Apurando, descobri como meu pai foi raptado ao me buscar em creche e torturado na ditadura

Pesquisando locais de tortura para reportagem da Pública, jornalista se deparou com segredo familiar jamais detalhado

Por Ludmila Pizarro, Agência Pública

No dia 30 de setembro de 1975, meu pai não chegou às 18h, como fazia todos os dias, para me buscar na creche da Bela Vista, na rua Humaitá, região de São Paulo conhecida como Bixiga. Eu havia acabado de completar 2 anos. A cerca de 600 metros do local, na rua Conselheiro Ramalho, perto da avenida Brigadeiro Luís Antônio, Edwaldo Alves Silva, hoje às vésperas dos 80 anos, foi sequestrado pelas forças da ditadura militar instaurada no Brasil de 1964 a 1985. (mais…)

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Como a saúde ajudou a derrubar a ditadura

Opositores do regime militar detalham as desigualdades na Saúde Pública daquele tempo – e explicam como o movimento popular impulsionou a reforma sanitária para conquistar a democracia e o Sistema Único de Saúde para os brasileiros

por Guilherme Arruda, Outra Saúde

“Saúde é democracia”. A concepção não é estranha para os familiarizados com a trajetória do movimento sanitário no Brasil, em especial nas décadas de 1970 e 1980. Porém, em tempos de alta do negacionismo e do revisionismo histórico, se a própria memória do golpe de 1º de abril de 1964 e da ditadura militar tem sido negada (ou proibida de ser lembrada), ainda menos conhecida pela população é a contribuição da Saúde para enterrar esse período de arbítrio na vida dos brasileiros. (mais…)

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Anistia e má gestão dos governo civis sobre militares possibilitaram movimentos golpistas, diz professor

Pesquisador alerta para necessidade de se punir envolvidos no 8 de janeiro para evitar repetição de padrão histórico

por Mateus Coutinho, em Brasil de Fato

Criada com o objetivo de ser “ampla geral e irrestrita”, a Lei da Anistia sancionada em 1979 foi politicamente enviesada e estabeleceu as bases para os movimentos golpistas que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e culminaram na manifestação golpista de 8 de janeiro de 2023. (mais…)

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O crime contra Marielle Franco desenreda o longo fio que liga o Golpe de 1964 ao crime organizado no Brasil. Entrevista especial com José Cláudio Souza Alves

Seis décadas depois do Golpe Civil-Militar, em 1964, e relação entre esquadrões de morte, hoje chamados de milícias, e os altos poderes da segurança pública, como na Intervenção Federal no Rio, continua a pleno vapor, encobrindo crimes e atrapalhando investigações

Por: IHU e Baleia Comunicação

Desde que a Polícia Federal divulgou o relatório final da investigação apontando os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, bem como o delegado Rivaldo Barbosa, responsável pelas investigações iniciais, com mandantes e artífice do crime, há uma sensação de justiçamento. Mas o caso é mais complexo. (mais…)

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O golpe, a ditadura e o revisionismo acadêmico. Por Michel Goulart da Silva

O movimento revisionista não se dá no vazio, mas expressa debates políticos de fundo, em especial de quais setores seriam os protagonistas do golpe e quais seriam suas vítimas

No A Terra é Redonda

Nesta segunda-feira, 1º de abril, completam-se sessenta anos do golpe que derrubou o governo João Goulart em 1964. O processo, encabeçado pela cúpula militar e apoiado por empresários e outros setores sociais, abriu as portas para a ditadura que perseguiu e assassinou críticos e opositores até a década de 1980. Contudo, ainda que as ações dos golpistas e dos ditadores sejam bastante evidentes e conhecidas pela sociedade, sempre gerou polêmicas e interpretações, que vão muito além do mero negacionismo desprovido de conteúdo de Jair Bolsonaro e seus seguidores. Pelo contrário, mesmo no ambiente acadêmico, essas interpretações afetam até mesmo o trabalho dos historiadores. (mais…)

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Canal Brasil exibe “Mostra Ditadura Nunca Mais – 60 anos” com três dias de maratona

O Canal Brasil vai exibir uma verdadeira maratona de produções com a temática da ditadura militar a partir de segunda, dia 1º, às 7h. Durante três dias ininterruptos, a grade do canal será ocupada por longas, curtas e séries que retratam a época mais obscura da história do país e relembram a restrição à liberdade e censura sofridas pela população brasileira e também protestos e manifestações da arte realizados nos anos de governo militar.

A programação conta também com dois curtas e um longa inéditos. O curta “Meio-Dia”, exibido às 23h15 do dia 1 de abril, é dirigido por Helena Solberg e traz jovens em uma sala de aula que iniciam uma rebelião e ameaçam matar o professor como uma forma de resposta aos anos de tortura e repressão militar. No dia 2, às 22h40, o curta “Trago Notícias de Fernando”, de Jáder Barreto Lima, reúne entrevista e reconstitui algumas cenas importantes sobre o Frei Fernando de Brito, padre dominicano que se firmou como uma figura importante no movimento de resistência à ditadura. A produção busca esclarecer algumas injustiças com o frei, cometidas pelos militares. (mais…)

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