Para a pesquisadora, o número e a incidência de mortes em massa revelam que essas ações já estão, perigosamente, no imaginário de combate ao crime. Isso fragiliza e fere o amplo sentido de sistema democrático
Por: João Vitor Santos, em IHU
O senso comum diz que democracia é o direito de todos. Mas a forma como se vive a democracia pode revelar que ela nem sempre é para todos. Um país que usa a morte como estratégia de segurança pública e estigmatiza os marginalizados como criminosos, encarcerando e matando, não pode se considerar plenamente democrático. De outro lado, não se pode ignorar a presença do crime organizado que, se valendo desse frágil sistema, cresce e corrói esse mesmo Estado que prega a morte.
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