A ilusão de que ser homem bastaria

Somos ensinados desde cedo que a violência contra as mulheres faz parte da história. Parece que para ter direitos minimamente garantidos nesse nosso mundo patriarcal, a única saída possível é nascer homem

por Ynaê Lopes dos Santos*, em DW

Esta semana começou com uma felicidade. No dia 26 de junho, comemoramos os 80 anos de Gilberto Gil, um dos maiores nomes da música brasileira, um dos maiores nomes do Brasil – e um dos melhores ministros que esse país já teve. Até mesmo o Google teve que se curvar à imensidão de Gil, fazendo uma justa homenagem ao homem que compõe e que canta muito do que conhecemos como brasilidade.

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A importância das mulheres em uma sociedade machista

Por Ângelo Oliveira*

Começo situando com base em Simone de Beauvoir que o conceito de mulher em uma sociedade machista é uma produção do homem. Essa narrativa historicamente produzida induz a uma naturalização de atributos culturalmente produzidos de modo a amalgamá-los à uma suposta essência feminina. Tais construtos vão desde a ideia de uma fragilidade orgânica até habilidades sociais, intelectuais etc.

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Dia das Mulheres será marcado pela luta por um ‘Brasil sem machismo e sem Bolsonaro’

Manifestações para este 8 de Março estão previstas em mais de 30 cidades. Mulheres sem-terra e da área científica também preparam debates e ações para marcar o movimento mundial por igualdade

Por Redação RBA

São Paulo – No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), mulheres de todo o Brasil voltam a protagonizar manifestações nacionais contra o governo Bolsonaro. Entidades e coletivos feministas pretendem ocupar as ruas e as redes para bradar “Pela vida das Mulheres”  e “Bolsonaro nunca mais!”. As manifestações estão confirmadas em 30 cidades, em pelo menos 15 estados e no Distrito Federal. Em pauta, as mulheres também vão buscar “um Brasil sem machismo, sem racismo e sem fome”. Um lema nacional que sintetiza as diversas batalhas travadas pelas brasileiras e que abre as primeiras lutas sociais do país neste ano. 

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Dia das Mulheres será marcado pela luta por um ‘Brasil sem machismo e sem Bolsonaro’

Manifestações para este 8 de Março estão previstas em mais de 30 cidades. Mulheres sem-terra e da área científica também preparam debates e ações para marcar o movimento mundial por igualdade

Por Redação RBA

No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), mulheres de todo o Brasil voltam a protagonizar manifestações nacionais contra o governo Bolsonaro. Entidades e coletivos feministas pretendem ocupar as ruas e as redes para bradar “Pela vida das Mulheres”  e “Bolsonaro nunca mais!”. As manifestações estão confirmadas em 30 cidades, em pelo menos 15 estados e no Distrito Federal. Em pauta, as mulheres também vão buscar “um Brasil sem machismo, sem racismo e sem fome”. Um lema nacional que sintetiza as diversas batalhas travadas pelas brasileiras e que abre as primeiras lutas sociais do país neste ano. 

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A desigual divisão do trabalho doméstico e sua relação com o sistema econômico

Por Lorena Simas*, Irpaa

Mãe, porque eu tenho que varrer a casa e meu irmão não? Por que ele é homem. Mãe, porque eu tenho que lavar a louça e o meu irmão não? Por que ele é homem. Mãe, porque depois da escola eu tenho que arrumar a casa e meu irmão pode ficar na rua brincando. Por que ele é homem. Essa era a resposta que eu sempre ouvia ao questionar minha mãe, porque na casa onde moravam quatro pessoas (eu, minha mãe, meu pai e meu irmão), apenas eu tinha a obrigação de colaborar nas atividades domésticas; enquanto meu pai assistia televisão e meu irmão brincava.

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A CPI machista da covid-19 no Brasil, com 18 senadores e nem uma única mulher

É incompreensível que em uma sociedade que já se prepara para conquistar o espaço e sonha em vencer a morte as mulheres continuem sendo deixadas na sarjeta até na política

por Juan Arias, em El País

A ONU confirmou que as mulheres são as que mais trabalham e se sacrificam para salvar vidas durante a pandemia nos centros de saúde. Além disso, também são elas, no trabalho e nas famílias, que mais sofrem com as consequências da tragédia. Entretanto, no Brasil, na CPI recém-criada no Senado para investigar os possíveis crimes cometidos no que já é considerado um genocídio, entre os 18 membros escolhidos não figura uma única senadora. É o machismo em estado puro.

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Políticas identitárias

O governo Bolsonaro tem nos dado a triste lição de que estamos perdendo essa luta ou disputa quando ele coloca as vítimas históricas para desempenharem o papel de nossos algozes. Damares e Camargo respectivamente machistas e racistas são a ponta de um iceberg bem mais complexo e que nos obriga, pelo menos assim percebo, a refinar nossos discursos e ampliar os nossos horizontes em face dos modos de lidar com a opressão

por Érico Andrade, no Le Monde Diplomatique Brasil

“o fascismo que está em todos nós,
que ronda nossos espíritos e nossas condutas cotidianas,
o fascismo que nos faz gostar do poder,
desejar essa coisa mesma que nos domina e nos explora”.
Foucault

Tentar inferir da condição de vítima a condição de um agente revolucionário parece-me ter sido um dos principais equívocos de Marx quando atribuiu ao proletariado (a classe explorada) uma vocação revolucionária e que parte da esquerda mimetiza agora sobre o formato das lutas identitárias. Essa passagem longe de estar dada tem que ser ainda construída. E não se trata, é o que gostaria de mostrar, de um exercício simplesmente de desalienação nos mesmo moldes de Marx; como se bastasse apenas descortinar o véu da alienação para que a classe trabalhadora tomasse consciência de classe e imprimisse a tão esperada revolução ou que as minorias tomassem consciência da opressão que sofrem e compusessem as condições sociais para a mudança. O destino que se dá à opressão não está definido.

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