Campanha Revoga, Dilma!

Por Pelo Território Pesqueiro

As medidas de ajuste fiscal realizadas pela publicação da medida provisória 665, que virou a lei 13.183/2015 e que ensejou nos terríveis decretos 8425, 8424, da presidente Dilma Roussef atingiu um dos grupos mais vulneráveis do Brasil: os pescadores artesanais.

O Estado sempre impôs às populações pesqueiras uma histórica exclusão, priorizando a indústria degradadora e a aquicultura insustentável como prioridade, inclusive nos governos do PT. As medidas recentes são apenas um novo capítulo de uma longa história de desrespeito aos nossos territórios e ao nosso jeito de viver. (mais…)

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Marcha para o fascismo

Por Leonardo Isaac Yarochewsky, em Justificando

“A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”  (Karl Marx)

Surgido em março de 1964 , “A Marcha da família com Deus pela Liberdade” foi um movimento que consistiu numa série de manifestações, ou “marchas”, organizadas principalmente por setores do clero e por entidades femininas em resposta ao comício realizado no Rio de Janeiro em 13 de março de 1964, durante o qual o presidente João Goulart anunciou seu programa de reformas de base. Agrupou segmentos da classe média, temerosos do “perigo comunista” e favoráveis à deposição do presidente da República. [1] (mais…)

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Capitalismo selvagem à brasileira

Empresas que se instalaram em Moçambique através de projetos exportados pelo Brasil avançam sobre as terras dos camponeses enquanto o país, em crise, se afasta dos programas de cooperação na África

Por , A Pública

A província de Niassa compartilha com o Malavi as águas azuis do terceiro maior lago da África e um espaço imaginário com o Brasil, entre os paralelos 13o e 17o Sul. Nessa latitude, a savana se torna cerrado do outro lado do Atlântico, onde a terra vermelha, o calor tropical e a vegetação baixa sombreada por árvores aproximam ainda mais Brasil e Moçambique, irmanados na língua e no passado de escravidão que marcou sua gente. (mais…)

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A suspensão de Cunha mostra que o tempo do Judiciário é o tempo de exceção

Por Salah H. Khaled Jr., em Justificando

A novela chegou ao fim: depois de muitos e muitos meses, o STF surpreendentemente determinou a suspensão do mandato de Eduardo Cunha, em “decisão excepcionalíssima”. Supostamente a gravidade da situação autoriza a medida, cuja legalidade é – na melhor das hipóteses – indefinida e borrada. Barroso elogiou a decisão de Teori e declarou: “Eu não quero viver em outro país, eu quero viver em outro Brasil”.

Fascinante. Pompa e melodrama. Certamente algo propício para mais um capítulo da atual epopeia de salvação nacional: um novo cordeiro é imolado como sacrifício no altar, em clara tentativa de higienização do golpe no imaginário popular. É tentador comemorar a ruína de Cunha. Não deixa de ser irônico que alguém que tenha empregado tantos estratagemas para violar a legalidade finalmente venha a sucumbir diante de uma decisão tão questionável como muitas de suas próprias. O legado de Cunha é de destruição. A história retratará com as devidas cores o que representou sua passagem pela presidência da Câmara dos Deputados. Mas não caia nessa não tão sutil armadilha. O criador se foi, mas a obra permanece: foram os dedos, mas restam os amaldiçoados anéis, em estranho trocadilho golpista. (mais…)

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Senador autor de PEC ambiental polêmica reconhece benefício a empresa da família

Autor de uma proposta de emenda constitucional cujo texto elimina a necessidade de licenciamento ambiental para obras, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) reconheceu, em entrevista à BBC Brasil, que terá “benefícios econômicos” particulares com a medida.

Os principais benefícios viriam da conclusão de obras de manutenção da BR-319, que corta a floresta amazônica e liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), onde uma empresa do pai do senador realiza transporte comercial de passageiros. (mais…)

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Uma justiça “bela, recatada e do lar” não impede a desconstrução do modelo democrático

Por Marcelo Semer, em Justificando

O punho desce com força.

O chamativo slogan para as ações da repressão foi um dos pilares da legitimidade do regime nazista. O endurecimento penal na Alemanha de Hitler não foi apenas um instrumento da transformação da democracia constitucional para o totalitarismo. Foi, sobretudo, uma eficaz propaganda.

Crise econômica, fragmentação política, frustração com a democracia e reclamos por ordem.

Ressalvadas as proporções históricas, o ambiente propício para o autoritarismo está ganhando cada vez mais horizontes por aqui. (mais…)

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Dilma compôs seu réquiem em Belo Monte, por Eliane Brum

O julgamento mais rigoroso da presidente e do PT, no tempo da História, será feito por brasileiros como João da Silva

No El País Brasil

Na quinta-feira, 5 de maio, Raimunda desligou a TV na casa da periferia de Altamira, no Pará. O noticiário local começava a transmitir a inauguração da usina hidrelétrica de Belo Monte por Dilma Rousseff (PT). Era um gesto pequeno, o de desligar o botão da TV. Era o esforço de Raimunda para proteger João da voz da presidente. Deitado na rede, sem movimento nas pernas, ele já não é capaz de proteger a si mesmo. Em Belo Monte, Dilma discursava, ovacionada por uma claque de movimentos sociais, denunciando o “golpe” para tirá-la do poder. Mas a palavra final sobre o legado da presidente não será do Congresso. O réquiem de Dilma Rousseff, no tempo da História, é o silêncio de João da Silva. (mais…)

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