No pós-Bolsonaro, será preciso reconstruir um Brasil em frangalhos. Porém, propagandear a volta a um passado idílico não tem base real. Precisamos romper com erros estruturais que vigoram desde FHC – e responder a um mundo bastante diferente
Por Jean Marc von der Weid*, em Outras Palavras
Depois de ter escrito vários artigos cobrando (metaforicamente) dos candidatos à presidência, em particular de Lula, qual o programa que defendem para enfrentar a crise histórica que o país está enfrentando desde 2015 e que se agrava a cada ano que passa, vários amigos e alguns não tão amigos vêm me cobrando (ou desafiando) a explicitação do que eu proponho como programa. Sem ter a pretensão de tratar de todos os temas urgentes e emergentes a que nos reduziu o famigerado Bolsonaro, vou tentar colocar algumas preocupações que considero prioritárias para qualquer programa mais amplo que venha a ser discutido. Em outras palavras, o que tenho a propor não é tudo o que teremos que fazer, mas pretendo que sejam ações fundamentais para começarmos a corrigir os rumos do país, não só os percorridos nos últimos 3 anos, mas os iniciados nos anos 90.
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