Obscurantismo Jurídico, por Cândido Grzybowski

do Ibase

Como entender o protagonismo do Judiciário nesta encruzilhada brasileira? Afinal, dos três poderes da institucionalidade democrática, o Judiciário deveria ser um poder passivo, chamado para interpretar e aplicar a lei, com independência e imparcialidade, mas nunca para ter um protagonismo político como o que está acontecendo entre nós.  Foi o golpe do impeachment, realizado com a conivência política do judiciário, que acabou colocando-o no centro. O impeachment destituiu uma presidente eleita pela maioria, ou seja, contra a vontade da cidadania, o único poder instituinte e constituinte nas democracias. O Judiciário fez vista grossa a tal agressão e se valeu da ocasião para, na prática, assumir ele mesmo o papel de instituinte e constituinte. Não sou jurista, apenas um pensador ativista que afirma em alto e bom som que a institucionalidade democrática, em qualquer democracia, depende do poder instituinte e constituinte da cidadania. Qualquer outra forma de intervir na institucionalidade é usurpação e golpe. Concordo com Boaventura Souza Santos que, diante dos ataques que vêm sofrendo as democracias no Brasil, na região e mundo afora, estamos entrando numa esdrúxula situação de sugar a substância da democracia mantendo a sua aparente forma, uma espécie de fascismo de novo tipo. Tudo para manter privilégios de classes dominantes e impedir a emergência de diferentes sujeitos clamando por igualdade de direitos na diversidade do que somos. (mais…)

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RJ – Em Maricá, Seminário discute desafios da comunicação nos governos progressistas

Em Opera Mundi

Nos dias 27 e 28 de abril, a cidade de Maricá, no Rio de Janeiro, sedia o Seminário Os desafios da comunicação nos governos progressistas. Realizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o evento tem como proposta promover a troca de ideais, a extração de ensinamentos e a reflexão sobre as experiências em comunicação nos governos, levando em conta que esta é uma frente estratégica para a administração pública. (mais…)

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A prisão de Lula e a contrarreforma conservadora

O golpe contra as instituições democráticas da América Latina e a ausência da regulamentação dos meios de comunicação como fator fundamental

Por Luciana Gaffrée*, no Combate Racismo Ambiental

O professor de História Edgardo Ortuño, primeiro deputado negro do Uruguai, ex-vice-ministro da Indústria, Energia e Mineração – ministério que inclui nada mais e nada menos que dois importantes pilares para entender qualquer contexto geopolítico latino-americano como Comunicação e Petróleo – trabalhou lado a lado com o ex-presidente Mujica e aqui expõe sua perspectiva sobre a grave situação que o Brasil atravessa hoje. (mais…)

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Para o pastor Ariovaldo Ramos, a mídia brasileira é uma ‘escola de fake news’

Integrante de comunidade evangélica defende Estado laico e critica uso da religião como instrumento para “ganhos particulares”. Ele vê o racismo como “a maior agressão que se pode fazer a Deus”

por Redação RBA

São Paulo – O pastor evangélico Ariovaldo Ramos, convidado de Juca Kfouri no programa Entre Vistas, às 21h desta terça-feira (3), na TVT, é voz pouco usual no meio religioso televisivo. Aliás, Ariovaldo é absolutamente contrário a que instituições religiosas usufruam de concessões de rádio ou televisão. “Uma concessão pública, como a que a Record tem, me parece que só é possível numa perda total da noção da laicidade do Estado”, diz, lembrando que cabe ao Estado a outorga de concessões. (mais…)

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A mídia independente como instrumento educativo social de combate ao racismo ambiental no Brasil

Por Elissandro Santana, para Desacato.info

É inegável que o Estado, durante séculos, negou justiça, amparo e reparação aos povos negros. Além disso, nada fez no sentido de combater a cultura branca da opressão, da violência e da intolerância contra todo e qualquer valor negro na sociedade, nas instituições religiosas.

É em meio a estas insustentabilidades político-cultural-racistas que desponta a mídia alternativa como um instrumento em favor dos oprimidos, dentre eles, os povos negros. (mais…)

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Não deixe que a política radical de Marielle seja explorada ou apagada, como o Fantástico tentou fazer

Glenn Greenwald, The Intercept Brasil

No último domingo, a Rede Globo dedicou 45 minutos de seu popular programa “Fantástico” à execução de Marielle Franco e ao assassinato de seu motorista, Anderson Gomes. Essa história vem dominando as manchetes no Brasil durante a última semana, e continua recebendo destaque em órgãos de imprensa do mundo todo. (mais…)

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