Sobre pilha de cadáveres, país espera seu primeiro morto

Complexo Alemão. Cabula. Jacarezinho. Paraisópolis. Os massacres policiais e as centenas de assassinatos políticos (um a cada oito dias) não são suficientes para que enxerguemos como afundamos na brutalidade — e busquemos saídas

Por Almir Felitte, em Outras Palavras

A violência política está longe de ser uma novidade no Brasil. Da colonização aos tempos atuais, é difícil citar um grande processo político no país que não tenha sido forjado na violência. Aliás, para além dos grandes fatos históricos, é preciso que se diga que o próprio cotidiano brasileiro já se acostumou a ser construído através da brutalidade.

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“Não esperem pelo Brasil”: Cimi denuncia à ONU massacres e assassinatos de lideranças indígenas e defensores de direitos humanos no Brasil

As denúncias foram realizadas durante a 50ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU; a alta comissária diz estar alarmada com ameaças contra os direitos humanos e ambientais dos povos indígenas no Brasil

POR ADI SPEZIA, DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO CIMI

Enquanto o Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Organizações das Nações Unidas (ONU) se reúne em Genebra, na Suíça, para tratar de temas sobre Direitos Humanos envolvendo seus Estados-membros, no Brasil, os povos indígenas sofrem novo massacre e enterram os corpos dos indigenistas Bruno Pereira e do jornalista Dom Dom Phillips, do The Guardian, emboscados e assassinados no Vale do Javari, no Amazonas.

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Bifo: O mundo em guerra civil psicótica

Culto às armas. Assassinatos em massa nos EUA. O patético Zelensky convertido em paladino do Ocidente. Crise também perverte inconsciente coletivo. Diante do heroísmo dos psicopatas, saída está na deserção das ordens automáticas

Por Franco Bifo Berardi, no CTXT / Outras Palavras
Tradução: Vitor Costa

A primeira edição de Heróis foi publicada em Londres, em 2015. Comecei a escrever esse livro em julho de 2012 depois de ler sobre o massacre ocorrido na cidade de Aurora, Colorado. Um menino chamado James Holmes, vestido de Batman, com cabelo laranja, foi à estreia do filme O Cavaleiro das Trevas Resurge de Christopher Nolan e, durante a exibição, ele sacou algumas armas automáticas e disparou contra a multidão, matando dezenas de pessoas. Foram 32 mortes, se bem me lembro.

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“Não esperem pelo Brasil”: Cimi denuncia, à ONU, massacres e assassinatos de lideranças indígenas e defensores de direitos humanos no Brasil

As denúncias foram realizadas durante a 50ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU; a alta comissária diz estar alarmada com ameaças contra os direitos humanos e ambientais dos povos indígenas no Brasil

POR ADI SPEZIA, DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO CIMI

Enquanto o Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Organizações das Nações Unidas (ONU) se reúne em Genebra, na Suíça, para tratar de temas sobre Direitos Humanos envolvendo seus Estados-membros, no Brasil, os povos indígenas sofrem novo massacre e enterram os corpos dos indigenistas Bruno Pereira e do jornalista Dom Dom Phillips, do The Guardian, emboscados e assassinados no Vale do Javari, no Amazonas.

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Além do ‘Massacre de Guapoy’, Polícia Militar ataca famílias Kaiowá e Guarani, de Kurupi, em Naviraí (MS)

Ataques acabaram ofuscados pela proporção do ‘Massacre de Guapoy’, mas são importantes para elucidar a atuação de forças de segurança na defesa de interesses privados no Estado

Cimi

Ao mesmo tempo em que ocorria o ‘Massacre de Guapoy’, episódio marcado pela violenta ação da Policia Militar (PM) do estado de Mato Grosso do Sul, que assassinou o indígena Vitor Fernandes e deixou dezenas de feridos, uma série de outros ataques igualmente protagonizados pela PM e fazendeiros da região de Naviraí (MS) ficaram ofuscados e sub-noticiados.

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Por que direitos humanos não “pegam” nas polícias

Conhecimento das leis não falta. Mas muitos policiais são premiados por matar “suspeitos”; enquanto nenhum é agraciado por defender direitos dos cidadãos. Para enfrentar brutalidade, é preciso mudar a cultura de “capitão do mato” presente na corporação

Por Alexandre Pereira Rocha*, em Outras Palavras

No mês de maio deste ano, dois eventos representaram o dilema da violência policial brasileira. No Rio de Janeiro, no Complexo da Penha, uma operação policial deixou o saldo de 25 mortes. Noutra situação, policiais rodoviários federais trancaram um homem no cubículo de uma viatura e lançaram gás lacrimogêneo ocasionando-lhe a morte. Tais casos se somam aos mais de 6 mil registros de mortes decorrentes de intervenção policial ocorridos em 2021. Esses números levam-nos a questionar a efetividade da temática direitos humanos nas polícias brasileiras. 

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As chacinas no Brasil não são mais resquícios da ditadura, mas marcas de nossa frágil democracia. Entrevista especial com Carolina Grillo

Para a pesquisadora, o número e a incidência de mortes em massa revelam que essas ações já estão, perigosamente, no imaginário de combate ao crime. Isso fragiliza e fere o amplo sentido de sistema democrático

Por: João Vitor Santos, em IHU

O senso comum diz que democracia é o direito de todos. Mas a forma como se vive a democracia pode revelar que ela nem sempre é para todos. Um país que usa a morte como estratégia de segurança pública e estigmatiza os marginalizados como criminosos, encarcerando e matando, não pode se considerar plenamente democrático. De outro lado, não se pode ignorar a presença do crime organizado que, se valendo desse frágil sistema, cresce e corrói esse mesmo Estado que prega a morte.

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