MPF e Abraji fecham parceria para disponibilização de arquivos do projeto “Brasil: Nunca Mais” em plataforma digital Pinpoint

Tecnologia do Google usa motor de busca com a tecnologia de reconhecimento óptico de caracteres

Procuradoria Regional da República da 3ª Região

O projeto Brasil: Nunca Mais Digit@l (BNM Digit@l), coordenado pelo Ministério Público Federal (MPF), desde hoje compõe o acervo da plataforma Pinpoint, um depósito de arquivos públicos do Google que utiliza um motor de busca com a tecnologia reconhecimento óptico de caracteres. Na data em que se completaram 58 anos do golpe de Estado de 1964, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), responsável pela Pinpoint no Brasil, concluiu a publicação da íntegra de 710 processos do Superior Tribunal Militar com revelações sobre violações aos direitos humanos durante a ditadura militar. A coletânea da parceria pode ser acessada aqui.

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Sobre a nota do Ministério da Defesa. Por Paulo Fontes

O encontro do Brasil com sua história passa pelo urgente reconhecimento por parte das Forças Armadas da sua fundamental participação no golpe e na ditadura de 1964

No A Terra é Redonda

A nota do Ministério da Defesa assinada pelo ministro Braga Neto e pelos três comandantes das Forças Armadas é politicamente vergonhosa e historicamente distorcida. Uma espécie de fake history, tão ao gosto dos atuais detentores do poder. O golpe de 1964 foi um ataque à democracia e à vontade popular e não o contrário como a novilíngua orwelliana da nota nos quer fazer crer.

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Ditadura nunca mais: para que nunca se esqueça

Por Apib

Hoje, 01 de abril, lembramos um período da história que queremos que jamais se repita. Nesta mesma data, em 1964, a ditadura civil-militar foi instaurada no Brasil por um golpe contra o governo de João Goulart. De acordo com relatório da Comissão Nacional da Verdade, mais de 8.300 indígenas foram assassinados durante a ditadura. Um genocídio que marcou a história recente do Brasil e que jamais deve ser esquecido. 

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A transição que nunca fizemos: 64 é aqui

A transição que nunca terminamos retorna hoje feito fantasma, assombrando o futuro

Mariana Janot e Jorge Oliveira Rodrigues*, Brasil de Fato

O 31 de março de 2022 acordou com a publicação de uma ordem do dia pelo Ministério da Defesa. O texto, assinado pelo ministro, general Walter Braga Netto, e pelos comandantes das Forças singulares, aludia ao golpe militar de 1964. Em tom de exaltação, afirmava-se que “o Movimento de 31 de março de 1964” era um “marco histórico da evolução política brasileira”. A menção ao “movimento” sinalizava o revisionismo histórico. A data, deliberadamente modificada a fim de evitar o dia 01 de abril, dia da mentira, confirmava a farsa gestada nos quartéis.

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Memórias do golpe

As nuvens carregadas começaram a se acumular no céu do Planalto Central. Lembro dos tanques militares percorrendo a W3, meu pai e da minha mãe falando sobre a invasão da UnB por tropas do Exército…

Por Laís Abramo, na Revista Teoria e Debate

Março/abril de 1964

Eu tinha pouco menos de 10 anos e morávamos em Brasília desde junho de 1962. Meu pai (Perseu) e minha mãe (Zilah) tinham pouco mais de 30 anos, meu irmão Mario quase 8, minha irmã Lena tinha 5 anos e meio e a Bia era um bebê de 6 meses. Meus pais davam aulas na Universidade de Brasília, a UnB. Faziam parte da equipe de professores contratada por Darcy Ribeiro, que havia percorrido o país em busca de homens e mulheres que aceitassem o desafio  de construir uma nova universidade, moderna e comprometida com os objetivos do desenvolvimento nacional e da justiça social, na também nova e moderna capital do Brasil. Brasília naquela época era uma cidade já monumental, mas também pouco mais que um grande acampamento circundado pelo Cerrado e pelos amplos horizontes do Planalto Central. Na juventude dos seus poucos mais de 30 anos, eles estavam cheios de energia e entusiasmo para enfrentar esse desafio com toda a dedicação. Antes disso, meu pai havia estado em Brasília em 1960 chefiando a equipe de reportagem do Estadão que cobriu a inauguração da cidade e da qual faziam parte Vladimir Herzog e Fernando Pacheco Jordão. Por esse trabalho, ganhou o “Prêmio Esso de Reportagem” de 1960.

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Golpe militar: MPF pede retirada urgente de nota publicada pelo Ministério da Defesa

Pasta contrariou conduta assumida pela própria União em processo que trata sobre o assunto

Procuradoria da República no Distrito Federal

O Ministério Público Federal (MPF) reiterou nesta quinta-feira (31), o pedido de liminar, realizado em fevereiro, para que a União deixe de fazer publicações em celebração ao golpe militar de 1964. Convidado a se manifestar, o ente público afirmou que não haveria “perigo de prática, repetição ou continuação do equívoco”. Hoje o Ministério da Defesa publicou em seu site Ordem do Dia assinada por Braga Neto, celebrando a data. O MPF pede a remoção imediata da nota.

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“Herança da ditadura tem de ser combatida com reforma no ensino militar”, diz Vannuchi

Em entrevista à Pública, ex-ministro Paulo Vannuchi e diretora da Anistia Internacional, Jurema Werneck, apontam retrocessos e apologia da ditadura por parte de governo e militares

Por Vasconcelo Quadros, Agência Pública

O país chega aos 58 anos do golpe de 31 de março de 1964 num ambiente democrático, mas com sombras de censura – como a tentativa de calar artistas nas manifestações durante o Lollapalooza – e retrocessos flagrantes na política de direitos humanos. Dois especialistas no tema ouvidos pela Agência Pública, o ex-ministro Paulo Vannuchi, e a diretora executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck denunciam que, sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, houve um deliberado desmonte dos mecanismos institucionais do direito à memória e à verdade construídos nos últimos 20 anos para restabelecer a realidade dos fatos ocorridos durante a ditadura e reparar as vítimas do Estado.

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