8 mil indígenas foram assassinados pelo regime e gigantescas áreas da Amazônia foram devastadas: um “ecocídio” em nome do desenvolvimentismo conservador. Relembrar isso, nos 60 anos do golpe, é um convite a repensar a noção de progresso
Por João Gabriel da Silva Ascenso e Rayane Barreto de Araújo, na Ciência Hoje
“Não é exagero dizer que nós estamos em um genocídio em curso”. A declaração, dada em julho de 2020, é de Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). De fato, 2020 recolocou nas manchetes e no debate público a expressão ‘genocídio indígena’. O termo apareceu no relatório que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Socioambiental (ISA) realizaram, com revisão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontando que os Yanomami, ameaçados pelo garimpo ilegal e pela covid-19, correm um “risco de genocídio com a cumplicidade do Estado brasileiro”. (mais…)
Ler Mais