive o prazer de ler “Fragmentos de Tempos Vividos” lançado por sua autora, Marilza de Mello Foucher, no Instituto Geográfico Histórico do Amazonas, em Manaus, na terça (7). Espero obter um exemplar na noite de autógrafos sábado (18) na Blooks Livraria no Espaço Itaú de Cinema do Rio. Depois, dou notícias. (mais…)

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Carta ao deputado transfóbico: você não tem lugar numa democracia. Por Jamil Chade

No UOL

Deputado,

Conhecemos tua tática. Há umas décadas, vimos como um também jovem deputado intempestivo dilacerava o conceito de humanismo. Quase 30 anos depois e sem ter proposto no Parlamento nada que fosse digno de notícia, ele viraria presidente de uma das maiores economias do mundo. Com o mesmo discurso. E nada foi feito.

Não podemos tolerar que, uma vez mais, um cargo eletivo seja transformado em palanque da barbárie. Já vivemos isso uma vez e, diante da conivência de parte da sociedade e do silêncio da Justiça, descobrimos a destruição que vem daqueles que instrumentalizam o ódio. (mais…)

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