Adição: é hora de enxergar o contexto social

Compreender o vício em drogas como doença crônica foi importante para desestigmatizar usuários. Mas novos estudos apontam que é preciso colocar os fatores ambientais no centro da discussão. A solução pode estar em menos punitivismo e mais cuidados comunitários

por Gabriela Leite, em Outra Saúde

Por muito tempo, a adição tem sido amplamente considerada como uma doença crônica do cérebro – uma visão que moldou tanto a compreensão médica quanto algumas das políticas públicas voltadas ao tratamento de usuários de drogas. Essa descoberta científica foi, de fato, um avanço, pois ajudou a diminuir o estigma de pessoas com problemas com essas substâncias. (mais…)

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ONU alerta para o crescimento do problema das drogas no mundo

O surgimento de novos opioides sintéticos e oferta e demanda sem precedentes por outras drogas agravaram o impacto do problema mundial das drogas, aponta o Relatório Mundial sobre Drogas 2024, lançado nesta quarta-feira (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)

ONU Brasil

Globalmente, mais de 292 milhões de pessoas usaram drogas em 2022, um aumento de 20% em relação à década anterior. A entidade das Nações Unidas destaca que o direito à saúde é um direito humano reconhecido internacionalmente que pertence a todos os seres humanos, independentemente do status de uso de drogas de uma pessoa ou de ela estar privada de liberdade, detida ou condenada à prisão. (mais…)

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Droga, família e racismo: quem os parlamentares querem defender?

A PEC das drogas não resolve o problema central da política de drogas no país

Bolívar Kokkonen dos Santos*, Brasil de Fato

Paira no senso comum – inclusive no jurídico – a ideia de que criminalização e redução de índices de violência possuem relação e são inversamente proporcionais, ou seja, quanto mais se criminaliza determinada conduta, menos ela acontecerá. Contudo, não há qualquer evidência empírica que corrobore essa ideia. (mais…)

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Como evitar uma crise de opioides no Brasil

Pesquisador explica por que o consumo irrefreado de substâncias como o fentanil ainda não se espalhou no país. Mas alerta: a falta de testes pode estar nos deixando no escuro – e qualificar os profissionais de saúde será crucial para evitar tragédias

por Gabriela Leite, Outra Saúde

Desde ao menos 2014, os Estados Unidos vêm registrando recordes de mortes por overdose causadas pelo consumo de opioides – principalmente o fentanil. Trata-se de uma medicação contra a dor extremamente potente que, utilizada com outras drogas, também serve como forte anestésico. É feita para o uso restrito aos hospitais, pois produz depressão respiratória aguda. (mais…)

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O que Zanin deveria saber sobre a maconha

Legalização não aumenta o consumo ou os casos de adição. Já a política atual, além de injusta e discriminatória, impede acesso à Saúde e aumenta o encarceramento fútil. Infelizmente, ignorância não é só de Zanin. Está disseminada no Judiciário

por Glauco Faria, em Outras Palavras

Na quinta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) deu sequência ao julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635659, que trata da descriminalização do porte de drogas para consumo próprio. Após um ajuste do voto do relator, ministro Gilmar Mendes, que antes havia se manifestado por descriminalizar o porte para consumo próprio de todas as drogas e agora o restringiu à maconha, o ministro Cristiano Zanin proferiu o primeiro voto contrário à inconstitucionalidade alegada na ação. (mais…)

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O assassinato no Equador e a farsa da guerra às drogas

Insistência no proibicionismo e mudança na geopolítica do tráfico colocaram país no centro das rotas internacionais. E a resposta – encarceramento em massa – jogou gasolina à fogueira. América Latina continua a repetir os erros de sempre

por Glauco Faria, em Outras Palavras

Nesta quarta-feira (9), o candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi assassinado na capital do país, Quito, após sair de um compromisso eleitoral. Ele disputava uma vaga em um possível segundo turno na corrida eleitoral, de acordo com as pesquisas mais recentes, e sua campanha havia informado à mídia, em 4 de agosto, que o presidenciável continuaria viajando pelo país, mesmo diante de ameaças de morte que teria recebido de “grupos criminosos”. (mais…)

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