Comissão de Anistia concede 1ª reparação coletiva, e Brasil pede desculpas a indígenas Krenak por crimes na ditadura

Grupo foi perseguido, torturado e expulso de suas terras – crimes reconhecidos pela Comissão Nacional da Verdade. Comissão deve analisar pedido semelhante dos Guyraroká (MS).

Por Marcela Cunha, Isabella Formiga, Mateus Rodrigues, Kellen Barreto, TV Globo e g1

A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos analisou nesta terça-feira (2) os primeiros pedidos de reparação coletiva da história do país. (mais…)

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Torturas e listas sujas: como a Mannesmann aliou-se à ditadura para reprimir trabalhadores

Empresa que teve diretor nazista na Europa e apoiou golpe no Brasil usava polícia em fábricas para contornar greves

Por Marcelo Oliveira | Edição: Ed Wanderley, em Agência Pública

“As fábricas foram ocupadas pela polícia da ditadura e aqui na Mannesmann houve tiros, emboscada e bombas, na madrugada de 1º de outubro [de 1968] e depois continuamos trabalhando com fuzil nas costas.” (mais…)

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Memórias de 64: o capítulo do genocídio indígena

8 mil indígenas foram assassinados pelo regime e gigantescas áreas da Amazônia foram devastadas: um “ecocídio” em nome do desenvolvimentismo conservador. Relembrar isso, nos 60 anos do golpe, é um convite a repensar a noção de progresso

Por João Gabriel da Silva Ascenso e Rayane Barreto de Araújo, na Ciência Hoje

“Não é exagero dizer que nós estamos em um genocídio em curso”. A declaração, dada em julho de 2020, é de Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). De fato, 2020 recolocou nas manchetes e no debate público a expressão ‘genocídio indígena’. O termo apareceu no relatório que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Socioambiental (ISA) realizaram, com revisão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontando que os Yanomami, ameaçados pelo garimpo ilegal e pela covid-19, correm um “risco de genocídio com a cumplicidade do Estado brasileiro”. (mais…)

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Abuso sexual, tortura e demissões arbitrárias, o papel da Belgo-Mineira na ditadura

103 trabalhadores sofreram violações e médico da empresa participou de tortura de mulheres no Doi-Codi de MG

Por Marcelo Oliveira, Agência Pública

João Monlevade era o nome do dono de uma fazenda na cidade de Rio Piracicaba, Minas Gerais, localizada a 115 km da nova capital, Belo Horizonte. A área foi adquirida pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira na década de 1930, para que ali fosse construída a usina de Barbanson, inaugurada em 1937. Como não havia nada lá, a companhia teve que erguer uma cidade para seus funcionários, que recebeu o nome do antigo dono das terras e passou a explorar ali uma mina de extração de minério de ferro, abundante na região. (mais…)

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Jogou pôquer e foi explodir o Riocentro: Wilson Machado, o fantasma vivo da ditadura

Perfil remonta o que se sabe sobre a única testemunha militar viva do atentado a bomba no Riocentro durante a ditadura

Por Alice Maciel, Agência Pública

Na noite do dia 29 de abril de 1981, a estudante Luciana (nome fictício), então com 28 anos, recebeu alguns amigos em casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. O grupo costumava se reunir às quartas-feiras para jogar pôquer. O assunto daquela noite era o grande evento que ocorreria no dia seguinte no Centro de Convenções Riocentro, em comemoração ao Dia do Trabalhador. Luciana estava animada com a possibilidade de ver muitos dos artistas que admirava e comentou que havia combinado de ir ao show com um grupo de amigas. O que ela não sabia era que ao seu lado estava um dos militares que levariam uma bomba até o local: o então capitão Wilson Luiz Chaves Machado. (mais…)

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A greve dos boias-frias de Guariba que desafiou usineiros e policiais na ditadura militar

Há 40 anos, trabalhadores da cana-de-açúcar desafiaram donos de usinas e PMs – e venceram

Por Rafael Custódio, Agência Pública

“Desceu a ordem do governador na época, o [Franco] Montoro, para acabar com a greve não importava como.” Assim relembra Wilson Silva, presidente do Sindicato dos Empregados Rurais da pacata Guariba, no interior paulista. A greve, no caso, era um feito histórico: em maio de 1984, cerca de 7 mil trabalhadores do corte de cana-de-açúcar, os chamados “boias-frias”, cruzaram os braços e se levantaram contra usineiros em plena ditadura militar. (mais…)

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Escolas foram usadas para difundir ideologia autoritária na ditadura

Censura e perseguição a alunos e professores também marcaram período

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

Edson Luís, Ismael Silva de Jesus, Nilda Carvalho Cunha, Helenira Resende, Honestino Guimarães, Ana Kucinski, Vladimir Herzog. Esses são apenas alguns dos estudantes e professores que foram perseguidos e assassinados pela ditadura militar no Brasil, que teve, na educação, um dos principais braços da repressão. Nesse período, entre 1964 e 1985, disciplinas obrigatórias foram criadas com o objetivo de difundir a ideologia do regime e houve uma precarização do ensino e das escolas, com desvalorização salarial dos professores e falta de infraestrutura, além de censura e perseguições a professores e estudantes. O cenário é descrito por especialistas e pesquisadores entrevistados pela Agência Brasil. (mais…)

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