A luta feminista na Saúde, segundo oito mulheres

Garantia de saúde integral, oferta de creches públicas, programas de renda básica voltados a elas, ampliação da licença paternidade, salário digno, direitos ao aborto seguro e à menstruação com dignidade. Leia as reivindicações feitas neste Dia Internacional

por Gabriel Brito, em Outra Saúde

Neste 8 de março, o Outra Saúde perguntou para oito mulheres de diferentes áreas o que esperam de avanços para o setor da saúde e, por extensão, o conjunto de seus direitos. Afinal, num mundo em crise permanente, desigualdade, violência e uma política sequestrada por oligarquias, são as mulheres quem paga o maior preço. Elas trabalham mais, ganham menos e, em diversas dimensões, sofrem mais. (mais…)

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Judith Butler: Quem tem medo do gênero?

O fantasma, agitado pelo fascismo, virou álibi para restaurar a hierarquia patriarcal e destruir quem busca viver em liberdade. A tarefa é enfrentar o sadismo moral disfarçado de moralidade, por meio de uma visão ética e política transformadora

Por Judith Butlher, em Outras Palavras

O gênero faz parte do feminismo há muitas décadas. Quando nós, feministas, levantamos a questão “O que é uma mulher?”, estamos reconhecendo desde o início que o significado dessa categoria permanece incerto e até enigmático. O gênero é, em uma definição mínima, a rubrica sob a qual consideramos as mudanças na forma como homens, mulheres e outras categorias afins têm sido compreendidas. Por isso, quando levantamos questões sobre homens, mulheres ou categorias de gênero que se afastam do binário, ou quando perguntamos sobre o que acontece no espaço entre essas categorias, estamos nos envolvendo em uma investigação sobre gênero. A pergunta “O que é uma mulher?” ou a questão psicanalítica “O que quer uma mulher?” foram levantadas e comentadas de tantas maneiras que, em algum momento, simplesmente aceitamos que essa categoria é aberta, sujeita a interpretação e discussão perpétuas, tanto na academia quanto no discurso público. (mais…)

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Feminismo: olhar o passado para entender o futuro

O movimento sufragista no início do século XX. O novo ciclo de lutas durante a ditadura. Seu papel na redemocratização. A crescente presença de mulheres na política institucional – inclusive de ultradireita. E o novo desafio: a reconstrução nacional

por Céli Pinto, em Outras Palavras

Neste 8 de março, precisamos falar de política, precisamos falar de democracia. Após termos vivido quatro anos de um governo de extrema direita, que se declarava antipolítico, antissistema, perseguia os que lutavam por inclusão e direitos e militarizou todas as instâncias do poder executivo, tivemos 2023 como um ano de recomeço, embora fortemente marcado pelo 8 de janeiro, última tentativa de pôr uma pá de cal no regime democrático. Os protagonistas da profunda desorganização na política brasileira ainda estão atuantes na vida pública e – o que é mais grave – ainda têm uma popularidade surpreendente. (mais…)

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Silvia Federici: ‘Os movimentos feministas mais poderosos do mundo hoje estão na América Latina’

‘Para sustentar a luta contra o capitalismo, temos que mudar como organizamos a vida cotidiana’, diz a filósofa italiana

Gabriela Moncau e Pedro Stropasolas, em Brasil de Fato

Em São Paulo para lançar seu novo livro, Além da pele (Editora Elefante), a filósofa italiana Silvia Federici, uma das mais influentes pensadoras e ativistas do feminismo anticapitalista, considerou que os movimentos contra a desigualdade de gênero “mais poderosos do mundo” estão, atualmente, na América Latina. (mais…)

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Manifesto de mulheres feministas e antirracistas reivindica política de cuidados contra desigualdades e baseada no Bem Viver

Fórum Feminista Antirracisa reivindica em manifesto: planos do Estado para o Cuidado precisam ser estruturantes, e não assistencialistas; devem ter as mulheres no centro das reflexões e decisões; e requerem ampla participação popular

por 

Mais de três dezenas de entidades, representantes de movimentos sociais, feministas, antirracistas, reunidas no Fórum Feminista Antirracista, construíram um manifesto em defesa de uma Política Nacional de Cuidados que enfrente as desigualdades, pautada no Bem Viver. No manifesto, reafirmam a urgência de políticas públicas estruturantes, de qualidade e ao alcance prioritário das milhões de pessoas jogadas na pobreza pelo capitalismo extrativista, pela injusta divisão sexual e racial do trabalho, que impõem a miséria às mulheres negras, trabalhadoras e periféricas. (mais…)

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Os caminhos e a atualidade do feminismo negro

No Brasil, o movimento deglutiu experiências internacionais e resistências ao colonialismo. Ganhou robustez com as ideias Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro. E forjou sua teoria e prática na presença: em terreiros, quilombos, periferias…

Por Carolina dos Santos Bezerra Perez, na Revista Cult / Outras Palavras

Peço licença às minhas mais velhas
Ofereço o meu abraço àquelas que estão ao meu lado
Desejo que as mais novas não tenham que ser guerreiras e fortes como nós
Que tenham amor, proteção, apoio e cuidado por onde forem e para o que quiserem ser. (mais…)

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É pecado ser feminista?

“É pecado votar? É pecado ser dona de sua própria terra/casa? É pecado ter igualdade jurídica em relação aos homens?”, questiona a Coluna Aromas de Março deste mês

Por Valéria Cristina Vilhena*, na Página do MST

É pecado votar? É pecado ser dona de sua própria terra/casa? É pecado ter igualdade jurídica em relação aos homens? E a licença-maternidade de 120 dias é pecado? Criminalizar as violências contra as mulheres, seria pecado também? É pecado acessar, como os homens, o mercado de trabalho? E ter direitos civis, sociais e econômicos, seria pecado também? É pecado ter direito de educar e cuidar dos filhos, compartilhando do pátrio poder podendo requerer/ficar com a guarda em caso de separação? A maioria dessas conquistas, nós mulheres só obtivemos ou efetivamos, a partir da incorporação desses direitos à Constituição Federal, de 1988. (mais…)

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