Fundamentalismos: projeto contra a vida das mulheres

Grupos cristãos alcançaram as esferas mais altas de poder, e têm projeto político, de raízes coloniais, que destrói diversidade cultural e subjuga mulheres. Entidades feministas, indígenas e religiosos lançam campanha para enfrentá-los

por SOS Corpo

A cena de dezenas de pessoas ajoelhadas com terços na mão, rezando em frente à portaria principal do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), na cidade de Recife no último domingo (16), e os gritos e atos violentos contra uma menina de 10 anos, que carregava em seu corpo infantil uma gravidez resultante de estupro, é tão repugnante quanto reveladora de como o fundamentalismo nos imputa a um projeto de nação sombrio. A cena daqueles homens e mulheres, fanáticos conservadores, evidencia que o fundamentalismo não é uma ideologia ou um discurso moral: é uma força política, econômica, cultural e religiosa com práticas de violência e discursos de ódio e crueldade que questionam a própria condição humana. Evidenciam a perversidade de um grupo político que manipula e usa da fé para disseminar ações institucionalizadas e discursos de ódio que sustentam o sistema patriarcal, capitalista e racista.

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Para conter bolsonarismo, dias mulheres virão

Corrente em que surfou presidente é antiga e tem raízes profundas: autoritarismo, machismo, concentração de terras, escravidão. Mas pandemia impulsionou debates sobre novos projetos — serão capazes de levantar uma nova onda de resistência?

Por SOS Corpo, na coluna Baderna Feminista, em Outras Palavras

Quem de nós, que lutamos por dias melhores, não tem ânsia de vômito ao ver a cara de Bolsonaro, bradando em altos palavrões, o seu descaso com as pessoas que morreram pela covid-19? É revoltante tudo isso que estamos vivendo. Então, porque Bolsonaro não cai? O que podemos fazer pra derrubá-lo? Partindo dessas inquietações, vamos discutir quem e o quê criou Bolsonaro, o que este modo de atuação do atual governo significa, e o que os movimentos sociais estão fazendo para mudar essa situação. Para nós, do movimento feminista, sempre é tempo de esperança. Daí nossa insistência: “dias mulheres virão”!

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“Temos que construir a utopia no dia a dia”, diz a boliviana Julieta Paredes

Em entrevista exclusiva à Pública, a ativista boliviana de origem indígena explica o que é feminismo comunitário e denuncia a violência do governo interino que assumiu o poder após a queda de Evo Morales

Por Giulia Afiune, Anna Beatriz Anjos, Agência Pública

Alguns minutos conversando com Julieta Paredes são suficientes para você olhar tudo por uma nova perspectiva, desde o conceito de feminismo até a história da América Latina.

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Violência doméstica e os precipícios do machismo

Nas janelas, lenços brancos denunciam opressão. Surgem redes solidárias. No Congresso, propostas punitivas só arranham o patriarcado. Uso emergencial de hotéis durante isolamento é opção — mas elas terão até de ser expulsas de casa?…

Pelo CFEMEA, na coluna Baderna Feminista, em Outras Palavras

Uma questão que tem se destacado como um problema na situação de confinamento social por conta da pandemia é tanto o agravamento quanto o aumento da violência doméstica contra as mulheres. Lideranças do mundo todo reforçam e tomam medidas para efetivar o isolamento social como medida fundamental para conter o vírus. #Fiqueemcasa está entre as hashtags mais usadas nas últimas semanas em todas as redes sociais, por personalidades, organismos internacionais e Estados. O governo Bolsonaro segue isolado, remando contra a maré. Até Donald Trump, que ensaiou ser contra as medidas de isolamento social, reviu sua posição. 

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Hora de outro modelo: a economia feminista

Nas últimas décadas, ultraliberalismo impôs o modelo agropecuário que pode ter gerado o novo vírus. Serviços sociais foram cortados e remédios e insumos hospitalares protegidos sob patente. Superar este projeto exige colocar a vida no centro

por Graciela Rodriguez, em Outras Palavras

Corre na internet um enorme número de notícias e artigos sobre a pandemia que nos acomete, na sua dimensão de crise sanitária, mas também enquanto colapso econômico que já começa a se notar, e em suas outras dimensões: políticas, sociais e ambientais. Entretanto, poucos deles direcionam a análise sobre o retrovisor, a ver como chegamos até aqui (1).

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Capital, pandemia e os papéis do feminismo

Ultraliberais querem decidir quem vive ou morre. A maioria — com raça, gênero e classe social segregadas — amarga o medo e a exclusão. É a necropolítica, descrita pelo filósofo Achile Mbembe. Mas brecha da mudança foi aberta…

Por SOS Corpo*, na coluna Baderna Feminista, em Outras Palavras

A rápida expansão da pandemia de coronavírus pelo mundo e a tragédia sanitária e socioeconômica por ela instalada nos coloca face a face com a profunda insegurança social em que o capitalismo jogou populações inteiras, as mais empobrecidas. Já ultrapassamos os 30 mil mortos e não temos condições de prever até onde vamos diante deste cenário de incertezas.

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