Como sabemos, a luta antifascista não acabou, nem no Brasil nem no mundo. Caso contrário, deslizaremos para a pauta estabelecida pelas mídias proprietárias, pelas redes sociais também elas proprietárias, e pela ilusão de que cada um que fale em rede social tem o mesmo calibre e a mesma importância, esquecendo a configuração de classes da sociedade brasileira
Vivemos algo de extraordinário no mês de outubro, ao longo dos poucos dias que tínhamos para a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais (e algumas para governos estaduais). Um enorme impulso de uma militância de esquerda e democrática saiu às ruas, ancorou nas esquinas, praças e pontos de circulação popular das cidades, montou comitês de campanha, produziu e pagou materiais de divulgação, dedicou muitas horas e energia em diferentes frentes – nas ruas, nas redes sociais, na produção de textos, na construção de elos de comunicação que permitissem fazer frente à avalanche de propaganda falsificadora bolsonarista. (mais…)