O congresso dos desaparecidos, Por Bernardo Kucinski

Posfácio do autor ao livro recém-lançado

No A Terra é Redonda

Embora sempre tenham existido desaparecidos políticos, a expressão só passou a definir um ente no imaginário social depois que esse sinistro método de extermínio de dissidentes políticos foi adotado no Sul das Américas, entre os anos sessenta e setenta do século passado. Por meio de aparatos complexos e clandestinos, Estados delinquentes logravam a tripla invisibilidade, de seus crimes, de suas vítimas e da extensão da política de extermínio. (mais…)

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Decisões conflitantes da Justiça deixam evidente limbo jurídico sobre Lei da Anistia

Por Alex Tajra, no Conjur

Entre o fim do ano passado e os primeiros meses deste ano, decisões contraditórias da Justiça Federal têm exposto a fragilidade das interpretações sobre a Lei da Anistia — aprovada em 1979, portanto no início do processo de transição da ditadura civil-militar para a democracia — e evidenciado a espécie de limbo jurídico em que apurações sobre crimes cometidos pelo regime estão imersas.

Se por um lado o Supremo Tribunal Federal já declarou a constitucionalidade da norma, por outro deixou de analisar sua compatibilidade com as convenções internacionais, o que deixa espaço aberto para interpretações divergentes. O cenário se complica com as condenações do Brasil nas cortes internacionais, que também servem de embasamento para decisões que extrapolam as previsões da Lei — e superam o entendimento do Supremo. (mais…)

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Ditadura nunca mais: memória, verdade e justiça

Discutir a redemocratização do Brasil, passa por compreender sua precária política de transição pela garantia ao direito à memória e a verdade

Por Setor de Formação
Da Página do MST

Em 31 de março de 1964, há 59 anos, tropas do exército deram início ao levante militar que rompeu com o Estado Democrático de Direito no Brasil. Nesse período, a sociedade brasileira vivia momentos de uma intensa mobilização popular e sindical, com propostas concretas de reformas de base e um recém-governo favorável à realização dessas reformas, empurrado por uma grande pressão social de movimentos sociais de massa organizados que exigiam a melhoria de suas condições de vida e da democracia. (mais…)

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“Na democracia, militares devem ficar afastados da política”

“Memória sufocada” é o primeiro filme a mostrar as dependências do Doi-Codi em São Paulo. Para diretor Gabriel Di Giacomo, conclusão é que “a ditadura foi um período muito nocivo para o país”.

por Edison Veiga, em DW

Se toda história precisa de vilões, em Memória sufocada, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (30/03), eles são todos personagens reais. O principal é Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), coronel do Exército que chefiou um dos principais centros de tortura e assassinato de oponentes da ditadura militar do Brasil, o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi) de São Paulo. (mais…)

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Ato em memória e homenagem às vítimas da ditadura militar relembra os 59 anos do Golpe

O Memorial da Resistência de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e o Núcleo de Preservação da Memória Política convidam para o Sábado Resistente, no próximo dia 1/4, às 14h, no auditório do Memorial da Resistência (5º andar – Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia).

Neste dia, lembrando a data exata dos 59 anos do Golpe Militar de 1964, prestaremos uma homenagem a todas as vítimas do regime ditatorial, os que foram presos e torturados, os exilados que tiveram que refugiar-se em outros países. Principalmente, os/as brasileiros/as que, combatendo pela Liberdade e Democracia, foram assassinados e muitos deles até hoje desaparecidos. (mais…)

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Meu nome é Alexandre Vannucchi Leme e fui torturado até a morte há 50 anos

Nesta sexta, Alexandre Vannucchi será homenageado com ato na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, às 16h. Haverá missa às 19h na Catedral da Sé

Por Camilo Vannucchi, do UOL, na RBA

O meu nome é Alexandre Vannucchi Leme. Quando entrei na USP, em 1970, ganhei o apelido de Minhoca. A turma achava graça quando eu imitava um dos professores da Geologia, o Sérgio Estanislau do Amaral, conhecido como Minhocão. Quem não era da Geo devia pensar que eu virei Minhoca por ser franzino e por estar sempre me metendo na terra – o que também é verdade. (mais…)

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Paulo Galo, liderança dos entregadores, denuncia violência policial: ‘fui torturado das seis da manhã até o meio-dia’

Ativista dos Entregadores Antifascistas relata tortura em um túnel e dentro de uma delegacia em São Paulo, após ser abordado por PMs por não utilizar capacete

por Beatriz Drague Ramos, na Ponte

O entregador Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Galo, líder dos Entregadores Antifascistas, revelou neste sábado (04/03), em suas redes sociais, ter sido torturado  por policiais militares, na região oeste da cidade de São Paulo, no dia 15 de fevereiro.

Segundo Galo, as agressões ocorreram das seis da manhã até o meio-dia. “Então me torturavam, me batiam, me queimavam e diziam: faz o L. Você não gosta de queimar as coisas?”, contou Galo. (mais…)

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