Sem a sabedoria milenar indígena, o desenvolvimento de alguns medicamentos talvez fosse impossível. Foram os indígenas que colocaram o ovo em pé.
Por João Ernesto de Carvalho, na Revista AdNormas
A primeira referência bem documentada sobre a existência de um veneno de flechas de grande poder letal, entre os indígenas da América do Sul, encontra-se no livro De Orbe Novo, de Pietro Martine d’Anghera, publicado em 1516:
“[…] é um suco destilado de algumas árvores em que eles mergulham as flechas. Após atingido, o animal começa a perder a coordenação motora, que evolui para flacidez muscular e paralisia flácida da musculatura locomotora. A morte é consequência da paralisia da musculatura respiratória. Mas nem a todo mundo é permitido preparar a mistura, que foi denominada de curare. São as mulheres velhas, peritas nessa arte, que são encerradas durante algum tempo com todo material necessário e durante dois dias permanecem acordadas e destilam a mistura”.
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