Procurador Julio Araujo: “É necessário reconhecer, revisitar a História e buscar formas de reparação”

Tania Pacheco

Procurada por um grupo de historiadores e professores universitários, que vinham pesquisando as relações do Banco do Brasil com a escravidão nos seus primeiros anos, a partir de 1808, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF no Rio de Janeiro assumiu o desafio: investigar a questão e buscar a necessária reparação.

Se entre nós a associação do Banco à escravização causou manifestações de surpresa, a verdade é que a responsabilização de pessoas, governos e instituições quanto ao tema já se tornou algo corriqueiro em muitos os países. Tanto que a decisão do Ministério Público brasileiro foi noticiada positivamente em veículos como a BBC Brasil, o jornal inglês The Guardian, o francês Le Monde, o espanhol El País, o belga La Libre, a francesa TV5 Monde e, em podcast, a BBC britânica (a partir de 27:25). (mais…)

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Escravidão e reparação: MPF e Portela realizam debate sobre o tema no Rio de Janeiro

Segunda edição do Projeto Portela por Direitos foi realizado no último sábado (14), na quadra da escola de samba

A necessidade de reparação pelo período de escravidão no Brasil foi tema da segunda edição do Projeto Portela por Direitos, realizada no último sábado (14), no Rio de Janeiro. O evento foi promovido pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria dos Direitos do Cidadão (PRDC), em conjunto com o Departamento de Cidadania do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. (mais…)

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O Banco do Brasil foi cúmplice do comércio de escravos?

O Ministério Público brasileiro investiga a responsabilidade da entidade, fundada em 1808, na compra e venda de africanos

Por Naiara Galarraga Gortázar, no El País

O comércio de escravos para o Brasil e o resto da América era um negócio tão desumano quanto gigantesco que poderia ser extremamente lucrativo. Envolveu investidores, seguradoras ou capitães de navios que fizeram a contabilidade. Um deles registrou, após atracar com a carga humana no Rio de Janeiro em 1762, as receitas provenientes da venda dos africanos trazidos à força, deduziu o valor dos cativos mortos durante a viagem e, no capítulo das despesas, incluiu o transporte marítimo, seu salário, o pagamento ao padre que batizou cinco cativos, “a alimentação dos escravos durante 76 dias, a 60 reais por dia e a comissão de vendas, 6%”, conforme relatado em Escravidão, trilogia premiada sobre aquele período cruel. O tráfico de escravos tornou-se um dos pilares da economia brasileira. Um século e meio depois da abolição , o Ministério Público Federal brasileiro acaba de abrir um processo para investigar a responsabilidade do Banco do Brasil (BB) na compra e venda de seres humanos. (mais…)

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MPF e Portela promovem a 2ª edição do projeto Portela por Direitos no Rio de Janeiro

Encontro será realizado em 14 de outubro e vai debater escravidão e reparação

Procuradoria da República no Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), e o Departamento de Cidadania do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela realizam, no próximo dia 14 de outubro, no Rio de Janeiro, a 2ª edição do projeto Portela por Direitos. (mais…)

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A escravidão explica o sistema financeiro brasileiro. Por Ynaê Lopes dos Santos

As heranças nefandas da escravidão não se limitam ao atual tratamento recebido pelos empregados domésticos. Uma dimensão igualmente importante é a relação entre o escravagismo e a criação de fortunas no Brasil

em DW

De maneira geral, residem poucas dúvidas sobre o fato de a escravidão ter sido uma das instituições mais importantes da história do Brasil. Além de ter tido uma expressiva longevidade (foram mais de 350 anos), a chegada dos mais de 4,8 milhões de africanos escravizados e o fato de eles terem constituído – junto com seus descendentes igualmente escravizados – a mão de obra que viabilizou a criação e desenvolvimento de uma economia agroexportadora são algumas das razões que nos permitem afirmar que, sim, a escravidão ajuda a explicar o Brasil. (mais…)

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MPF instaura inquérito para apurar responsabilidade do Banco do Brasil no tráfico de pessoas negras escravizadas

O órgão foi provocado por historiadores de universidades brasileiras e estrangeiras para promover uma discussão sobre o tema

Procuradoria da República no Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil que pretende apurar as responsabilidades e a participação do Banco do Brasil na escravidão e no tráfico de pessoas negras no século 19. O objetivo da ação é promover a reflexão sobre o tema para garantir que crimes contra a humanidade como esse jamais se repitam, além de garantir mecanismos de reparação com um olhar voltado para o presente e o futuro, em uma discussão sobre memória, verdade e justiça. (mais…)

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