Para conter bolsonarismo, dias mulheres virão

Corrente em que surfou presidente é antiga e tem raízes profundas: autoritarismo, machismo, concentração de terras, escravidão. Mas pandemia impulsionou debates sobre novos projetos — serão capazes de levantar uma nova onda de resistência?

Por SOS Corpo, na coluna Baderna Feminista, em Outras Palavras

Quem de nós, que lutamos por dias melhores, não tem ânsia de vômito ao ver a cara de Bolsonaro, bradando em altos palavrões, o seu descaso com as pessoas que morreram pela covid-19? É revoltante tudo isso que estamos vivendo. Então, porque Bolsonaro não cai? O que podemos fazer pra derrubá-lo? Partindo dessas inquietações, vamos discutir quem e o quê criou Bolsonaro, o que este modo de atuação do atual governo significa, e o que os movimentos sociais estão fazendo para mudar essa situação. Para nós, do movimento feminista, sempre é tempo de esperança. Daí nossa insistência: “dias mulheres virão”!

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Sobre maternidade e encarceramento feminino

Pesquisa aponta: mães e gestantes têm direito à prisão domiciliar, mas lei não é cumprida. Com pandemia, estão mais expostas à contaminação. Cuidado acaba pesando sobre avós. O que isso revela sobre o lado machista do punitivismo

Por Amanda Caroline Rodrigues, Emilyn Natirrê dos Santos, Marcela Verdade e Raissa Maia*, em Outras Palavras

Ao longo de quase 20 anos, o Instituto Terra, Trabalho e Cidadania tem se dedicado ao monitoramento da condição das mulheres privadas de liberdade, as quais são em sua maioria mães ou gestantes. Assegurado pelo direito fundamental ao acesso à informação, o instituto enviou a todos os estados do país e ao Depen pedidos de acesso a informação sobre o número de mulheres mães e gestantes que estiveram presas preventivamente nas unidades prisionais e também, quantas delas possuem o direito à prisão domiciliar, mas continuam dentro do cárcere. 

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Falsa revista de moda espanhola escondia um guia contra a violência machista

Polícia Local de Dénia identificou 24 vítimas de violência de gênero que nunca haviam denunciado graças as 70 publicações que distribuiu por 18 estabelecimentos frequentados por mulheres

por Cristina Vasquez, em El País

Uma falsa revista feminina camuflava um guia contra os maus-tratos. Esse foi o método nada ortodoxo com que o município de Dénia (Espanha) conseguiu descobrir novos casos de violência machista. Setenta exemplares dessa falsa revista de moda e viagens circularam durante quase dois anos por 18 estabelecimentos frequentados por mulheres do município, o que serviu para que 24 mulheres que nunca haviam denunciado pedissem ajuda.

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Resistência e cuidado coletivo marcam a luta das mulheres da metropolitana em MG

Além da saúde e da educação, as mulheres constroem a cada dia os 20 anos de história da regional do MST-MG

Por Agatha Azevedo, na Página do MST

A trajetória das mulheres da metropolitana começa há 20 anos atrás, com a primeira ocupação. Em 2019, o assentamento 2 de Julho, localizado em Betim (MG), completa 20 anos de luta e resistência.

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Futeboleiras: corpos controlados e resistência

Para o patriarcado, mulheres deveriam praticar esportes de pouco impacto, para manter a beleza e preparar-se para maternidade. Futebol seria “violento demais” para elas. Por isso, igualdade no esporte é batalha importante do feminismo

Por Sara Rauch | Tradução: Inês Castilho, em Outras Palavras

“Difícil imaginar um trabalho mais direto com crianças do que programas escolares que as ensinem a mover seus corpos”, escrevem Brenda Esley e Joshua Nadel na introdução de Futeboleira: Uma História de Mulheres e Esportes na América Latina. Essa visão se ajusta perfeitamente à análise provocadora de como a corporalidade das mulheres tem sido controlada e manipulada por meio de atividade físicas socialmente aceitáveis na América Latina. Não por acaso, essa envolvente história social leva o nome daquelas que lutaram para conseguir acesso e representação iguais no campo. Futeboleira é um termo usado [em castelhano, Futbolera] para referir-se à mulher que joga futebol, simplesmente, embora no decorrer dos anos tenha passado a ser mais usado como abreviação para as mulheres que pressionaram as fronteiras culturais.

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A bola está com elas

Exposição, em SP, reconstrói a trajetória das mulheres no futebol. Desde os primeiros tempos no século 19, passando por sua proibição até 1979 e pela popularização de hoje, história é marcada por apagamento e desigualdade de direitos

por Inês Castilho, em Outras Palavras

Um decreto assinado por Getúlio Vargas em 1941 proibiu as mulheres brasileiras de jogar futebol. O impedimento caiu depois de muita luta, durante a segunda onda do feminismo – foi liberado em 1979 e regulamentado em 1983. A exposição do Museu do Futebol Contra Ataque! As Mulheres do Futebol convida a população a refletir sobre o apagamento do futebol feminino e à desigualdade de direitos no esporte.

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Em campo (também) contra o machismo

Proibido até 1979, futebol feminino hoje se populariza e contará com primeira transmissão de Copa. Por mais que mídia e corporações queiram domesticá-lo, prática desestabiliza universo esportivo, tradicional “espaço de homens”

Por Inês Castilho, em Outras Palavras

O grito: vagabundo!, numa voz feminina, fez soar o alarme. Olhei, era um xingamento da mãe de um dos garotos do Sub-11 do Botafogo de Ribeirão Preto, em jogo amistoso contra o rival Comercial, na casa do adversário. Pais torciam pelo time dos filhos como se disso dependessem suas vidas. A manhã de domingo estava fria e ensolarada, e eu me encontrava ali com meu neto, selecionado numa “peneira” do “Fogo” .

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