Em cidades do Maranhão e de Alagoas, estados com índices graves de fome, chega a faltar comida nas escolas. Biscoito e suco são mais comuns do que frutas e verduras. E nossas repórteres encontram milhares de reais parados nas contas das prefeituras
Adriana Amancio e Anelize Moreira, especial para Gênero e Número e O Joio e O Trigo
“No início das aulas leva de dois a três meses para chegar a merenda na escola. Neste ano, chegou só em maio, depois de muita briga na Secretaria [Municipal] de Educação. Eles falam que é falta de dinheiro. Faltou alimentação na maioria das escolas rurais, tem criança que até passou mal por falta da merenda. Sem merenda é sofrimento, pobreza total e muita luta.” Esse é o relato da mãe solo e agricultora Maria de Jesus Laranjeiras, 37 anos, sobre a falta de merenda nas escolas Maria Salete Moreno e Maria Aragão, localizadas na zona rural de Itapecuru Mirim, a 108 quilômetros de São Luís, no Maranhão. (mais…)