A psicologia das massas do nazi-fascismo e a ‘nebulosa do ideário bolsonarista’. Entrevista especial com Luís Carlos Petry

O ideário do nazismo e do fascismo só pode ser combatido “por uma sociedade esclarecida, afetiva e que, intelectualmente, se organize dentro de princípios de solidariedade, direitos e redistribuição das riquezas”, diz o pesquisador

Por: Patricia Fachin, em IHU

A massa, a partir da compreensão de pensadores como Freud e Adorno, “é um corpo social e orgânico, formado por indivíduos que se identificam solidariamente e se associam a um líder”. Ela pode apresentar comportamentos sociais “construtivos e amorosos” ou ser “a expressão da destruição e do ódio”. No decurso da história, ela se manifestou e se manifesta de muitos modos: “Está presente na igreja, no exército, no campo de futebol, nos comícios políticos de esquerda e direita, nos grupos que se autodenominam getulistas, lulistas e mesmo bolsonaristas” e “no movimento de rua que organizou as manifestações do ‘forabolsonaro'”, explica Luís Carlos Petry.

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Quem é o homem que conecta a extrema-direita alemã com evangélicos brasileiros

Parlamentar da AfD Waldemar Herdt fala sobre aliança entre ultraconservadores dos dois países

Por Andrea Becker, Niklas Franzen, em Agência Pública

26 de março de 2021. Um homem baixo e roliço caminha pela praça margeada por palmeiras e colunas douradas, no jardim do Templo de Salomão, em São Paulo. Ele é acompanhado por seis pessoas vestidas elegantemente, entre elas o deputado federal Aroldo Martins (Republicanos-PR) e o bispo da Igreja Universal Eduardo Bravo. Um vídeo mostra o homem passeando por uma réplica do Tabernáculo, admirando artefatos religiosos e falando ao microfone diante de um candelabro de sete braços. Segundo ele, nesse lugar é possível ver que “a palavra de Deus está viva”. Ele fala de uma “frieza do evangelho” na Alemanha e diz que o Brasil é um exemplo para que a Europa reavive sua fé.

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Presença nazista no Brasil cria raiz histórica para adesão à extrema direita, diz historiadora

Para Heloísa Starling, fato de o país ter sediado a maior filial do Partido Nazista fora da Alemanha gera apelo ideológico que reverbera até hoje

Por Fernanda Mena, na Folha

Ecos de um passado distante e pouco conhecido podem ajudar a explicar como o Brasil se tornou um dos expoentes de uma onda conservadora global que retoma ideologias totalitárias de extrema direita: o país foi sede da maior filial do Partido Nazista fora da Alemanha.

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Instituições judaicas criticam encontro de Bolsonaro com deputada da ultradireita alemã

Entidades judaicas no Brasil se mostram chocadas com reunião entre presidente da República e Beatrix von Storch e afirmam que a legenda dela, a AfD, é um partido de “extrema direita que minimiza as atrocidades nazistas”.

DW

Instituições judaicas no Brasil criticaram nesta segunda-feira (26/07) o encontro do presidente Jair Bolsonaro com a deputada da ultradireita alemã Beatrix von Storch, ocorrido na semana passada.

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Uma deputada da ultradireita alemã no Brasil

Dirigente da AfD, Beatrix von Storch se encontrou com Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro em Brasília. Neta de um ministro do regime nazista, ela provocou escândalo em 2016 ao se manifestar favorável a atirar em refugiados.

Por Jean-Philip Struck, na DW

Na quinta-feira (22/07), a deputada de extrema direita Bia Kicis (PSL-DF) exibiu em suas redes sociais uma foto com a parlamentar alemã Beatrix von Storch, do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD). O registro foi feito durante um encontro em Brasília. Poucas horas depois, foi a vez de o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o filho “03” do presidente Jair Bolsonaro, fazer o mesmo.

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Intelectuais, artistas e judeus progressistas denunciam em manifesto conteúdo nazifascista e genocida do governo Bolsonaro: “É preciso chamar as coisas pelo nome”

Lilia Schwarcz , David Tygel e Silvio Tendler então entre os mais de 230 artistas e intelectuais judeus que assinaram manifesto reafirmando as “inclinações nazistas e facistas”, além de genocidas, do governo Bolsonaro. Embora não cite Michel Gherman, o documento é lançado em meio à polêmica envolvendo o presidente da entidade que teoricamente representa os judeus do Rio de Janeiro, em negação às fortes denúncias do historiador, que afirma que, para estudar o holocausto, é fundamental estudar e entender o nazismo que o originou.

Abaixo, a excelente resposta de Michel Gherman ao presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) e, em seguida, a íntegra do manifesto com as respectivas assinaturas. Novas adesões podem ser feitas aqui.

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No passado, as eras pós-pandemias trouxeram sementes do nazismo e novas geopolíticas. E agora?

Em 2020, há uma diferença fundamental entre tudo o que ocorreu na história da humanidade e a atual crise: temos a nosso alcance o avanço inédito da ciência e mais consciência dos erros passados

por Jamil Chade, em El País

2019 foi o ano dos protestos. Do Chile à Catalunha, de Paris ao Sudão as ruas arderam. Mas muitos desses movimentos foram silenciados pela pandemia e o cheiro da morte que o vírus deixou. Entre líderes políticos, movimentos sociais e mesmo serviços de inteligência, a pergunta que permanece é uma só: esses protestos serão retomados uma vez superado o vírus e quais abalos políticos serão sentidos como eco da crise sanitária? Ao longo dos séculos, surtos e epidemias transformaram países, populações e o destino de guerras. Basta dizer que nas cidades mais afetadas pela pandemia da gripe espanhola de 1918 na Alemanha, há indícios de que os primeiros brotes do nazismo tomaram forma, como mostrou um estudo realizado pelo FMI.

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