O início de um fim: a resistência contra a violência do patriarcado. Artigo de Gabriel Vilardi

Como reagir a tamanha fúria violenta do patriarcado que com seus longos tentáculos se espraia nos calabouços autoritários das Forças Armadas e das Polícias Militares, na arrogância elitista das empresas transnacionais e das bolsas de valores, no pseudo discurso religioso-fundamentalista e machista dos conservadores que querem submeter as mulheres e seus corpos? Entregar-se com descrença e resignação não é uma opção. O que diz a pensadora feminista  Vergès sobre o Estado pode ser transmutado para o sistema patriarcal, que se utiliza da manipulação do medo para exercer seu controle.

O artigo é de Gabriel dos Anjos Vilardi, jesuíta, bacharel em Direito pela PUC-SP e bacharel em Filosofia pela FAJE. É mestrando no PPG em Direito da Unisinos e integra a equipe do Instituto Humanitas Unisinos-IHU. (mais…)

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“O Brasil é um país que odeia as mulheres”, diz Manuela d’Ávila

Debate limitado sobre violência de gênero é uma ameaça à democracia, avalia ex-deputada

Por Por Andrea DiP, Clarissa Levy, Claudia Jardim, Ricardo Terto, Stela Diogo, em Agência Pública

A vereadora reeleita Tainá de Paula, do Partido dos Trabalhadores (PT), sobreviveu a um ataque a tiros, na cidade do Rio de Janeiro, durante o primeiro turno das eleições municipais deste ano. Não houve vítimas porque Tainá e sua equipe estavam em um automóvel blindado. O atentado aconteceu no dia 3 de outubro, às vésperas do dia de votação, contra uma vereadora negra, assim como era Marielle Franco, assassinada em 14 de março de 2018, representando mais um caso de violência política contra mulheres no Brasil.  (mais…)

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“O discurso da culpa dos homens, especialmente dos jovens, mobiliza para a extrema-direita”. Entrevista com Alfredo Ramos

IHU

Perfurar as masculinidades para que possa entrar oxigênio. Não para criar modelos de homens ideais, mas para ampliar o que é ser um homem e mudar significados e hierarquias sociais. Em Perforar las masculinidades (Bellaterra), Alfredo Ramos (Madrid, 1978) reflete sobre um tema recorrente nos últimos tempos, mas com a carência de novas abordagens. Doutor em ciências políticas, Ramos tem participado de diversas experiências de economia social e por vários anos trabalhou no grupo do Podemos, na Comunidade de Madrid, experiência da qual provém um dos capítulos mais afiados do livro. (mais…)

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Para entender o ascenso de parlamentares antifeministas

Socióloga investiga, desde 2018, a ascensão deste fenômeno na esfera política. Quais as motivações deste “paradoxo” e sua força no Congresso? Por que ele é estimulado pelos partidos? E como o sentimento de “amparo” do patriarcado se converte em votos?

Camila Galetti em entrevista Kelly Ribeiro, no Portal Catarinas

Camila Galetti, doutora em sociologia pela Universidade de Brasília (UNB) e pesquisadora de antifeminismo e extrema direita, iniciou nas eleições de 2018 a análise do crescente discurso antifeminista entre parlamentares mulheres de direita e centro-direita. (mais…)

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Do Congresso ao STF: o dress code machista nos poderes em Brasília

Ministras e parlamentares contam como os códigos de vestimenta dificultam acesso das mulheres aos espaços de poder

Por Karla Gamba | Edição: Thiago Domenici, em Agência Pública

Era início da década de 1970 quando uma jovem advogada saiu do Rio de Janeiro rumo a Brasília para participar de um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Trajando roupa social, composta por blazer e calça comprida, a mulher vinha desempenhar um papel de destaque na sessão que participaria. No plenário da Corte faria uma sustentação oral, isto é, quando advogados falam diante dos ministros para defender réus daquele processo. Mas o julgamento teve início antes mesmo dela entrar no plenário da Suprema Corte brasileira: a advogada teria sido barrada pelos seguranças por estar usando calças e não vestidos ou saias, que eram as vestimentas consideradas adequadas para mulheres que frequentavam o STF naquela época. Alguns funcionários mais antigos dizem que a mulher chegou a tirar as calças e entrar só de blazer e calcinha. Outros dizem que a afronta não atingiu tamanha proporção. A história foi virando uma lenda e, mesmo sem comprovações oficiais do episódio, pode ser ouvida nos corredores e gabinetes do Supremo. (mais…)

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Associação pressiona juízas que assinaram carta criticando machismo

Ajufe exigiu que juízas que discordaram da diretoria sobre consulta à categoria na regra de gênero assinassem retratação

Natália Portinari, Eduardo Barretto, Metrópoles

A diretoria da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) pressionou juízas que divergiram do presidente, Nelson Alves, a se retratarem por terem assinado uma nota criticando o machismo da cúpula da associação. O episódio fez um grupo de magistradas renunciarem a seus mandatos. (mais…)

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Conheça as agressões e votos contra mulheres dos membros da CPI do MST

Presidente da comissão, Tenente-coronel Zucco (PL-RS) tem cortado microfone de deputadas;  histórico de violência de gênero inclui professora sendo chamada de “jumenta” por político; sete integrantes apoiaram lei contra igualdade salarial entre homens e mulheres

Por Katarina Moraes, em De Olho nos Ruralistas

Dos 28 integrantes da CPI do MST, sete votaram contra o Projeto de Lei (PL) 1.085/2023, que prevê a obrigatoriedade da igualdade salarial entre mulheres e homens para trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função. Três deles estão à frente da condução da CPI e dos trabalhos de criminalização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: o primeiro vice-presidente, Kim Kataguiri (União-SP), o terceiro, Evair Vieira de Melo (PP-ES) e o relator Ricardo Salles (PL-SP). (mais…)

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