Mulheres virtuosas

Obediência e submissão é o que se espera das mulheres evangélicas, que têm na ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos sua maior propagandista

Por Andrea DiP, Julia Dolce, Alice Maciel, Agência Pública

Após longa espera em uma das muitas filas compostas exclusivamente por mulheres, abro minha bolsa para que a moça com um sorriso no rosto e uma lanterninha na mão a vasculhe cuidadosamente. “Ah, amada, celular aqui não entra, você pode descer para guardar no nosso guarda-volumes”, diz, apontando para uma escada com a lanterna. Uma hora e duas filas depois – tivemos também que passar no detector de metais – adentro o gigantesco Templo de Salomão, sede mundial da Igreja Universal do Reino de Deus, para o que seria a “Reunião Autoajuda”, um encontro trimestral que traz orientações exclusivas para as mulheres.

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Quando ser homem faz mal à saúde

Marcada pela antifeminilidade e violência, a masculinidade tradicional afeta mental e psiquicamente os meninos, demonstra novo estudo. Que leva a indústria cultural a estimular uma hipermasculinidade, como em “Vingadores”?

Por Inês Castilho, em Outras Palavras

Dia desses, ao arrumar os brinquedos dos meus netos, três garotos de 5, 7 e 11 anos, levei um susto ao descobrir a quantidade de bonecos de super-heróis que eles acumulam. De Homem de Ferro a Capitão América, todos norte-americanos, exibem uma masculinidade tóxica: músculos que saltam e postura de combate, quando não armas nas mãos e corpos transformados em tanques de guerra.

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Feminicídio não é crime passional. É crime de ódio

As mortes qualificadas como feminicídio em São Paulo aumentaram 12,9% em 2018 na comparação com o ano anterior, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Foram registrados 148 assassinatos no ano passado e 131 em 2017.

por Camila Maciel, em Agência Brasil / IHU On-Line

O homicídio qualificado como feminicídio foi definido pela Lei nº 13.104 de 2015, que estabelece penas maiores para os casos em que o assassinato é motivado pelo fato da vítima ser mulher.

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Milton Hatoum: “Bolsonaro liberou o racismo, o machismo e a homofobia”

Em Carta Capital

O jornal francês Libération publicou uma longa entrevista com o escritor brasileiro Milton Hatoum, que recebe na quinta-feira 13 o prêmio Roger-Caillois de literatura latino-americana. O texto é uma longa reflexão sobre os “tempos difíceis que se anunciam no Brasil”, diz o jornal francês, com o novo governo que vai se instalar no País.

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Cena política é concebida para ser machista. Entrevista especial com Luciana Panke

por Patricia Fachin, em IHU On-Line

A representatividade feminina na política é ainda um dos grandes desafios do sistema democrático. Muitos partidos rifam as vagas para mulheres apenas para cumprirem a cota mínima exigida pela legislação. Não obstante, quando consegue ultrapassar essas barreiras e chega a ser eleita, a mulher tem de enfrentar um ambiente de homens, concebido para ser masculino. Mas se engana quem pensa que essa é uma realidade apenas brasileira. A professora Luciana Panke foi pesquisar mulheres na cena política de países da América Latina e constatou: “ainda que alguns países sejam mais machistas que outros, todos eles oferecem as mesmas barreiras para as mulheres que querem entrar na política”.

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Vídeo documentário mostra a história de luta de mulheres nordestinas contra a cultura do machismo

No chão da Bahia e de Sergipe, elas percorreram caminhos de libertação, empoderamento, resistência, denúncia e anúncio

Por Jucelene Rocha, da Cáritas Brasileira, na ASA

“O machismo até hoje ainda existe. Eu via nas reuniões de mulheres… eu via as mulheres chorar com um menino pequeno e dizer, — fazer como diz a história, vocês me desculpem que eu vou falar mesmo —, e dizer que pra ela ir pra aquele encontro, pra aquela reunião foi obrigado ela servir ao marido tantas vezes na noite, que era pra ela não ter vontade para os outros. Pense, uma mulher servir a um homem no desejo dele três, quatro vezes numa noite pra poder sair? É muito difícil”. Relata no filme Sem medo de ser mulher, a veterana nas lutas femininas, Maria Faraildes Alves Dantas, 83 anos, moradora de Brejo Grande, município do estado de Sergipe. (mais…)

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CPT Bahia realiza formação de lideranças sobre relações sociais de gênero e poder em Jacobina (BA)

Por CPT Bahia – Centro Norte

A Comissão Pastoral da Terra – Centro Norte Bahia, realizou entre os dias 19 e 21 deste mês, a 5ª etapa da formação do Curso de Lideranças, o Liderar, no Centro de Educação Integrada (CEI), em Jacobina (BA). A formação teve como tema principal “Relações sociais de gênero e poder” e contou com a participação da arte educadora, agricultora e terapeuta holística Terezinha Bauer. (mais…)

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