MPF investiga 12 empresas por violações de direitos humanos na ditadura militar; entenda

Os próximos passos da investigação no Ministério Público Federal poderão levar empresas a ter que pagar reparações

Por Marcelo Oliveira, Agência Pública

O Ministério Público Federal (MPF) investiga 12 de 13 empresas brasileiras sobre as quais pesquisadores brasileiros têm se debruçado há mais de um ano para apurar os elos que estas mantinham com a ditadura militar (1964-1985) e sua participação ativa na espionagem e violação de direitos humanos de trabalhadores e moradores das regiões onde estavam instaladas. (mais…)

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Que Brasil vai receber manto tupinambá? Por Ynaê Lopes dos Santos

Diante da devolução de artefato indígena levado à Dinamarca no século 17, torço para que o Brasil faça jus à grandiosidade dessa peça e de todas as histórias que ela carrega.

Na Deutsche Welle

Nesta semana, o Nationalmuseet, o Museu Nacional da Dinamarca, anunciou que devolverá um raro manto tupinambá ao Brasil. Ele está na capital dinamarquesa desde 1689 e é uma das mais bem preservadas peças dessa natureza, dentre 11 remanescentes. Composto de mais de 10 mil penas vermelhas de guará, o manto tem mais de um metro de altura, composto por uma capa e um gorro, e é considerado um artefato sagrado. (mais…)

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Morre Wladimir Pomar, militante histórico da esquerda brasileira

Wladimir Ventura Torres Pomar nasceu em Belém do Pará, no ano de 1936, lutou contra a ditadura militar do Brasil e foi um dos primeiros brasileiros a decifrar corretamente o ‘enigma chinês’

Por Valter Pomar, Opera Mundi

Wladimir Pomar completaria 87 anos no dia 14 de julho de 2023.

Havia planos de festejar a ocasião, chamando amigos, camaradas e a “grande família”: quatro bisnetos e três bisnetas, sete netos e quatro netas, três filhos e sua esposa Rachel. (mais…)

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Racismo, perseguição e assassinatos nas instalações da CSN nos anos da ditadura

Entre prática de torturas e matar funcionário, empresa cometeu 11 tipos de violações aos direitos humanos

Por André Borges, Agência Pública

Eram 6 horas da manhã do dia 1° de abril de 1964, quando João Alves dos Santos Lima Neto, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, chegou na entrada da Usina Presidente Vargas, um complexo siderúrgico instalado na região sul do Rio de Janeiro. Poucas horas antes, os militares haviam declarado o golpe de estado no País. Lima Neto, com o apoio de algumas lideranças operárias, se mobiliza para somar resistência à tomada de poder. O plano era reunir os trabalhadores da usina e decretar greve geral na principal unidade de produção de aço do Brasil, uma cidade industrial erguida em Volta Redonda e conhecida como Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), à época, uma estatal. (mais…)

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Grupo dono do Arroz Tio João teria metralhado de helicóptero casa de posseiros na ditadura

Documentos e relatos apontam ainda a participação da empresa em conflitos armados no Pará durante o regime de exceção

Por Dyepeson Martins, Agência Pública

Era início dos anos 1980, governo do general João Figueiredo, o último presidente da ditadura militar. Naquele momento, a pressão pela reabertura política no Brasil se intensificava ao passo que a perseguição e a violência cresciam exponencialmente em Viseu, Norte do Pará. A repressão no município, distante 320 quilômetros de Belém, capital do estado, se concentrava principalmente na antiga Gleba Cidapar — região com vilas, garimpos e uma população de aproximadamente 10 mil pessoas. Foi onde Raimundo* passou a maior parte da vida e convivia com o medo da família em meio à disputa por terras. (mais…)

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Os mitos sobre a origem do patriarcado

Por Angela Saini, na BBC Future

Em 1930, o Zoológico de Londres anunciou que iria fechar o recinto dos babuínos. O fechamento chegou às manchetes dos jornais da época. Por anos, o “Morro dos Macacos”, como era conhecido, foi o palco de cenas sangrentas de violência e mortes frequentes.

A revista norte-americana Time noticiou o incidente que foi a gota d’água para o fechamento: “George, um jovem membro da comunidade de babuínos, roubou uma fêmea pertencente ao ‘rei’, o babuíno maior e mais velho do Morro dos Macacos”. E, depois de um cerco cheio de tensão, George acabou matando a fêmea.
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Cobrasma lucrou milhões ao apoiar ditadura e reprimir movimentos sociais

Relatórios revelam participação da metalúrgica em episódios que levaram ao endurecimento do regime

Por Vasconcelo Quadros, Agência Pública

Gigante da indústria de base durante a ditadura, a Cobrasma (Companhia Brasileira de Materiais Ferroviários S.A.), carro-chefe do conglomerado gerido pela família Vidigal, teve um papel mais robusto na parceria entre empresários e militares antes e depois do golpe de 1964. Relatórios aos quais a Agência Pública teve acesso revelam que dirigentes da empresa tiveram participação ativa na conspiração que resultou no golpe, nos episódios que levaram ao endurecimento do regime militar. Mais tarde, já nos anos de chumbo, um de seus conselheiros colaborou com o “caixinha” que bancou a Operação Bandeirantes (OBAN), a ação mais forte dos órgãos militares e policiais na repressão que dizimou as organizações da esquerda armada. (mais…)

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