A resistência de Maria

Agricultora resiste à ação do agronegócio e à violência de pistoleiros para manter direito à terra em Correntina (BA)

por Paulo Oliveira e Thomas Bauer, em CPT

No Dia Internacional da Mulher, Meus Sertões mostra como Maria (**), 55 anos, resiste à pressão dos latifundiários do agronegócio e à violência de pistoleiros contratados para expulsar os integrantes das comunidades de fecho de pasto. Os fecheiros, como são chamados, há cerca de dois séculos vivem e preservam áreas do cerrado baiano cobiçadas por grileiros e pelo empresariado, que desmata totalmente as suas propriedades para aumentar a produtividade e depois tenta tomar a terra ocupada por posseiros para transformá-las em reservas legais e cumprir o que prevê o Código Florestal. O não cumprimento da lei prevê autuação, multa e processo e impede a concessão de crédito e a comercialização de produtos. (mais…)

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Não é performance. Por Clarisse Gurgel

A esquerda precisa recuperar para si a titularidade das ações de rebeldia, o domínio sobre esta força indubitável que uma multidão possui

em A Terra é Redonda

No dia 8 de janeiro de 2023, um grupo de pessoas, que já acampavam no Distrito Federal desde outubro, avançou sobre os prédios e edifícios dos três poderes da República brasileira. Os constitucionalistas comentavam que a tentativa de golpe era crime, pois não era prevista na constituição. Tamanha miopia funcionalista não permitia aos intelectuais compreenderem que, para que se configure um golpe, sua previsão constitucional é uma impossibilidade. (mais…)

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Brasil contra o terrorismo: atos em todo país e no exterior condenam violência bolsonarista

Em repúdio aos atos terroristas de apoiadores de Bolsonaro, milhares vão às ruas de todo o país e no exterior, em defesa da democracia e do voto popular

Por Fernanda Alcântara
Da Página do MST

Nesta segunda-feira (09), em dezenas de cidades no Brasil a população saiu às ruas em defesa da democracia. Com a palavra de ordem “sem anistia”, milhares de pessoas ocuparam as ruas exigindo punição severa aos extremistas e terroristas que estavam em Brasília no último domingo (8), cometendo crimes contra a população brasileira e o patrimônio público. As manifestações também pedem punição aos que financiaram e inflamaram os radicais e a responsabilização do ex-presidente Bolsonaro pelos crimes cometidos durante seu mandato. (mais…)

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A luta só começou. Seguimos despertas!

Que os aromas de março fortaleçam o mutirão por territórios livres de violência, fome, fascismo e a defesa da democracia

Por Setor de Gênero do MST
Da Página do MST

Havia muitos anos que a classe trabalhadora brasileira não conquistava uma vitória tão importante como a eleição de Lula. Trabalhamos arduamente para elegê-lo, compreendendo que sua vitória representa a defesa da democracia, a retomada de direitos e o enfrentamento ao fascismo. Certamente, todos os nossos esforços valeram a pena, estamos todxs contagiadxs pela alegria desta conquista, mas não podemos nos esquecer que a luta só começou. A nossa volta o mundo segue em crise, se aprofundando a cada dia, e nos mostrando uma realidade dura e cruel, onde a desigualdade social, a exploração, a miséria, a destruição da vida e a violência seguem em curso. O fascismo não desapareceu como num passe de mágica, como o último domingo, 8 de janeiro, nos mostrou. Ao contrário, seu projeto segue arregimentando fiéis seguidores. (mais…)

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“A volta de Lula é um alento para a América Latina”. Entrevista com José Luís Fiori

IHU

“O retorno de Lula ao governo brasileiro e ao cenário internacional é um alento não apenas para a América Latina, mas para todo o mundo, por sua experiência acumulada, seu carisma e enorme visão e capacidade estratégica. Um retorno que assume um destaque ainda maior quando se vê contrastado com o que passou com o Brasil nestes últimos quatro nãos de desgoverno e isolamento internacional. A presença de Lula dentro do sistema internacional vai muito além de tudo isso, mas não há dúvida de que sua figura cresce frente ao mundo por haver conseguido derrotar uma coalizão de forças de extrema-direita encasteladas no Estado e nas Forças Armadas, e usando todos os instrumentos do poder e do dinheiro sob controle do governo”, afirma José Luís Fiori. (mais…)

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Réquiem da desesperança: rotas de fuga para a crise. Por Luís Fernando Novoa Garzón

É tempo de enterrar a melancolia. Não para defender a preservação de uma institucionalidade caduca, mas, com base nas novas formas de luta social que emergiram na última década, reativar a imaginação política – e reconstruir o país

em Outras Palavras

Dialogo com Rosana Pinheiro-Machado a partir de suas intervenções públicas sobre as novas formas de luta e de protesto que surgem no Brasil a partir de junho de 2013 e que adentram a eleição de Jair Bolsonaro, anos depois. A autora, como acadêmica que atua e ativista que elabora, leva ao limite as fronteiras do campo acadêmico, dando consequência ao levantamento rigoroso de dados, alimentando a intervenção política direta e o diálogo multidirecional sobre os próximos passos da luta social. Mesmo livros como Amanhã vai ser maior, publicado em 2019, mantêm sua atualidade estampada no fato de que já se evidenciava no conjunto de suas reflexões e intervenções que não bastaria a derrota eleitoral de Bolsonaro para que se revertesse a onda que o colocara na cadeira presidencial em 2018.  (mais…)

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