Um vespeiro histórico. Por Eliana Alves Cruz

Quem usufruiu e ainda desfruta dos lucros saídos dos porões dos tumbeiros?

No ICLNotícias

Façamos um exercício de fabulação. Imagine que em vez de acordar uma barata, como o personagem de Franz Kafka no livro Metamorfose, você acordou hoje transformado em uma nota de dinheiro. Digamos que você, leitor, que você, leitora, são moedas. Isso mesmo. Não há nada de estranho, pois esta era a condição de qualquer pessoa escravizada nas Américas e Europa modernas e, como capital no sistema econômico nascente, sua função principal não era carregar água, lavar, cozinhar ou servir. Sua principal função na vida era dar lucro para quem, literalmente, te possuía de papel passado. (mais…)

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Banco do Brasil tem 15 dias úteis para se posicionar junto ao MPF sobre ‘inquérito da escravidão’

Tania Pacheco

Um mês após notificar o Banco do Brasil (BB) quanto à instauração de um inquérito civil público para investigar a relação do banco e de seus acionistas com a escravidão, em 27 de setembro, o Ministério Federal (através da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro) reuniu-se ontem, 27/10, com representantes da instituição. Participaram também da reunião sete dos 14 historiadores que propuseram a ação ao MPF e representantes dos ministérios da Igualdade Racial e da Cidadania e Direitos Humanos e da OAB.

Segundo a PRDC, nos últimos anos vem ganhando força um movimento internacional por reparação histórica de grandes instituições que participaram da escravidão, e a iniciativa tem por objetivo “promover a reflexão sobre o tema para garantir que crimes contra a humanidade como esse jamais se repitam”. Como está dito no inquérito aberto, (mais…)

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Projeto Passados Presentes: Apuração do envolvimento do Banco do Brasil é só parte do processo de reparação histórica da escravidão

por Hebe Mattos, Keila Grinberg, Martha Abreu e Monica Lima, em The Conversation

A recente ação do Ministério Público Federal, que notificou o Banco do Brasil para apurar o envolvimento do banco no tráfico de africanos escravizados a partir de um documento elaborado por 14 historiadores, reaqueceu o debate público sobre reparação e o passado escravista brasileiro. (mais…)

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Procurador Julio Araujo: “É necessário reconhecer, revisitar a História e buscar formas de reparação”

Tania Pacheco

Procurada por um grupo de historiadores e professores universitários, que vinham pesquisando as relações do Banco do Brasil com a escravidão nos seus primeiros anos, a partir de 1808, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF no Rio de Janeiro assumiu o desafio: investigar a questão e buscar a necessária reparação.

Se entre nós a associação do Banco à escravização causou manifestações de surpresa, a verdade é que a responsabilização de pessoas, governos e instituições quanto ao tema já se tornou algo corriqueiro em muitos os países. Tanto que a decisão do Ministério Público brasileiro foi noticiada positivamente em veículos como a BBC Brasil, o jornal inglês The Guardian, o francês Le Monde, o espanhol El País, o belga La Libre, a francesa TV5 Monde e, em podcast, a BBC britânica (a partir de 27:25). (mais…)

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Escravidão e reparação: MPF e Portela realizam debate sobre o tema no Rio de Janeiro

Segunda edição do Projeto Portela por Direitos foi realizado no último sábado (14), na quadra da escola de samba

A necessidade de reparação pelo período de escravidão no Brasil foi tema da segunda edição do Projeto Portela por Direitos, realizada no último sábado (14), no Rio de Janeiro. O evento foi promovido pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria dos Direitos do Cidadão (PRDC), em conjunto com o Departamento de Cidadania do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. (mais…)

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O Banco do Brasil foi cúmplice do comércio de escravos?

O Ministério Público brasileiro investiga a responsabilidade da entidade, fundada em 1808, na compra e venda de africanos

Por Naiara Galarraga Gortázar, no El País

O comércio de escravos para o Brasil e o resto da América era um negócio tão desumano quanto gigantesco que poderia ser extremamente lucrativo. Envolveu investidores, seguradoras ou capitães de navios que fizeram a contabilidade. Um deles registrou, após atracar com a carga humana no Rio de Janeiro em 1762, as receitas provenientes da venda dos africanos trazidos à força, deduziu o valor dos cativos mortos durante a viagem e, no capítulo das despesas, incluiu o transporte marítimo, seu salário, o pagamento ao padre que batizou cinco cativos, “a alimentação dos escravos durante 76 dias, a 60 reais por dia e a comissão de vendas, 6%”, conforme relatado em Escravidão, trilogia premiada sobre aquele período cruel. O tráfico de escravos tornou-se um dos pilares da economia brasileira. Um século e meio depois da abolição , o Ministério Público Federal brasileiro acaba de abrir um processo para investigar a responsabilidade do Banco do Brasil (BB) na compra e venda de seres humanos. (mais…)

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MPF e Portela promovem a 2ª edição do projeto Portela por Direitos no Rio de Janeiro

Encontro será realizado em 14 de outubro e vai debater escravidão e reparação

Procuradoria da República no Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), e o Departamento de Cidadania do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela realizam, no próximo dia 14 de outubro, no Rio de Janeiro, a 2ª edição do projeto Portela por Direitos. (mais…)

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