A CPI machista da covid-19 no Brasil, com 18 senadores e nem uma única mulher

É incompreensível que em uma sociedade que já se prepara para conquistar o espaço e sonha em vencer a morte as mulheres continuem sendo deixadas na sarjeta até na política

por Juan Arias, em El País

A ONU confirmou que as mulheres são as que mais trabalham e se sacrificam para salvar vidas durante a pandemia nos centros de saúde. Além disso, também são elas, no trabalho e nas famílias, que mais sofrem com as consequências da tragédia. Entretanto, no Brasil, na CPI recém-criada no Senado para investigar os possíveis crimes cometidos no que já é considerado um genocídio, entre os 18 membros escolhidos não figura uma única senadora. É o machismo em estado puro.

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Políticas identitárias

O governo Bolsonaro tem nos dado a triste lição de que estamos perdendo essa luta ou disputa quando ele coloca as vítimas históricas para desempenharem o papel de nossos algozes. Damares e Camargo respectivamente machistas e racistas são a ponta de um iceberg bem mais complexo e que nos obriga, pelo menos assim percebo, a refinar nossos discursos e ampliar os nossos horizontes em face dos modos de lidar com a opressão

por Érico Andrade, no Le Monde Diplomatique Brasil

“o fascismo que está em todos nós,
que ronda nossos espíritos e nossas condutas cotidianas,
o fascismo que nos faz gostar do poder,
desejar essa coisa mesma que nos domina e nos explora”.
Foucault

Tentar inferir da condição de vítima a condição de um agente revolucionário parece-me ter sido um dos principais equívocos de Marx quando atribuiu ao proletariado (a classe explorada) uma vocação revolucionária e que parte da esquerda mimetiza agora sobre o formato das lutas identitárias. Essa passagem longe de estar dada tem que ser ainda construída. E não se trata, é o que gostaria de mostrar, de um exercício simplesmente de desalienação nos mesmo moldes de Marx; como se bastasse apenas descortinar o véu da alienação para que a classe trabalhadora tomasse consciência de classe e imprimisse a tão esperada revolução ou que as minorias tomassem consciência da opressão que sofrem e compusessem as condições sociais para a mudança. O destino que se dá à opressão não está definido.

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“Cena asquerosa”, diz presidente da CDHM sobre assédio sofrido por deputada paulista

Pedro Calvi / CDHM​

Imagens divulgadas pelas redes sociais e imprensa, mostram a deputada Isa Penna (PSOL/SP) sendo apalpada pelo deputado Fernando Cury (Cidadania) durante sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo. Cury passou a mão ao lado do seio e manteve as mãos na cintura da deputada.

Isa fez boletim de ocorrência contra o parlamentar, abriu reclamação no Conselho de Ética da Alesp e lançou um manifesto pedindo a cassação de Fernando Cury.

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Corregedoria-Geral da Justiça de Santa Catarina abre processo disciplinar contra juiz do caso Mari Ferrer; presidência da CDHM atuou no caso

O juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, estava à frente do julgamento, em setembro, do empresário André Aranha, acusado de estupro. Durante a sessão Mariana Ferrer foi humilhada e várias vezes desrespeitada pelo advogado do acusado, Cláudio da Rosa Filho. O juiz assistiu tudo em silêncio.

Pedro Calvi / CDHM

O caso aconteceu em setembro de 2018 durante uma festa em um “beach club”, em Florianópolis. André foi julgado inocente.

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Mulheres negras, vereadoras, deputadas e prefeitas: vidas ameaçadas pelo machismo e pelo racismo

Mulheres negras, vereadoras, deputadas e prefeitas: vidas ameaçadas pelo machismo e pelo racismo

Por Pedro Calvi, CDHM

No Dia Internacional dos Direito Humanos um encontro discutiu as violações de direitos humanos de mulheres negras candidatas e eleitas. A iniciativa foi do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), Helder Salomão (PT/ES), a pedido das organizações civis Terra de Direitos, Criola, Justiça Global e Instituto Marielle Franco.

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“Expressão machista, patriarcal e incompatível com as normas nacionais e internacionais”, afirma o presidente da CDHM sobre o caso Mariana Ferrer

Helder Salomão (PT/ES) pediu hoje providências a respeito da conduta do advogado, do promotor e do magistrado na audiência do caso Mariana Ferrer.

Pedro Calvi / CDHM

No dia 9 de setembro aconteceu, em Florianópolis (SC), o julgamento do empresário André de Camargo Aranha, acusado pelo Ministério Público de estuprar a jovem Mariana Ferrer, de 23 anos, durante uma festa em 2018.

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Caso Mariana Ferrer expõe o machismo do Judiciário

Advogado do réu, conhecido por defender ricos e poderosos, humilha a vítima. Juiz consente — e concede absolvição. Cresce revolta diante do caso. E mais: os Estados começam, enfim, a lutar contra arrocho fiscal — que atinge duramente a Saúde

por Maíra Mathias e Raquel Torres, em Outra Saúde

O ARGUMENTO IMPOSSÍVEL

Intercept Brasil gerou uma onda de revolta ontem ao divulgar novas informações sobre o julgamento do estupro de Mariana Ferrer. O caso terminou em setembro com a absolvição do acusado, o empresário André de Camargo Aranha, e na época levou a uma enxurrada de críticas: a hashtag #justiçapormariferrer foi uma das mais postadas no Twitter. Agora, ela voltou a circular.

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