RJ: Uma cartografia dos tentáculos da milícia

Análise territorial do fenômeno que surfou na guerra às drogas para dominar terreno e subjugar a população periférica pelo medo. Como instrumentalizou a política – para destruí-la – e conquista cada vez mais simpatia do mercado e da elite

Por Marcelo Burgos*, na Le Monde Diplomatique Brasil

O Rio de Janeiro tem muito a ensinar sobre o fenômeno Bolsonaro para o Brasil, e embora isso seja óbvio, ainda não foi suficientemente levado a sério. Examinar a forma pela qual a milícia se espraiou no estado e como ela se converteu em um discurso que avançou sobre áreas ricas da cidade pode ser um bom começo. Afinal, a relação entre o atual presidente e seus filhos com a milícia não é apenas pessoal, mas ideológica, e isso precisa ser melhor compreendido.

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O pacto entre traficantes e milicianos evangélicos proibindo religiões afro-brasileiras no Rio

Em vídeo, o professor de História Contemporânea, Francisco Teixeira, explica o novo poder das milícias.

Por Jornal GGN, no IHU

Um inquérito da Polícia Civil do Rio, obtido pelo Globo nos primeiros dias de 2021, revelou o tal pacto fechado entre traficantes e milicianos do Quitungo, em Brás de Pina, para integrar a quadrilha e a comunidade ao “Complexo de Israel”, que já abrangia Vigário Geral, Parada de Lucas e Cidade Alta.

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“Ligação de Bolsonaro com milícias é, acima de tudo, ideológica”. Entrevista com Bruno Paes Manso

IHU On-Line

Em agosto de 2018, quando o jornalista, economista e cientista político Bruno Paes Manso lançava o livro A Guerra: a ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil, em parceria com a socióloga Camila Nunes Dias, ele não acreditava que o “então folclórico” candidato Jair Messias Bolsonaro fosse se tornar o próximo presidente do Brasil.

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Presidência da CDHM pede audiência com ALERJ para discutir projeto que reintegra policiais militares expulsos por desvio de conduta

Pedro Calvi / CDHM​

O Projeto de Lei 1.326/19, que tramita na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, prevê a reintegração de cerca de 2000 militares expulsos da corporação por desvio de conduta, no período compreendido entre 2007 e 2018. Vinte por cento dos quais responderiam por ligação com milícias, segundo o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP) do Ministério Público.

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O Rio de Janeiro não pode ser Gotham City

“As milícias descortinaram o lugar da política, apresentando, em vários casos com sucesso, seus quadros ou representantes como candidatos às eleições municipais. O Rio corre o risco de se perverter em Gotham City, sem ordem, sem lei e religião, salvo a de pastores que lhe recomendam a panaceia do empreendedorismo e que também já descobriram o caminho do voto”, alerta Luiz Werneck Vianna, sociólogo e professor e pesquisador da PUC-Rio.

IHU On-Line

Entregues ao Deus dará vivem no nosso estado Rio de Janeiro quase 16 milhões de pessoas, boa parte delas, talvez a maioria, sem rumo e tateantes em busca de oportunidades de vida, lutando com unhas e dentes por um lugar ao sol, uma boquinha, um negócio da China, uma boa mamata, um falso brilhante, para alguns até uma côdea de pão. Mas o estado do Rio de Janeiro nem sempre foi assim, pois aqui nasceu nosso estado nacional com suas elites dirigentes empenhadas em difundir ideais civilizatórios, e sobretudo, nos anos 1930, tornou-se a sede do projeto de implantação dos alicerces da indústria pesada na cidade de Volta Redonda, que se tornou polo da siderurgia, elemento crucial para a industrialização do país. Mais à frente, outras iniciativas asseguravam essa primazia do estado na conversão do modelo agroexportador até então vigente nas atividades econômicas para o industrial, tais como, entre outras, a Fábrica Nacional de Motores, a companhia Nacional de Álcalis, a Petrobras e a Eletrobrás.

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As milícias nos Estados Unidos e a reação negra

por Elaine Tavares, em Palavras Insurgentes

Nos Estados Unidos são bastante comuns as milícias ou grupos paramilitares que reúnem centenas de pessoas em bandos fortemente armados para defender causas no geral relacionadas ao supremacismo branco. Como lá a compra de armas é liberada não é nada incomum dar de cara com esses grupos, vestidos a moda militar, carregando metralhadoras e fuzis de última geração. Atualmente são pelo menos 160 diferentes grupos de milícias que se auto intitulam “patriotas” em luta para que os Estados Unidos não sejam tomados por estrangeiros, negros e pobres. Eles são o braço armado de cerca de 630 outros movimentos civis que se apresentam como lutadores pelos direitos civis, o principal deles sendo o direito de andar armado. A maioria desses movimentos se diz contra o governo federal alegando que os governantes estariam vinculados a tramoias globais de ameaça à paz. Praticamente todos esses grupos têm suas raízes em organizações racistas e antissemitas, como a histórica Ku Klux Klan.

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Novo advogado de Flávio Bolsonaro já defendeu o miliciano Orlando Curicica

Hoje cumprindo pena em um presídio federal, ex-policial já foi acusado de ser mandante da morte de Marielle Franco e denunciou atuação do Escritório do Crime

Por Alice Maciel, na Agência Pública

As ligações entre o clã Bolsonaro, seus advogados e a milícia fluminense acabam de ganhar um novo elo: o advogado que assumiu recentemente a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos RJ) no inquérito das rachadinhas, Rodrigo Roca, já defendeu o miliciano Orlando Oliveira Araújo, que liderava um grupo de paramilitares que atuavam em Curicica, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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