Brasil devia seguir Alemanha que combate ódio online com lei

Vi comentaristas falando que o PL das Fake News remetia a países “que não eram democráticos”. Epa, então a Alemanha, que tem uma lei muito mais dura, não é uma democracia?

Nina Lemos, Deutsche Welle

O ano de 2022 sempre será lembrado por mim com um certo pavor. Isso porque no ano passado recebi uma tempestade de ódio online difícil de descrever. Não foi a primeira vez que, como jornalista e feminista, sofri ataques, mas entre agosto e outubro a situação chegou a um nível que fez com que as principais associações de jornalistas do Brasil se preocupassem com meu caso. (mais…)

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A regulação das plataformas e o projeto nacional

Regrar conteúdos pode ser fútil, sem um passo a mais. País precisa desenvolver suas próprias plataformas intermediárias e de aplicativos – e deixar de depender das Big Techs. É possível, como mostram a China e as iniciativas na Saúde

Por César Bolaño*, em Outras Palavras

No último 25 de abril, o Comitê Gestor da Internet do Brasil realizou um seminário, em Brasília, por ocasião do lançamento de consulta pública sobre regulação de plataformas digitais. Participaram representantes do governo, da academia, do empresariado e do chamado terceiro setor, formando um painel bem representativo do debate atual sobre o tema na sociedade civil brasileira. Duas temáticas gerais dominaram as apresentações: a polêmica ideia de regulação de conteúdos, que é sem dúvida o grande norte dos argumentos pró e contra a regulação hoje no país, e a perspectiva de defesa da concorrência. (mais…)

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Só teremos escolas seguras com regulação da internet, diz ministro

Lei precisa estabelecer direitos e deveres de internautas e empresas

Por Alex Rodrigues, na Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou a defender a importância de o Congresso Nacional aprovar uma lei que regulamente o funcionamento das plataformas digitais no Brasil. Para Dino, estabelecer os direitos e deveres dos internautas e das chamadas big techs (do inglês, grandes empresas de tecnologia) é de fundamental importância para o combate à violência nas escolas e ao crescimento do extremismo no país. (mais…)

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Chomsky: ChatGPT contra o pensamento crítico

Filósofo dispara: novos bots são simuladores poderosos, mas também o oposto da inteligência, do aprendizado e da reflexão. Capital quer empregá-los para nublar o debate público. Porém, saída não é freá-los — e sim estimular a educação política

por Noam Chomsky, em entrevista a Ivo Neto e Karla Pequenino no Público | Tradução: Maurício Ayer, em Outras Palavras

Há um mês, o reputado filósofo e linguista Noam Chomsky co-assinou um artigo no New York Times em que condena a “falsa promessa do ChatGPT”, criticando o rumo que o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) levou. Ao Ípsilon, numa videochamada, o especialista do MIT reforçou a preocupação com a forma como a tecnologia está evoluindo, com algoritmos que nos dão conteúdo à nossa medida e chatbots que simulam a comunicação humana e contribuem para a inércia analítica e criativa. (mais…)

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Em tempos de uma “sociedade desmantelada”, a escola precisa resistir como ambiente de humanidade e democracia. Entrevista especial com Vera Iaconelli

A partir do ataque na Escola Thomazia Montoro, em São Paulo, psicanalista observa que o mau uso das redes sociais potencializa a violência e rompe laços sociais, contaminando espaços de pluralidades e aprendizagem

Por: João Vitor Santos, em IHU

Quando a violência invade o espaço da escola, é sinal de que a sociedade está doente. É nessa linha que vai a reflexão da psicanalista Vera Iaconelli. Ela alerta, porém, que não devemos culpabilizar a própria escola em que um aluno invade salas com uma faca, mata uma professora e fere outras cinco pessoas. “A escola não tem como resolver os problemas da humanidade, ela é uma célula lá dentro que deve ser mantida e protegida”, observa, na entrevista concedida por WhatsApp com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU. E acrescenta: “diante do impossível, vemos o que é possível. E o que é possível para a escola é manter esse espaço aberto de diálogo com as outras pessoas que estão chegando”. (mais…)

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