De Olho nos Ruralistas lança série de vídeos sobre cultura e povos do campo

Episódios do especial De Olho na Cultura serão publicados às sextas-feiras; temas vão de festas populares ao trabalho de artistas e intelectuais, destacando o protagonismo dos povos indígenas, quilombolas e camponeses; canal do observatório no YouTube completa 10 anos em março

Por Nanci Pittelkow, em De Olho nos Ruralistas

O programa De Olho na Cultura ganhou espaço próprio e terá episódios lançados semanalmente, toda sexta-feira. O primeiro, sobre a multiplicidade criativa e o engajamento social e ambiental do músico francês Manu Chao, já está no ar. “A ideia da série é abordar a cultura ligada aos povos do campo, incluindo indígenas, quilombolas, sem-terra, camponeses, ribeirinhos e outros povos tradicionais”, explica Luís Indriunas, um dos roteiristas do canal. “A obra de artistas engajados com as causas dos povos do campo também são destaque do programa”. (mais…)

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Os dados que podem alimentar a resistência negra

Dicionário Marielle Franco descreve uma iniciativa pioneira no Rio: o IDMJRacial, que produz pesquisas sobre letalidade da polícia e militarização das favelas. Objetivo: orientar a atuação política das periferias na defesa da vida e memória

por Giselle Florentino e Fransérgio Goulart, em Outras Palavras

Dez de dezembro celebra-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Esta data foi proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), em 1948. Esta Declaração é o primeiro documento de caráter universal de proteção aos direitos humanos, que desde então tem inspirado as constituições de Estados democráticos ao redor do mundo. Sabemos que o Brasil, de tamanho continental, com tamanha diversidade cultural de maioria não-branca, é ainda um país desigual. Esta desigualdade não está apenas na situação socioeconômica, mas no tratamento e no não respeito às populações das áreas mais empobrecidas, assim como no caso das favelas e periferias espalhadas pelos quatro cantos do país: água, energia, internet, habitação, educação, saúde, saneamento, transporte e tantos outros direitos ainda são negados. (mais…)

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Por que nos separamos?

Na primeira reportagem do Micélio-SUMAÚMA – Programa de Coformação de Jornalistas-Floresta, as repórteres Yudjá/Juruna, da Volta Grande do Xingu, respondem à pergunta, que conjuga, ao mesmo tempo, violência e resistência

Sumaúma

Belo Monte barrou as águas do rio e, como dizem os Yudjá/Juruna, causou o fim do mundo. Mas antes de o fim do mundo chegar esse povo decidiu fazer uma grande viagem para buscar parentes separados por quase um século. Raylane, 19 anos, e Weslane, 24 anos, mulheres do povo Yudjá/Juruna da Volta Grande do Xingu, investigaram essa história por semanas, entrevistaram Natanael, o professor e coordenador pedagógico da aldeia Mïratu, onde vivem, o avô Agostinho, o principal ancião da comunidade, e a prima Ya Juruna, uma jovem que participou dessa longa jornada de busca. (mais…)

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Sementes Marias, Mahins, Margaridas: as mulheres e as lutas de resistência

A coluna deste abril traz um balanço das Jornadas de Luta das Mulheres Sem Terra e um histórico do protagonismo feminino nas lutas, apagadas pelo patriarcado, mas não silenciadas

Por Coletivo de Mulheres Sem Terra do MST Maranhão
Da Página do MST

O agronegócio lucra com a fome e a violência. Por Terra e Democracia, mulheres em resistência!”

Com essa consigna as mulheres Sem Terra anunciaram os aromas das lutas e ocuparam as ruas e as redes com ações nos 23 estados do país e no Distrito Federal, inclusive em terras africanas, na Zâmbia. (mais…)

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Dissertação resgata história de Antônia Flor e a resistência de mulheres camponesas na luta pela terra no Piauí

“…Antônia Flor – flor da gameleira –
fez do amor à terra sua peleja, sua crença, sua razão de bem- viver…
teve o corpo crivado de balas – à sombra de uma velha ingazeira.”

Paulo Machado

Texto e Imagens: CPT PIAUÍ

Nesse mês de março reafirmamos o compromisso contra todas essas violências sofridas pelas mulheres diversas em todos os espaços em que estão inseridas. E nada mais justo que relembrar a vida e a luta de uma mulher que viveu e morreu por uma causa, e “fez do seu amor à terra sua peleja, sua razão de bem-viver”, Antônia Maria da Conceição, Antônia Flor, mártir da terra no Piauí. (mais…)

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A resistência de Maria

Agricultora resiste à ação do agronegócio e à violência de pistoleiros para manter direito à terra em Correntina (BA)

por Paulo Oliveira e Thomas Bauer, em CPT

No Dia Internacional da Mulher, Meus Sertões mostra como Maria (**), 55 anos, resiste à pressão dos latifundiários do agronegócio e à violência de pistoleiros contratados para expulsar os integrantes das comunidades de fecho de pasto. Os fecheiros, como são chamados, há cerca de dois séculos vivem e preservam áreas do cerrado baiano cobiçadas por grileiros e pelo empresariado, que desmata totalmente as suas propriedades para aumentar a produtividade e depois tenta tomar a terra ocupada por posseiros para transformá-las em reservas legais e cumprir o que prevê o Código Florestal. O não cumprimento da lei prevê autuação, multa e processo e impede a concessão de crédito e a comercialização de produtos. (mais…)

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Não é performance. Por Clarisse Gurgel

A esquerda precisa recuperar para si a titularidade das ações de rebeldia, o domínio sobre esta força indubitável que uma multidão possui

em A Terra é Redonda

No dia 8 de janeiro de 2023, um grupo de pessoas, que já acampavam no Distrito Federal desde outubro, avançou sobre os prédios e edifícios dos três poderes da República brasileira. Os constitucionalistas comentavam que a tentativa de golpe era crime, pois não era prevista na constituição. Tamanha miopia funcionalista não permitia aos intelectuais compreenderem que, para que se configure um golpe, sua previsão constitucional é uma impossibilidade. (mais…)

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