Violência doméstica e os precipícios do machismo

Nas janelas, lenços brancos denunciam opressão. Surgem redes solidárias. No Congresso, propostas punitivas só arranham o patriarcado. Uso emergencial de hotéis durante isolamento é opção — mas elas terão até de ser expulsas de casa?…

Pelo CFEMEA, na coluna Baderna Feminista, em Outras Palavras

Uma questão que tem se destacado como um problema na situação de confinamento social por conta da pandemia é tanto o agravamento quanto o aumento da violência doméstica contra as mulheres. Lideranças do mundo todo reforçam e tomam medidas para efetivar o isolamento social como medida fundamental para conter o vírus. #Fiqueemcasa está entre as hashtags mais usadas nas últimas semanas em todas as redes sociais, por personalidades, organismos internacionais e Estados. O governo Bolsonaro segue isolado, remando contra a maré. Até Donald Trump, que ensaiou ser contra as medidas de isolamento social, reviu sua posição. 

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Hora de outro modelo: a economia feminista

Nas últimas décadas, ultraliberalismo impôs o modelo agropecuário que pode ter gerado o novo vírus. Serviços sociais foram cortados e remédios e insumos hospitalares protegidos sob patente. Superar este projeto exige colocar a vida no centro

por Graciela Rodriguez, em Outras Palavras

Corre na internet um enorme número de notícias e artigos sobre a pandemia que nos acomete, na sua dimensão de crise sanitária, mas também enquanto colapso econômico que já começa a se notar, e em suas outras dimensões: políticas, sociais e ambientais. Entretanto, poucos deles direcionam a análise sobre o retrovisor, a ver como chegamos até aqui (1).

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Capital, pandemia e os papéis do feminismo

Ultraliberais querem decidir quem vive ou morre. A maioria — com raça, gênero e classe social segregadas — amarga o medo e a exclusão. É a necropolítica, descrita pelo filósofo Achile Mbembe. Mas brecha da mudança foi aberta…

Por SOS Corpo*, na coluna Baderna Feminista, em Outras Palavras

A rápida expansão da pandemia de coronavírus pelo mundo e a tragédia sanitária e socioeconômica por ela instalada nos coloca face a face com a profunda insegurança social em que o capitalismo jogou populações inteiras, as mais empobrecidas. Já ultrapassamos os 30 mil mortos e não temos condições de prever até onde vamos diante deste cenário de incertezas.

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O cuidado e o feminismo em tempos de pandemia

O papel de tomar conta da família, invisível e não remunerado, recai sobre as mulheres. Em meio à crise sanitária, Estado deveria se responsabilizar. Após o desastre, será preciso construir um mundo baseado no bem comum e na solidariedade

Pelo CFEMEA, na coluna Baderna Feminista, em Outras Palavras

Quando um vírus se alastra entre países, o caos e o medo gerado por isso acabam revelando muito sobre como a nossa sociedade se organiza e quais são seus principais problemas. No caso do Coronavírus, estamos vendo como se acirram as desigualdades de gênero, raça e classe, até o ponto de inviabilizar medidas como o isolamento social para uma boa parte da população. Nas nossas vidas e ao nosso redor, as mulheres são fundamentais nas tarefas de cuidado, por seu trabalho nos serviços de saúde e assistência, nas comunidades onde vivem, nas casas em que trabalham ou nas suas próprias famílias atendendo às crianças e idosos. Cuidar é um trabalho duro, árduo, emocionalmente exigente, tenso, que sobrecarrega muito mais as mulheres do que os homens nesta sociedade patriarcal em que vivemos. Por isso, uma pandemia como da Coronavírus também nos coloca diante da necessidade da coletividade e da necessidade de repensar a vida em sociedade.

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O Feminismo Camponês e Popular, a identidade da mulher rural e mundo operário

Dirigentes Sem Terra apresentam reflexões sobre a construção do Feminismo Camponês Popular, o processo histórico desta construção e perspectivas para o próximo período

Por Viviana Rojas, em Via Campesina / MST

“O feminismo camponês e popular e a reforma agrária popular” foi tema da mesa que contou com a participação das companheiras Itelvina Massioli e Debora Nunes e apresentou reflexões sobre as linhas políticas construídas pelas mulheres Sem Terra. A mesa aconteceu no último dia 7, durante o I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra.

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Por um feminismo de baderna, ira e alarde

Neste 8M, ocuparemos politicamente as ruas e as nossas casas, em festa e protesto. Não queremos flores, parabéns e elogios — mas sacudir uma ordem social irrespirável, que tem a mesma cara dos machos rivalistas e opressores

por SOS Corpo*

O feminismo veio para ocupar tudo! Não tem como conter essa forma de ver, pensar e transformar o mundo. O pensamento feminista foi fundamental para que a democracia ganhasse demandas reais em espaços do cotidiano, foi fundamental para compreendermos que ele é uma forma de organizar a vida social. Nós mulheres não só denunciamos as declarações sexistas de políticos ou escrachamos os machos que se esfregam “nelas” no metrô ou no carnaval. É mais que isso: o feminismo revelou que o espaço “privado” imposto a nós mulheres, à família e à casa nada tinha de privado, mas representou e representa violação e privação. O feminismo respondeu aos que enaltecem a família patriarcal burguesa, como núcleo sagrado abençoado por Deus, dizendo desde o seu começo que o pessoal é político e provando que pais, tios e irmãos são os principais responsáveis por estupros de meninas e assassinato de mulheres.

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