Racismo, homofobia, intolerância religiosa, gordofobia: saiba como denunciar um ataque na internet

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Nesta semana, o ator Leonardo Vieira, de 48 anos, procurou as autoridades cariocas para denunciar um ataque na internet. O galã recebeu uma série de comentários homofóbicos em suas contas em redes sociais depois que uma foto na qual aparece beijando outro homem foi divulgada na impresa. Antes do artista, outras celebridades, como as cantoras Ludmilla e Preta Gil, a funkeira Tati Quebra Barraco e a nadadora Joanna Maranhão, que também foram vitimas de xingamentos e ameaças na internet, já haviam procurado a polícia para se proteger. Assim como os famosos, qualquer pessoa está suscetível a um ataque na internet, devendo, neste caso, registrar queixa contra seus agressores.

Atualmente, existem inúmeras maneiras de entrar em contato com as autoridades competentes e denunciar um crime na internet, como racismo, homofobia, gordofobia, intolerância religiosa e também ameaças. Uma delas é procurar a polícia. Hoje, em cidades como o Rio de Janeiro, já existem delegacias especializadas em investigar crimes cometidos online.

Segundo informações da da Polícia Civil do Rio, é indicado que as vítimas registrem um boletim de ocorrência do caso diretamente na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). No entanto, quem não puder se dirigir ao local, pode fazê-lo em qualquer delegacia distrital. O mesmo acontece em outras cidades.

Para facilitar a denúncia é importante que a vítima apresente na delegacia o link do espaço onde os ataques aconteceram bem como o material impresso. Mesmo assim, isso não é obrigatório e não vai impedir a vítima de registrar um boletim de ocorrência.

Ministério Público Federal

A denúncias de crimes eletrônicos pode ser feita também diretamente ao Ministério Público Federal (MPF) que possui uma ferramenta online para que qualquer pessoa denuncie um ataque na internet. A partir do site do MPF, o cidadão pode preencher um formulário para denunciar os crimes. A ferramente permite que o denunciante, caso deseje, permaneça no anonimato. No site, uma pessoa pode denunciar um crime virtual mesmo que não tenha sido a vítima. Para a ferramenta, é importante que o denunciante tenham o link do espaço onde o ataque aconteceu bem como um print do ataque que deverá ser anexado ao cadastro.

SaferNet

As vítimas de ataque na internet também podem denunciar seus agressores por meio do site “SaferNet Brasil”, que é entidade uma associação civil sem fins lucrativos que possui acordo de cooperação com o MPF para coibir diversos tipos de crimes na internet, incluindo maus-tratos contra animais, pornografia infantil, xenofobia, racismo e outros.

O site traz um espaço exclusivo para as denuncias. Nele, basta o usuário selecionar o tema da denúncia, fornecer a URL (link) do espaço onde o ataque aconteceu na internet e um breve comentário sobre o ocorrido para denunciá-lo. As denuncias são feitas de forma anônima. Após cadastrada, a denuncia recebe um número de protocolo cujo andamento poderá ser acompanhado pelo usuário.

Segundo dados da SaferNet, a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos recebeu em 10 anos mais de 3 milhões de denúncias anônimas.

Foto: Marcos Hermes/ Divulgação. O cantor Milton Nascimento, de 74 anos, publicou um vídeo nesta quarta-feira em sua página oficial no Facebook em solidariedade à participante do “The voice kids”, Franciele Fernanda. A menina, de 14 anos, se apresentou no programa do último domingo interpretando a canção “Maria, Maria”, de autoria do cantor, e foi alvo de ataques racistas na web.

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