‘É preciso enxergar longe para proteger uma vista’. Por Sylvia Debossan Moretzsohn

Universidades públicas paulistas submetem-se à orientação da Capes de acelerar formação de doutores e ampliar “parcerias” com empresas.

No Come Ananás

“É preciso enxergar longe para proteger uma vista”, escreveu o professor Teixeira Coelho a propósito de uma recorrente polêmica sobre o vão livre do Masp. Mais do que saber o que fazer com aquele espaço, ou melhor, exatamente para saber o que fazer com aquele espaço, era preciso antes defini-lo: o que é o vão livre o Masp? “Um lugar de sonho. Um sonho da arquitetura, a afirmar que a mente é mais forte que a natureza: quatro pilares sustentam um prédio, sem mais colunas ou paredes”. Sonho, entretanto desfeito, de “uma vista desimpedida”, que alcançava as montanhas e agora está “bloqueada por um espinheiro de prédios que a vista rejeita”. (mais…)

Ler Mais

MPF obtém decisão para instalação de laboratório de informática em escola indígena, em Montes Altos (MA)

Sentença determina que o governo estadual assegure o funcionamento do laboratório no Centro de Ensino Indígena Krikati, na Aldeia São José

Ministério Público Federal no Maranhão

O Ministério Público Federal (MPF) obteve sentença que obriga o estado do Maranhão a cumprir todas as medidas necessárias para instalar e garantir o funcionamento do laboratório de informática no Centro de Ensino Indígena Krikati, em Montes Altos, no prazo de 90 dias. Em 30 dias, o estado deve iniciar o processo administrativo para o cumprimento da sentença, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. (mais…)

Ler Mais

Helder Barbalho não aceita reivindicações do movimento indígena, e ocupação da Secretaria de Educação do Pará entra no 16º dia

A reunião desta terça (28) terminou sem acordo; mobilização exige revogação de lei e exoneração de secretário

Mariana Castro, Brasil de Fato

A reunião entre o movimento que ocupa a Secretaria de Educação do Pará (Seduc) e o governador Helder Barbalho (MDB), na noite desta terça-feira (28), terminou sem resoluções, e a ocupação do prédio foi mantida por povos indígenas, quilombolas e movimentos populares. A mobilização exige a revogação da lei 10.820/2024 e a exoneração do atual titular da pasta, Rossieli Soares. (mais…)

Ler Mais

Reforma totalitária e tecnicista na Educação de SP

Análise de como avança o desmonte do ensino no estado, sob o fetiche da tecnologia. Mudanças curriculares voltadas ao mercado impõem a entrada massiva de plataformas. Ameaçam a autonomia pedagógica e precarizam ainda mais o trabalho docente

por Stephanie Fenselau, em Outras Palavras

A maneira pela qual são reorganizadas anualmente as matrizes curriculares no estado de São Paulo tem gerado incômodos com relação à carga horária de cada disciplina, em uma espécie de disputa por mais aulas de cada componente; por outro lado fica explícito o esvaziamento dos conteúdos das diferentes ciências, com destaque para as humanidades. No Ensino Médio, as disciplinas de Sociologia e Filosofia praticamente foram extintas do currículo, o mesmo ocorrerá com Geografia e História, em 2025, no Ensino Fundamental Anos Finais. O enxugamento das disciplinas do que atualmente intitula-se como formação geral básica vem acompanhada do aumento da parte diversificada do currículo com a inserção volumosa de plataformas digitais na mediação do trabalho docente e um amplo e profundo processo de privatização da educação estatal. Diante desse cenário é necessário refletir sobre as articulações que promovem a subordinação da forma e conteúdo escolar aos interesses em disputa nessas constantes e permanentes alterações curriculares. (mais…)

Ler Mais

Novo Ensino Médio está alinhado a uma visão neoliberal e aprofundará as desigualdades educacionais. Entrevista especial com Ângela Both Chagas

Para a doutora em Educação, esta reforma representa uma política autoritária e reduz a autonomia das escolas

Por: André Cardoso e Elstor Hanzen, em IHU

Após a luta de estudantes, educadores e movimentos sociais, a reestruturação do Ensino Médio, a partir da Lei nº 14.945/2024, conseguiu amenizar alguns dos danos promovidos pela Lei nº 13.415/2017, que institui o Novo Ensino Médio. “Não houve uma revogação integral da Lei de 2017, mas pontos importantes foram alterados, como a ampliação da carga horária da Formação Geral Básica, comum a todos os estudantes, e a recomposição da obrigatoriedade de componentes curriculares como História, Sociologia, Filosofia, Artes, Educação Física, Biologia”, afirma a doutora em educação, Ângela Both Chagas. (mais…)

Ler Mais

Educação em ruínas: A terceirização da merenda e o desmonte da educação pública

Os projetos de paceria público-privada e de terceirização trazem para a escola uma visão corporativa e lucrativa, que é essencialmente incompatível com a ideia de uma educação pública universal, gratuita, de qualidade e gerida democraticamente

Por Ricardo Normanha, no blog da Boitempo

A recente repercussão da notícia de que escolas municipais de São Paulo estão proibindo a repetição na merenda escolar sob a gestão de Ricardo Nunes é apenas mais uma peça em um quebra-cabeça maior e mais complexo que estrutura um projeto cada vez mais claro para a educação pública. Trata-se de um programa amplo, produto na ideologia neoliberal e ultraliberal, alicerçado no paradigma da Nova Gestão Pública, de terceirização e privatização de serviços públicos essenciais, incluindo a educação. No caso da merenda escolar, a terceirização já vem sendo aplicada há anos e ilustra os impactos negativos de uma lógica de gestão que desconsidera o caráter pedagógico de todas as atividades escolares. (mais…)

Ler Mais

MPF e MPAC recomendam instalação da Comissão Estadual de Educação Escolar Indígena no Acre

Órgão foi criado por Lei Estadual em 2018, mas nunca funcionou de fato

MPF/AC

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), em conjunto, enviaram recomendação à Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE-Acre) para que institua a Comissão Estadual de Educação Escolar Indígena (CEEEI). Conforme orienta o documento, a Comissão deve entrar em funcionamento efetivo no prazo de seis meses, nos parâmetros definidos pela Lei Estadual nº 3.467/2018, que determinou sua criação, e da Portaria 2829/2018, que a instituiu formalmente. (mais…)

Ler Mais