Falsa revista de moda espanhola escondia um guia contra a violência machista

Polícia Local de Dénia identificou 24 vítimas de violência de gênero que nunca haviam denunciado graças as 70 publicações que distribuiu por 18 estabelecimentos frequentados por mulheres

por Cristina Vasquez, em El País

Uma falsa revista feminina camuflava um guia contra os maus-tratos. Esse foi o método nada ortodoxo com que o município de Dénia (Espanha) conseguiu descobrir novos casos de violência machista. Setenta exemplares dessa falsa revista de moda e viagens circularam durante quase dois anos por 18 estabelecimentos frequentados por mulheres do município, o que serviu para que 24 mulheres que nunca haviam denunciado pedissem ajuda.

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Resistência e cuidado coletivo marcam a luta das mulheres da metropolitana em MG

Além da saúde e da educação, as mulheres constroem a cada dia os 20 anos de história da regional do MST-MG

Por Agatha Azevedo, na Página do MST

A trajetória das mulheres da metropolitana começa há 20 anos atrás, com a primeira ocupação. Em 2019, o assentamento 2 de Julho, localizado em Betim (MG), completa 20 anos de luta e resistência.

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Futeboleiras: corpos controlados e resistência

Para o patriarcado, mulheres deveriam praticar esportes de pouco impacto, para manter a beleza e preparar-se para maternidade. Futebol seria “violento demais” para elas. Por isso, igualdade no esporte é batalha importante do feminismo

Por Sara Rauch | Tradução: Inês Castilho, em Outras Palavras

“Difícil imaginar um trabalho mais direto com crianças do que programas escolares que as ensinem a mover seus corpos”, escrevem Brenda Esley e Joshua Nadel na introdução de Futeboleira: Uma História de Mulheres e Esportes na América Latina. Essa visão se ajusta perfeitamente à análise provocadora de como a corporalidade das mulheres tem sido controlada e manipulada por meio de atividade físicas socialmente aceitáveis na América Latina. Não por acaso, essa envolvente história social leva o nome daquelas que lutaram para conseguir acesso e representação iguais no campo. Futeboleira é um termo usado [em castelhano, Futbolera] para referir-se à mulher que joga futebol, simplesmente, embora no decorrer dos anos tenha passado a ser mais usado como abreviação para as mulheres que pressionaram as fronteiras culturais.

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A bola está com elas

Exposição, em SP, reconstrói a trajetória das mulheres no futebol. Desde os primeiros tempos no século 19, passando por sua proibição até 1979 e pela popularização de hoje, história é marcada por apagamento e desigualdade de direitos

por Inês Castilho, em Outras Palavras

Um decreto assinado por Getúlio Vargas em 1941 proibiu as mulheres brasileiras de jogar futebol. O impedimento caiu depois de muita luta, durante a segunda onda do feminismo – foi liberado em 1979 e regulamentado em 1983. A exposição do Museu do Futebol Contra Ataque! As Mulheres do Futebol convida a população a refletir sobre o apagamento do futebol feminino e à desigualdade de direitos no esporte.

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Em campo (também) contra o machismo

Proibido até 1979, futebol feminino hoje se populariza e contará com primeira transmissão de Copa. Por mais que mídia e corporações queiram domesticá-lo, prática desestabiliza universo esportivo, tradicional “espaço de homens”

Por Inês Castilho, em Outras Palavras

O grito: vagabundo!, numa voz feminina, fez soar o alarme. Olhei, era um xingamento da mãe de um dos garotos do Sub-11 do Botafogo de Ribeirão Preto, em jogo amistoso contra o rival Comercial, na casa do adversário. Pais torciam pelo time dos filhos como se disso dependessem suas vidas. A manhã de domingo estava fria e ensolarada, e eu me encontrava ali com meu neto, selecionado numa “peneira” do “Fogo” .

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Masculinidade Negra

A branquitude criou imagens visuais que aproximam a mulher negra, como a “doméstica”, a nós, homens negros, fica uma imagem de violência. 

Por João Bigon e Wesley Teixeira*, em CartaCapital

Que quer o homem? Que quer o homem negro? Mesmo expondo-me ao ressentimento de meus irmãos de cor, direi que o negro não é um homem. (FANON, 1952)

Não podemos reduzir toda essa experiência da masculinidade negra à palmitagem, esse não pode ser um bordão, ou frases de efeito, para explicar a complexidade da construção humana. Pois sim, nós homens negros também somos humanos, com toda sua profundidade, apesar de durante muito tempo não termos sido considerados ou construídos para isso.

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