Anistia e má gestão dos governo civis sobre militares possibilitaram movimentos golpistas, diz professor

Pesquisador alerta para necessidade de se punir envolvidos no 8 de janeiro para evitar repetição de padrão histórico

por Mateus Coutinho, em Brasil de Fato

Criada com o objetivo de ser “ampla geral e irrestrita”, a Lei da Anistia sancionada em 1979 foi politicamente enviesada e estabeleceu as bases para os movimentos golpistas que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e culminaram na manifestação golpista de 8 de janeiro de 2023. (mais…)

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O crime contra Marielle Franco desenreda o longo fio que liga o Golpe de 1964 ao crime organizado no Brasil. Entrevista especial com José Cláudio Souza Alves

Seis décadas depois do Golpe Civil-Militar, em 1964, e relação entre esquadrões de morte, hoje chamados de milícias, e os altos poderes da segurança pública, como na Intervenção Federal no Rio, continua a pleno vapor, encobrindo crimes e atrapalhando investigações

Por: IHU e Baleia Comunicação

Desde que a Polícia Federal divulgou o relatório final da investigação apontando os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, bem como o delegado Rivaldo Barbosa, responsável pelas investigações iniciais, com mandantes e artífice do crime, há uma sensação de justiçamento. Mas o caso é mais complexo. (mais…)

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O golpe, a ditadura e o revisionismo acadêmico. Por Michel Goulart da Silva

O movimento revisionista não se dá no vazio, mas expressa debates políticos de fundo, em especial de quais setores seriam os protagonistas do golpe e quais seriam suas vítimas

No A Terra é Redonda

Nesta segunda-feira, 1º de abril, completam-se sessenta anos do golpe que derrubou o governo João Goulart em 1964. O processo, encabeçado pela cúpula militar e apoiado por empresários e outros setores sociais, abriu as portas para a ditadura que perseguiu e assassinou críticos e opositores até a década de 1980. Contudo, ainda que as ações dos golpistas e dos ditadores sejam bastante evidentes e conhecidas pela sociedade, sempre gerou polêmicas e interpretações, que vão muito além do mero negacionismo desprovido de conteúdo de Jair Bolsonaro e seus seguidores. Pelo contrário, mesmo no ambiente acadêmico, essas interpretações afetam até mesmo o trabalho dos historiadores. (mais…)

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Canal Brasil exibe “Mostra Ditadura Nunca Mais – 60 anos” com três dias de maratona

O Canal Brasil vai exibir uma verdadeira maratona de produções com a temática da ditadura militar a partir de segunda, dia 1º, às 7h. Durante três dias ininterruptos, a grade do canal será ocupada por longas, curtas e séries que retratam a época mais obscura da história do país e relembram a restrição à liberdade e censura sofridas pela população brasileira e também protestos e manifestações da arte realizados nos anos de governo militar.

A programação conta também com dois curtas e um longa inéditos. O curta “Meio-Dia”, exibido às 23h15 do dia 1 de abril, é dirigido por Helena Solberg e traz jovens em uma sala de aula que iniciam uma rebelião e ameaçam matar o professor como uma forma de resposta aos anos de tortura e repressão militar. No dia 2, às 22h40, o curta “Trago Notícias de Fernando”, de Jáder Barreto Lima, reúne entrevista e reconstitui algumas cenas importantes sobre o Frei Fernando de Brito, padre dominicano que se firmou como uma figura importante no movimento de resistência à ditadura. A produção busca esclarecer algumas injustiças com o frei, cometidas pelos militares. (mais…)

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60 anos do golpe: No Rio, servidores do Arquivo Nacional organizam ato contra abandono do Memórias Reveladas

Projeto que disponibiliza acervo sobre a ditadura civil-militar está reduzido a sua menor equipe desde 2009

Por Clívia Mesquita, no Brasil de Fato

Às vésperas da data que marca os 60 anos do golpe militar, servidores do Arquivo Nacional (AN), órgão vinculado ao Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) no Rio de Janeiro, denunciam que um importante instrumento de pesquisa e memória histórica deste período continua abandonado após anos de desmonte dos governos anteriores. (mais…)

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Sessenta anos depois. Por Valerio Arcary

O bonapartismo militar no Brasil tentou se legitimar como um regime que defendia a nação contra o perigo do comunismo. No auge da violência o bonapartismo militar degenerou em um regime semifascista

A Terra é Redonda 

“Se para o Brasil tivéssemos feito um estudo sério da realidade teríamos chegado à conclusão de que a principal tarefa revolucionária em toda a América Latina era muito mais modesta que preparar a guerra de guerrilhas: havia que impedir que triunfara o putch reacionário gorila que se estava preparando (…). A situação latino-americana, como a do país irmão (Brasil), com sua história, economia, relações sociais, política e caráter do governo indicavam que era inevitável um golpe de estado reacionário. A grande tarefa era, então, mobilizar o movimento de massas brasileiro para freá-lo ou esmagá-lo, sem depositar a mais mínima confiança no governo de (Jango) Goulart ou Brizola. A mais trágica derrota do movimento de massas latino americano nos últimos vinte anos foi a do Brasil. Essa derrota vai refletir em todo nosso continente”
(Nahuel Moreno, Dos métodos frente a la revolución latinoamericana). (mais…)

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