TV Record ignora critérios jornalísticos ao atacar crianças sem-terra

Reportagem divulgada neste domingo (10) é parcial, não ouve o outro lado e apresenta falhas na apuração

por Leonardo Fernandes, em Brasil de Fato

Uma reportagem veiculada no programa “Domingo Espetacular” da TV Record, emissora de propriedade do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, no último domingo (10), mostrou um alinhamento com o novo governo de Jair Bolsonaro (PSL) em sua batalha ideológica contra os movimentos populares, especialmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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Sobre a imprensa e a classe trabalhadora

por Elaine Tavares, em Palavras Insurgentes

Jornal Nacional. Rede Globo. O presidente da Vale fala por um tempo gigante, a considerar o valor do tempo num jornal global. Repete insistentemente que o que houve em Brumadinho foi um acidente. Um acidente? Com todos os laudos técnicos que mostram o risco dessas barragens? Com todos os avisos de gente muito especializada que milita nos movimentos? Com a trágica experiência de Mariana? Acidente? Foi um crime.

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Ramonet tenta desbravar a nova selva midiática

Que papel jogam as “fake news”, num ecossistema em que mentira e ocultação já eram norma? Como movimentar-se, em meio a algoritmos e manipulações fabricadas? Resta espaço para uma mídia alternativa?

Outras Palavras

Encontramos Ignácio Ramonet, ex editor do Le Monde Diplomatique, co-fundador da Attac e do Fórum Social Mundial. Ex professor da Universidade de Paris VII, Ramonet tornou-se figura proeminente do altermundismo, é especialista em estudos sobre América Latina e sistema midiático. Nessa entrevista, ele trata das mutações pelas quais passou o campo midiático, sobre a maneira como as redes sociais contribuem para modificá-lo, sobre a erosão da hegemonia neoliberal, sobre o fenômeno populista, e ainda sobre os fenômenos políticos recentes que marcaram a América Latina (eleição de López Obrador no México, derrota de Gustavo Petro na Colômbia, eleição de Bolsonaro no Brasil…)

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Economia política da desinformação é a principal ameaça à democracia. Entrevista especial com Rafael Zanatta

por João Vitor Santos, em IHU On-Line

A experiência da campanha eleitoral de 2018 e a enxurrada de notícias falsas postas em circulação via WhatsApp levaram muitas pessoas a questionar a validade do aplicativo. O pesquisador Rafael Zanatta é direto ao afirmar que “o WhatsApp não é, em si, uma ameaça à democracia”. E se é claro que não se pode demonizar a ferramenta, também não se pode cair no engodo de conceber uma espécie de crivo prévio das mensagens, o que colocaria a privacidade e liberdade de expressão em xeque em nome do combate às informações falsas. “Não é necessário quebrar a criptografia do WhatsApp para avançar em investigações”, defende. E acrescenta: “não precisamos colocar todo mundo em situação de risco em troca do acesso às comunicações de um pequeno grupo de criminosos”.

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Jornalismo, jornalistas e mentiras

por Elaine Tavares, em Palavras Insurgentes

A mídia brasileira foi pega de surpresa pelo presidente eleito nas últimas eleições quando este não quis saber de entrevistas nem de jornalistas para falar com seu eleitorado logo depois da vitória. Transmitiu suas palavras direto de casa, pelo celular, na sua rede social, sem mediações. Depois, nos dias que se seguiram chutou o pau da barraca de uma série de empresas de comunicação acusando os jornalistas de “fabricantes de mentiras”. Entre seus seguidores não há um que respeite a mídia. Os comentários são os mais estapafúrdios: a rede Globo é comunista, a Folha de São Paulo é do Lula. Ou seja: duas coisas que foram sistematicamente demonizadas durante a campanha eleitoral, comunismo e PT. A coisa beira ao surreal.  (mais…)

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A ‘violência política’ tem nome e número

Chamar as coisas pelo nome. Enquanto é tempo

Por Editorial da Ponte Jornalismo

Desde que a Ponte começou, em 2014, sempre nos preocupamos em chamar as coisas pelos seus nomes e chamar a atenção para conflitos que outros veículos de mídia preferiam escamotear. Tomamos o cuidado, por exemplo, de registrar a cor da pele das vítimas da violência no Brasil, de preferência no título, algo que até hoje incomoda algumas pessoas. Nesta semana, quando escrevemos, sem fazer juízo de valor, que um jovem ameaçado de linchamento por apoiadores do candidato Jair Bolsonaro era negro, houve quem se sentisse incomodado. “O rapaz cometeu um furto [algo que não ficou provado] e vocês vêm aí falando de etnia e política?”, perguntou um dos comentaristas no Twitter. (mais…)

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