Declaração de óbito de jovem morto na baixada Santista põe em dúvida versão da polícia

Familiares de Vinicius de Souza Silva dizem que jovem morto pela PM foi baleado e pisoteado

Por José Cícero, em Agência Pública

“O corpo do Vinicius estava muito machucado, todo apanhado. Tinha marca de botina. [Na maca] Ele estava de barriga para cima, na parte do estômago e peito estava fundo e com marca de botina”, contou um familiar de Vinicius de Souza Silva, 20 anos, morto na manhã desta segunda-feira (21) durante ação da Polícia Militar (PM) na Baixada Santista, litoral norte de São Paulo. O jovem é a vigésima pessoa morta por intervenção policial durante a Operação Escudo, que iniciou no fim de julho, como resposta à morte do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Patrick Bastos Reis. (mais…)

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Procura-se um Ministério Público. Por Almir Felitte

Os massacres simultâneos praticados pela PM em São Paulo, Rio e Bahia não são frutos do acaso. A fascistização das forças policiais, cada vez mais autônomas, é uma ameaça real. Ao cruzar os braços, o MP atira gasolina à fogueira

por Almir Felitte, em Outras Palavras

O fim do último mês de julho deveria ter sido marcado pela triste lembrança dos 30 anos da Chacina da Candelária. Mas, no Brasil, muitas tristezas do passado resistem a ficar apenas na história. Por aqui, a história é todo dia. (mais…)

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Relatos de dor e coragem marcam mobilização por Justiça no aniversário de três anos do Massacre do Abacaxis

Mesmo ameaçados, parentes de vítimas levantam a voz para compartilhar a dor e angústia predominante na região por falta de respostas

POR STEFFANIE SCHMIDT, COLABORADORA DA ASCOM – CIMI REGIONAL NORTE I

“O Governo do Amazonas autorizou esse massacre; o próprio governador, e hoje temos sofrido as consequências da irresponsabilidade dele. Quantas autoridades, juízes e delegados já passaram por esse caso? Quem teve a coragem e competência para dizer que o Governo é culpado? Nós sabemos que ele é culpado”. Um misto de dor, indignação e esperança marcou o segundo dia do ciclo de debates sobre Massacre do Rio Abacaxis, que trouxe representantes das comunidades ribeirinhas e indígenas dos rios Mari-Mari e Abacaxis, de Nova Olinda do Norte, para relatar as violações que vêm sofrendo desde a chacina ocorrida no dia 03 de agosto de 2020. (mais…)

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Guarujá é o novo Jacarezinho. Por Thomas Milz

Mais um evento em que policiais aparentemente vingam um colega morto com uma matança. Até quando haverá o “olho por olho”, em vez de inteligência policial?

em DW

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Carta aberta ao ministro Flávio Dino. Por Luiz Eduardo Soares

Diante das novas brutalidades da polícia contra negros e pobres, em três estados, tomo a liberdade de compartilhar algumas observações e propostas. Ao longo de décadas, acumulei mais derrotas que vitórias. Por isso mesmo, me permito algumas ponderações

Por Luiz Eduardo Soares, na RED

Nem quando, em 1999, ouvi no rádio do carro a notícia de minha morte, nem quando, ainda garoto, ao lado de meu pai, escutei no radinho de pilha a leitura do Ato Institucional número 5, em 13 de dezembro de 1968 -eu ainda não atinava completamente seu alcance devastador-, nem mesmo quando, em 17 de março de 2000, soube pela TV que havia sido exonerado da subsecretaria de segurança do estado do Rio, o que me levaria a fugir com a família para o exílio. Nada disso. O momento mais marcante eu vivi, às 18:44 do dia 30 de outubro de 2022, assistindo à edição especial do Foro de Teresina: as curvas se encontraram, as linhas se cruzaram e o destino do Brasil começava a apontar na direção da vitória sobre o fascismo. Lula ultrapassava Bolsonaro na contagem de votos. Viramos! A comoção que tomou conta da sala, nos abraços enxarcados, nas interjeições embargadas, na alegria feroz e contagiante, nada tinha de ingenuidade quanto aos limites do que seria sensato esperar. Aquilo era nosso culto, o exorcismo em gritos e pranto da abjeção inominável que o bolsonarismo representava. Era nossa forma de louvar a vida, com seus riscos e contradições. O voto do povo trabalhador mais espoliado rasgava o capuz que nos asfixiava. O futuro se abria diante de nós. (mais…)

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“Massacre do Abacaxis”: caso completa três anos e sociedade mobiliza debate em torno da falta de providências após indiciamento de acusados

Sob o tema “Haverá Justiça e Reparação? ”, evento reúne autoridades e representações da sociedade civil organizada, em busca de respostas para andamento do caso

POR STEFFANIE SCHMIDT, COLABORADORA DA ASCOM – CIMI REGIONAL NORTE I

A mobilização da sociedade civil pela apuração do caso que ficou conhecido como Massacre do Rio Abacaxis, trouxe para o debate público a cobrança sobre andamento do procedimento de denúncia dos envolvidos, ante à constatação do inquérito da Policia Federal (PF) da existência de provas e indícios do envolvimento de agentes públicos de segurança no crime. (mais…)

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Mesmo com a condenação de um executor, crimes em Colniza (MT) continuam impunes

por Carlos Henrique Silva, com informações da CPT/MT

Mais de seis anos depois de um dos mais sangrentos ataques a trabalhadores rurais do estado de Mato Grosso, que vitimou 9 camponeses na gleba Taquaruçu do Norte, no município de Colniza, parece que a justiça começa a ser feita. O primeiro dos três acusados de participarem da chacina, Ronaldo Dalmoneck, foi condenado a 200 anos de prisão, na última quarta-feira (31), em júri popular. Contudo a decisão não põe fim ao conflito, e a sensação de impunidade continua presente na região. (mais…)

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