Por Afonso Rangel Luz e Pedro Henrique Garcia Ayrolla Molina Simon*, no Justificando
A crise criada pelo novo coronavírus tem trazido pânico, sofrimento e, sobretudo, provocado inúmeras dúvidas sobre os comportamentos que devemos adotar durante esse período, tendo em vista a quantidade de informações com as quais somos bombardeados nos telejornais e, principalmente, nas redes sociais.
A chegada apoteótica da CNN ao Brasil ainda é cercada de um certo mistério. O vice-presidente do grupo Bandeirantes Paulo Saad, em entrevista ao UOL, identificou “um projeto político” por trás do novo canal de notícias 24 horas no país, avalizado por uma rede de credibilidade internacional. A entrada no ar da emissora está programada para o dia 15 de março. A CNN estará disponível para assinantes de TV paga e poderá ser acessada por meio de plataformas digitais. A marca foi licenciada pela americana Turner para uma nova empresa comandada pelo jornalista Douglas Tavolaro, ex-vice-presidente de jornalismo da TV Record, e pelo empresário Rubens Menin, dono da construtora MRV e fundador do banco Inter. Tavolaro terá cerca de 35% das ações e Menin, o restante.
Pesquisas anteriores à feita pelo Instituto Datafolha, segundo a qual a cara típica do evangélico brasileiro é feminina e negra, “já assinalavam a grande atração das igrejas pentecostais junto aos segmentos sociais vulneráveis e vivendo nas periferias das grandes cidades”, diz a socióloga Maria das Dores Campos Machado à IHU On-Line. Entre as diversas denominações religiosas, os evangélicos são os que mais crescem no país e hoje representam 31% da população brasileira. “Desde 1940 crescem e a partir de 1990 este crescimento se tornou mais significativo em termos percentuais e também em termos da visibilidade destes atores e suas agendas em diferentes esferas da vida social: da cultural à política”, pontua a socióloga Christina Vital.
Manaus (AM) – Apoiadas pelo governo de Jair Bolsonaro, missões evangélicas iniciaram uma nova ameaça em territórios onde vivem indígenas isolados na Amazônia. E em mais de uma frente, já que o pastor evangélico e antropólogo Ricardo Lopes Dias foi nomeado para chefiar a Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) da Fundação Nacional do Índio (Funai). O Ministério Público Federal do Distrito Federal, que entrou com uma ação civil pública pedindo a nulidade da nomeação, teve o pedido negado pela juíza federal Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara do DF.
Em entrevista à Pública, o jornalista Gilberto Nascimento fala sobre seu livro O reino, que disseca a trajetória da Igreja Universal em busca de poder político
O reino da Igreja Universal é grandioso e segue em franco crescimento. O bispo Edir Macedo comanda, de forma totalmente vertical, como líder absoluto, 10 mil templos, 14 mil pastores e milhões de fiéis espalhados por 95 países. Os líderes mais antigos, quando começam a ter mais influência entre os fiéis, são enviados para o exterior. A palavra final é sempre dele.
O reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Benedito Guimarães Aguiar Neto, foi nomeado nesta sexta-feira 25 como novo presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Publicada no Diário Oficial da União, a nomeação de Neto ocorre após a exoneração de Anderson Ribeiro Correia, que deixou o cargo para assumir a reitoria do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).
Diante das implicações das opções
religiosas na política brasileira ninguém mais em sã consciência afirma
simplesmente que qualquer tipo de religião liberta e emancipa. Estamos
experimentando que religião, dependendo do tipo de convicções geradas, pode
oprimir e escravizar. É preciso recorrer à história da Igreja Católica. Após
ser escolhido pelos cardeais para suceder o papa Paulo VI, dia 26 de agosto de
1978, o papa João Paulo I, ao aparecer em uma das janelas do Vaticano,
primeiro, sorriu; segundo, afirmou que ‘Deus é pai e mãe’, mas é mais mãe que
pai. Assim, João Paulo I iniciou seu pontificado sinalizando que guiaria a
Igreja Católica nos rumos do Concílio Vaticano II e sob a égide de uma igreja misericordiosa.
Os direitistas do Vaticano não toleraram. Dia 28 de setembro de 1978, com
apenas 33 dias de pontificado, João Paulo I morreu de forma muita estranha.