Para estudar a fundo a influência africana no Brasil

Alencastro apresenta curso sobre história brasileira a partir da geopolítica do Atlântico Sul. Ligações econômicas e culturais ressurgem, apesar dos preconceitos do bolsonarismo: já temos mais embaixadas na África que na América Latina

por Luiz Felipe de Alencastro, em Outras Palavras

O segundo semestre do curso Temas de história e cultura brasileira, que se inicia no dia 16/7, aborda o período que vai da Independência até o presente. O eixo central do curso é o estudo da história colonial e nacional do Brasil no contexto do Atlântico Sul. As relações com a África são parte integrante da formação do território e da sociedade nacional. Entre 1550 e 1850, de cada 100 indivíduos entrados no Brasil, 86 eram escravizados africanos e somente 14 eram colonos e (depois de 1822) imigrantes portugueses. O Atlântico Sul é também a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, que compunham a região chamada Rio da Prata, com as quais o Brasil mantém relações regulares desde o início do século 17. A continuidade e a realidade da consciência latino-americana brasileira também têm suas raízes no Atlântico Sul.

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O nome não é “Ajuda Humanitária”. É Dívida Climática!

Prof. Alexandre Costa, no O que você faria se soubesse o que eu sei?

Neste ano já tivemos enchentes devastadoras associadas a eventos extremos aqui mesmo no Brasil (com impacto bastante severo em nossas megacidades, Rio e São Paulo), nos EUA (com enormes danos e prejuízos em Minnesota e Nebraska).

Mas, como em tantas outras ocasiões, eventos similares produzem impactos maiores – e um número bem maior de mortes – quanto mais pobres e vulneráveis forem os países e as comunidades sobre os quais eles se abaterem.

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O Quênia e seus exemplos inspiradores: da resiliência ao socioambientalismo

Por Sucena Shkrada Resk *, no Blog Cidadãos do Mundo

Sim. Exemplos inspiradores vêm do leste do continente africano e especialmente de países como o Quênia, e não se restringem a resultados na tradicional corrida de São Silvestre por aqui e chegam à esfera socioambiental, além do fato de Nairobi ser a cidade-sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). É da resiliência contra um cenário de carestia, seca, fome, repressão e violência, que brotam ações proativas, que quem sabe, podem um dia mudar o curso de modelos políticos e econômicos que acentuam a vulnerabilidade dos cidadãos por décadas.

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A volta do Prêmio Nobel que não abandona suas teorias racistas sem base científica

James Watson, codescobridor da estrutura do DNA de 90 anos, defende em um documentário que “negros são menos inteligentes”

Por Manuel Ansede, no El País

“Entre os brancos e os negros existem diferenças nos resultados dos testes de inteligência. Eu diria que a diferença é genética”. O biólogo James Watson, prêmio Nobel de Medicina em 1962 por ser um dos descobridores da estrutura do DNA, voltou a lançar ao mundo suas teorias racistas, desta vez no documentário Decoding Watson [Decodificando Watson], que estreou na noite de quarta-feira na televisão pública norte-americana PBS.

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“África é a última fronteira do capitalismo”, entrevista a Achille Mbembe

por António Guerreiro, do jornal Público, no BUALA

Achille Mbembe esteve em Portugal, em Outubro, para uma conferência na Culturgest que tinha por título Para Um Mundo Sem Fronteiras. A questão da fronteira é fundamental na obra deste teórico africano, nascido nos Camarões, em 1957, com doutoramento em Ciência Política feito em Paris (na Sorbonne), professor na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, África do Sul, e também em Harvard, nos Estados Unidos. A sua obra, objecto de um enorme reconhecimento internacional e traduzida em todo o mundo, compreende livros tão importantes como Crítica da Razão NegraPolíticas da Inimizade (estes dois traduzidos em português e editados pela Antígona) e De la Postcolonie. Essai sur l’imagination politique dans l’Afrique contemporaine.

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Uso de produtos para clarear a pele se estende na África

Da AFP

Quando estava na faculdade de Medicina e ouviu falar de mães que descoloriam a pele de seus bebês, Isima Sobande pensou que se tratava de uma lenda urbana. Mas não demorou a vê-lo com seus próprios olhos.

Pouco tempo depois de ter sido enviada para um centro médico de Lagos, capital econômica da Nigéria, Sobande registrou a entrada de um bebê de dois meses que se contorcia de dor, “com furúnculos muito grandes por todo o corpo”.

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