Indigenista da Funai mapeou organização criminosa para a PF e o MPF antes de desaparecimento

Por Daniel Biasetto, do Extra, no Yahoo

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) de Tabatinga já tinham conhecimento da atuação de uma organização criminosa que atua na pesca e caça ilegal no Vale do Javari há dois meses. Em uma reunião realizada no dia 4 de abril, o indigenista Bruno Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), havia feito um mapeamento da área para as autoridades, inclusive com indicação do local e de fotos dos homens que agora aparecem como suspeitos de envolvimento no seu desaparecimento e do jornalista inglês Dom Phillips. Mesmo após as denúncias, nenhuma ação da PF ou do MPF foi feita para investigar as ilegalidades.

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Dom Phillips e Bruno Pereira foram vítimas de emboscada, denuncia indígena à Amazônia Real

Fonte ouvida com exclusividade afirma que indigenista brasileiro e jornalista britânico documentaram, em imagens, locais de invasões da TI Vale do Javari, o que contrariou criminosos ligado ao tráfico de drogas.

Por Elaíze Farias e Eduardo Nunomura, da Amazônia Real

Manaus (AM) – Uma fonte ouvida pela Amazônia Real afirma que o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira foram vítimas de uma emboscada. Desde sexta-feira (3), essa testemunha faz parte de uma equipe de 13 vigilantes indígenas que circulavam com o jornalista e o indigenista pela região do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, no Estado do Amazonas, na fronteira com o Peru. Logo após a notícia do desaparecimento dos dois, no domingo (5), o grupo iniciou as buscas, mas sem sucesso. Os indígenas, segundo a fonte, alertaram sobre os riscos de Bruno e Dom seguirem sozinhos pelo rio Itacoaí.

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Vale do Javari: 2ª maior terra indígena do país tem histórico de assassinato de agente da Funai e é palco de conflitos típicos da Amazônia

Jornalista britânico e indigenista brasileiro estão desaparecidos na região. Estudiosos e conhecedores da área dizem que território vive conflitos causados pelo tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo.

Por Carolina Dantas, g1

A terra indígena Vale do Javari, região na qual estão desaparecidos Bruno Araújo Pereira, indigenista brasileiro e funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista inglês Dom Phillips, do jornal “The Guardian”, tem histórico de assassinato de um outro agente órgão federal e é palco de conflitos típicos da Amazônia: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo.

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Fernanda Almeida: No SUS, uma alternativa à “guerra às drogas”

Cresce a compreensão de que a política brasileira para substâncias psicoativas é brutal e desastrosa. Nos CAPS-AD e nas Redes de Atenção Psicossocial há bases para a mudança, diz a assistente social, psicanalista e ativista Fernanda Almeida

Entrevista a Antonio Martins, no Outras Palavras

O Brasil poderá, um dia, livrar-se da “guerra às drogas”? No início de novembro, um estudo internacional conduzido pelo grupo Harm Reduction Consortium [“Consórcio pela Redução de Danos”] apontou a política do país em relação a substâncias psicoativas como a pior, entre 30 nações analisadas – abaixo de México, Indonésia e Uganda. O relatório apontou dois problemas essenciais na conduta do Estado brasileiro. Sua base é a repressão generalizada – cujo foco não são nem as grandes redes de distribuição, nem os consumidores de classe média, mas comunidades onde o comércio das drogas “ilícitas” é feito. E, por se apoiarem num proibicionismo sem nuances, as políticas não dão apoio aos usuários que de fato necessitam de tratamento.

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Guerra às drogas: ideias para desembrutecer a Justiça

Juiz aponta: Brasil tornou-se a versão mais mortal da “guerra às drogas” em todo mundo. Pune só os ninguéns do tráfico, superlotando prisões. Mitigar problema exige justiça interdisciplinar, sintonizada à história, sociologia e medicina

por Lilian Cury, em Outras Palavras

Imagine um “dia D contra as drogas” cinematográfico, com direito a uma megaoperação nacional simultânea em todas as capitais, sem precedentes. São utilizados tanques, fuzis, helicópteros e todo o aparato bélico disponível. Milhares de presos. Toneladas de tóxicos apreendidos. A situação retornaria ao status quo? “Sim e rapidamente”. A opinião nesse cenário hipotético, mas que ilustra uma questão de discussão necessária, é do juiz Felipe Morais Barbosa. Titular há dois anos da comarca de Águas Lindas de Goiás, uma das cidades com maior índice de criminalidade do estado, ele questiona, justamente, o esforço imensurável, a necessidade de recursos infinitos empregados na guerra às drogas e aponta caminhos que a Justiça pode seguir, em contrapartida.

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“Políticos usam guerra às drogas como fuga para problemas”

Em entrevista, o neurocientista Carl Hart, autor de “Drogas para adultos” e ele mesmo usuário assumido de substâncias ilícitas, afirma que desprezados pela sociedade são alvo de políticas antidrogas.

por Larissa Linder, em DW

Para o neurocientista americano Carl Hart, as drogas podem ser parte da busca humana pela felicidade. Não que se precise delas para ser feliz, mas adultos deveriam ter o direito de usá-las, de forma consciente e informada, sem que um Estado paternalista interferisse. Até porque nunca houve uma única sociedade livre de drogas, legais ou ilegais, e, para Hart, nunca haverá.

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A ascensão do ‘narcopentecostalismo’ no Rio de Janeiro

Parte da cúpula da facção Terceiro Comando Puro se converteu a igrejas evangélicas neopentecostais. Peixão, chefe do crime no conjunto de favelas chamado Complexo de Israel, se refere aos seus soldados como Exército do Deus Vivo

Por Gil Alessi, no El País

No Alcorão e na bíblia hebraica, Arão é apontado como o irmão mais velho de Moisés e um profeta de Javé, o deus de Israel. Nascido em 1396 antes de Cristo, seu nome na língua judaica significa “pai de mártires”. No Rio de Janeiro, em 2021, Arão é o apelido de Álvaro Malaquias Santa Rosa, 33 anos, traficante que comanda o Complexo de Israel, conjunto de favelas que abriga mais de 130.000 pessoas na zona norte da capital fluminense. Uma das principais lideranças da facção criminosa Terceiro Comando Puro, o TCP, ele tem sob seu comando centenas de “mártires” armados com fuzis de assalto prontos para matar ou morrer na defesa dos pontos de venda de droga nas comunidades de Parada de Lucas, Cidade Alta, Vigário Geral, Pica-Pau e Cinco Bocas. Essa não é a única função deste moderno Arão do crime organizado: existem indícios de que ele teria sido ordenado pastor de uma igreja evangélica, segundo investigações da Polícia Civil.

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