Justiça de transição: para MPF, direito a indenização por danos decorrentes de atos da ditadura é imprescritível

Em manifestação apresentada ao STJ, subprocurador-geral da República Antonio Carlos Bigonha defende direito de parentes de vítima em ação contra Carlos Alberto Brilhante Ustra

O Ministério Público Federal (MPF) defendeu, em parecer enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o entendimento de que são imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar, conforme súmula do próprio STJ (Súmula 674). A manifestação do MPF foi em recurso especial contra decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que reconheceu a prescrição e extinguiu a ação de indenização movida contra Carlos Alberto Brilhante Ustra por parentes de Luiz Eduardo da Rocha Merlino, morto nas dependências do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna do II Exército (DOI-Codi), em São Paulo (SP).

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Apesar de decisão do STF, grávidas ainda são encarceradas no Brasil

Suprema Corte garante prisão domiciliar a mães de crianças até 12 anos

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

“Pobre, carente, negra, subordinada a um homem, condenada pelo crime de tráfico de drogas e mãe irresponsável”. É assim que são descritas, por membros do Judiciário e do Ministério Público, as mulheres gestantes, lactantes e com filhos de até 6 anos de idade que chegam ao sistema penal no Brasil, revela estudo feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).   (mais…)

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MPF denuncia ex-delegado do DOPS por ocultação de cadáveres e Justiça Federal reconhece imprescritibilidade de crimes da ditadura

Justiça Federal reconhece imprescritibilidade de crimes e incompatibilidade da Lei de Anistia com direitos humanos em condenação histórica

O Ministério Público Federal (MPF) obteve uma importante vitória na busca pela justiça e pela preservação da memória das vítimas da ditadura militar no Brasil. Na última quinta-feira (8), a Justiça Federal de Campos dos Goytacazes (RJ) condenou Cláudio Antônio Guerra, ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) do Espírito Santo, a sete anos de prisão, em regime semiaberto, pelo crime de ocultação de cadáver. (mais…)

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Corregedor Nacional de Justiça, Salomão ordena fiscalização na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do TRF-4

Por José Higídio, na Conjur

A Corregedoria Nacional de Justiça promoverá, entre estas quarta (31/5) e sexta-feira (2/6), uma correição extraordinária na 13ª Vara Federal de Curitiba e nos gabinetes dos desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região — unidades em que tramitam os processos remanescentes da “lava jato”.

A fiscalização foi determinada nesta terça-feira (30/5) pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, devido à existência de diversas reclamações disciplinares contra magistrados da vara e do colegiado. (mais…)

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Como matar – de novo – uma pessoa trans

Newsletter da Ponte, por Jessica Santos

Laura Vermont foi morta mais de uma vez. Na primeira, seu corpo sucumbiu a violência transfóbica da sociedade e da polícia, um caso permeado por mentiras, tentativa de fraude no processo e um enorme desrespeito pela vítima. As demais foram acontecendo ao longo da investigação e do processo judicial, quando sua identidade foi violada vezes sem fim.

No mês em que celebramos a luta contra a homofobia, a transfobia e a bifobia, o juri que absolveu os acusados pela morte de Laura foi recheada da mais pura e brasileira transfobia que nos faz, no final do dia, o país que mais assassina pessoas trans ano após ano. Tanto o juiz quanto o promotor do caso usaram o nome de registro de Laura ao longo dos dois dias de julgamento, adicionando mais uma camada de desprezo à memória de Laura, além de ferir a jurisprudência que defende que pessoas trans sejam identificadas pelo nome social, de acordo com sua vontade. (mais…)

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No atual ritmo, Brasil levará 2.188 anos para titular os territórios quilombolas com processos abertos no Incra

Morosidade, orçamento insuficiente e frágil política fundiária marcam o lento avanço do Estado brasileiro em assegurar o direito aos territórios tradicionais

Terra de Direitos

Caso o Estado brasileiro mantenha o atual ritmo de regularização fundiária dos territórios quilombolas serão necessários 2.188 anos para titular integralmente os 1.802 processos abertos no momento no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Caso seja considerado o avanço de titulações parciais dos territórios quilombolas com processos na autarquia federal o tempo necessário é de 1.156 anos. (mais…)

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Ainda haverá justiça neste planeta? Por Luiz Eça

No Correio da Cidadania

Não há como discutir a condenação de Putin pelo TPI (Tribunal Penal Internacional). Iniciar uma guerra sem razão é certamente um dos piores crimes contra a humanidade. A pena aplicada foi mais do que justa e os juízes do tribunal sempre dispuseram do respeito internacional por sua competência e integridade.

Mas, como filosofou o ator Joe E. Brown, em Quanto Mais Quente Melhor, “nada é perfeito”. E os doutos magistrados andaram vacilando ao deixarem em paz os dirigentes dos EUA, autores de guerras devastadoras contra o Iraque e o Afeganistão. (mais…)

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