A chantagem do andar de cima. Por Leda Maria Paulani

Campos Neto cumpriu com bravura covarde sua missão pusilânime de iniciar o movimento de reversão das expectativas positivas que se desenhavam para o cenário econômico sob o governo Lula

A Terra é Redonda

Há exatamente seis meses, em 22 de junho deste ano, publiquei, no site A Terra é Redonda, “Labirinto econômico”, artigo em que me perguntava qual era a hecatombe que fizera as tão alvissareiras expectativas sobre nossa economia dos primeiros quatro meses do ano terem se transformado num cenário sombrio, carregado de funestos prognósticos. (mais…)

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Nota sobre o ataque especulativo. Por João Carlos Brum Torres*

A disparada do dólar é um ataque especulativo do mais poderoso dos atores políticos do Brasil, o partido do mercado, cujo objetivo é impedir que o atual governo venha a haurir qualquer reconhecimento pelo excelente momento da economia

Em A Terra é Redonda

Havia afirmado o propósito seguinte: não vou mais incomodar os leitores e os amigos com comentários sobre os impasses econômicos do Brasil. Voltei atrás, porém, ao ver a página de economia do jornal Zero Hora do dia 18 de dezembro de 2024, na qual se encontra não só a entrevista em que o professor Marcelo Portugal tem destacadamente registrada a opinião de que 2025 vai repetir o desastre de 2014, funesto resultado este que “decorre das incertezas acentuadas pelo insuficiente pacote fiscal do governo”, mas também os oportunos e precisos comentários do senhor Alex Agostini, “economista chefe da Austin Rating”. (mais…)

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A faca no pescoço. Por Marilena de Souza Chaui; Luís César Oliva & Homero Santiago

Reflexões sobre o novo modelo de pós-graduação das universidades públicas paulistas.

A Terra é Redonda

Há algumas semanas circulou na grande imprensa e nos veículos institucionais da USP um novo modelo de pós-graduação proposto pelas universidades públicas paulistas com anuência das agências de fomento (Capes e Fapesp); anúncio que foi recebido com aplausos nos editoriais dos grandes jornais. (mais…)

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14 de dezembro de 2024. Por Tarso Genro

A prisão do general é o ápice da mudança de qualidade da crise de alta intensidade, que vem desde a inquisição medievalista encetada pela república de Curitiba

A Terra é Redonda

O livro do meu amigo Nicolás Sartorius (La democracia expansiva, Anagrama) chegou às minhas mãos nesse 14 de dezembro do ano de 2024. A chegada do livro despertou na minha memória política as coincidências características de uma época: a transição do franquismo para a democracia na Espanha – com a tentativa de golpe do Coronel Tejero – em fevereiro de 1981; a crise final das ditaduras na América Latina, amadurecida no início dos anos 1880; e hoje também a prisão do general Braga Netto – aqui no Brasil – que pode ser um impulso à transição do sórdido militarismo da Guerra Fria para uma profissionalização das nossas Forças Armadas, como ocorreu na Espanha na década de 1980. (mais…)

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Ailton Krenak: ‘‘Não temos de fazer crítica decolonial, e sim, contracolonial’’

Pensador indígena ministrou uma das conferências de inauguração da cátedra Darcy Ribeiro, do Ieat, nesta segunda-feira.

Por Ewerton Martins Ribeiro e Teresa Sanches, da UFMG, no IHU

“Darcy Ribeiro conviveu com uma geração que se sentia intimidada, pela arrogância do pensamento colonial, a evitar ter ideias próprias. Os pensadores da América Latina evitavam ter ideias próprias porque tê-las impedia que eles dialogassem com o que era a produção moderna ou contemporânea de um mundo [colonial] definido por publicações em inglês, francês ou alemão – bibliografias grandiosas, mas que não incluíam os latino-americanos. O Darcy, contudo, não tinha medo de pensar. Obviamente, quem não tem medo de pensar pode incorrer em algum erro, em algum equívoco. Mas isso não importa. O que importa é ter coragem de pensar. E Darcy tinha. Ele tinha aquela maneira tão gentil dele de se comunicar com todos nós, e isso possibilitava uma abertura ampla de entendimento do que ele estava propondo e das possibilidades de diálogo. Com os povos indígenas, durante a vida toda, eu acho que o Darcy se sentiu em casa.” (mais…)

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Não é Possível Enfrentar a Crise Climática Sem Mudança de Paradigma Civilizatório. Por Cândido Grzybowski

Em Sentidos e Rumos

Apesar da multiplicação de eventos climáticos extremos e devastadores pelo mundo, além do acumulado em termos de conhecimento científico de suas causas, não estamos conseguindo, como humanidade, enfrentar a mudança climática. Estamos caminhando para um beco sem saída, pois ainda não criamos as condições políticas para mudar profundamente a economia e o modo de vivermos. O problema é de ordem planetária, devido à interdependência como condição da integridade natural do funcionamento dos sistemas climáticos que regulam as condições de toda a vida na Terra. As responsabilidades dos povos, porém, são diferenciadas pelo acumulado ao longo da história. Mas os próprios territórios em que vivemos são diversos e exigem soluções também diversas, apesar de todos eles serem afetadas e nós juntos, de algum modo, pela mudança climática. (mais…)

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O futuro da crise climática. Por Michael Löwy

Estamos indo para o sétimo círculo do inferno?

A Terra é Redonda

A crise climática já começou. Cada ano é o mais quente jamais registrado. Vemos todos os dias nos jornais: enormes incêndios florestais, inundações e secas, colheitas perdidas, espécies ameaçadas, rios desaparecendo, regiões do planeta onde o aumento das temperaturas torna qualquer atividade impossível, etc. Há cada vez mais vítimas nos quatro cantos do planeta. (mais…)

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