Lula está certo sobre Gaza e não é antissemita. Por Glenn Greenwald

Na Folha de São Paulo

Desde que Lula evocou o Holocausto para denunciar a destruição de Gaza por Israel, a grande mídia brasileira se uniu, com raras exceções, para condená-lo. Na segunda-feira (19) à noite, o jornalista William Waack afirmou na CNN Brasil que a declaração de Lula “ofende judeus no mundo inteiro”.

Deixando de lado a incongruência que é ver William Waack se colocar como vigilante da intolerância e fiscal do que se pode dizer no discurso público, a pergunta que faço é: com base no que ele se coloca como porta-voz dos “judeus no mundo inteiro”? (mais…)

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Aimé Cesaire e o racismo na histeria contra Lula. Por Gabriel Rocha Gaspar

Como lembrou pensador africano, o que não se perdoa em Hitler não é o crime em si – é o crime contra o homem branco; é ter aplicado à Europa o que antes atingia apenas os outros. Ao “denunciar” a comparação de Lula, mídia vincula-se a este olhar colonial

No Outras Palavras

“A tradição diplomática do Brasil é de resolução de problemas. O ‘incidente’ com Israel vai em direção oposta e atrapalha não só a imagem do país, mas também o andamento de assuntos de interesse da população num ano eleitoral”. Assim o apresentador editorializou, de forma excepcional, o encerramento do programa Roda Viva, que recebeu, na última segunda-feira, o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha. (mais…)

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Por que Lula está certo. Por Larry Johnson

Israel age como a Alemanha da Segunda Guerra Mundial

No A Terra é Redonda

Como alguns de vocês devem saber, discordo enfaticamente daqueles que acreditam que o Holocausto foi uma invenção ou um exagero. Terei prazer em debater o assunto com qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer lugar. Com a minha posição firmemente estabelecida sobre esse ponto, então compreenderão que não estou banalizando a acusação de que as autoridades israelenses se comportam com a mesma ferocidade e falta de humanidade que os nazistas. O presidente do Brasil, Lula, criou um grande alvoroço nessa semana quando acusou Israel de cometer genocídio em Gaza, da mesma forma que os nazistas tentaram exterminar os judeus na Segunda Guerra Mundial. (mais…)

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Memórias de uma ilusão fatal. Entrevista com Gershon Knispel

“Nós, da geração de 1948, chegamos à conclusão de que a grande euforia por um Estado não levou em conta que iríamos nos tornar um país ocupante e, com o tempo, um país baseado nos princípios fascistas mais radicais. Temos agora uma bomba atômica e um muro de 650 quilômetros de extensão e 8 metros de altura.”

O trecho acima é de 1912, extraído de uma entrevista do artista plástico judeu Gershon Knispel a Paula Sacchetta (O Estado de S.Paulo), republicada pelo Instituto Humanitas Unisinos dois dias depois, em 27 de novembro. Vale relembrá-la, neste dias de genocídio. E ela está transcrita abaixo: (mais…)

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As palavras apodrecem. Por Luiz Eduardo Soares

O mais dilacerante sofrimento humano não é nomeável, descritível, muito menos mensurável. Transborda os limites da linguagem e de qualquer medida. Sua natureza é a incomensurabilidade. Por isso, quando provocado, este sofrimento, por ações alheias evitáveis, não pode ser justificado, não cabe em nenhuma sequência moralmente motivada de atos. Milhares de crianças mutiladas, membros amputados sem anestesia, espíritos destroçados, seus mundos familiares arruinados, seu espaço devastado, as coisas que as cercam estilhaçadas e calcinadas. Essas palavras estão vazias, evocam mas não substituem os corpos empilhados em Gaza, apodrecendo em Gaza: as palavras também apodrecem. (mais…)

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Lula nos dá dignidade mundial. Por Gilberto Maringoni

Em sua página

LULA CHAMOU PARA SI o comando das relações exteriores ao fazer um pronunciamento histórico sobre a ação genocida de Israel em Gaza. A comparação com as práticas de Adolf Hitler contra os judeus choca, mas era o mínimo a ser feito às vésperas do ataque final das tropas do Estado sionista a Rafah, ao sul de Gaza. Depois de inviabilizar uma área pouco maior que o bairro paulistano de Parelheiros, assassinando 30 mil palestinos e ferindo ou mutilando mais 70 mil, as tropas de Tel-Aviv buscam completar a limpeza étnica, que se vale do ataque do Hamas em 7 de outubro como pretexto.

O PRESIDENTE RECUPERA as mais belas iniciativas da esquerda mundial ao se colocar resolutamente ao lado dos oprimidos, no mesmo momento em que governos dos EUA e da Europa Ocidental exibem ao mundo um repugnante espetáculo de covardia e de desrespeito aos direitos humanos. (mais…)

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