Alencastro apresenta curso sobre história brasileira a partir da geopolítica do Atlântico Sul. Ligações econômicas e culturais ressurgem, apesar dos preconceitos do bolsonarismo: já temos mais embaixadas na África que na América Latina
por Luiz Felipe de Alencastro, em Outras Palavras
O segundo semestre do curso Temas de história e cultura brasileira, que se inicia no dia 16/7, aborda o período que vai da Independência até o presente. O eixo central do curso é o estudo da história colonial e nacional do Brasil no contexto do Atlântico Sul. As relações com a África são parte integrante da formação do território e da sociedade nacional. Entre 1550 e 1850, de cada 100 indivíduos entrados no Brasil, 86 eram escravizados africanos e somente 14 eram colonos e (depois de 1822) imigrantes portugueses. O Atlântico Sul é também a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, que compunham a região chamada Rio da Prata, com as quais o Brasil mantém relações regulares desde o início do século 17. A continuidade e a realidade da consciência latino-americana brasileira também têm suas raízes no Atlântico Sul.
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