Os critérios, as narrativas, e as “guerras hegemônicas”. Por José Luis Fiori

Guerra na Ucrânia deixou de ser uma guerra local para se transformar numa disputa sobre quem terá o “direito” de definir os critérios e as regras de arbitragem dentro do sistema mundial no século XXI

“The desequilibrium in the international system is due to increasing disjuncture between the existing governance of the system and the redistribution of power in the system [and] throughout history the primary means of resolving the disequilibrium between the structure of the international system and the redistribution of power has been war, more particularly what we shall call a “hegemonic war”.(1) (mais…)

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Nem beco sem saída. Por José Luís Fiori

Erros e desatinos estratégicos de uma potência que perdeu o prumo

No A Terra é Redonda

“Pouco depois de 11 de setembro de 2001, tornei-me conhecido como um ‘neoconservador’ que colocou os direitos humanos e a promoção da democracia na vanguarda da política externa dos EUA… (mas) hoje, estou muito mais ciente do que antes das limitações do poder americano e, portanto, muito mais cético em relação aos apelos para promover a democracia na China, Egito, Irã etc. Acima de tudo, os Estados Unidos devem ser mais cuidadosos com o uso do poder militar do que nos dias inebriantes do ‘momento unipolar’”
(Boot, M. What the Neocons Got Wrong. And How the Iraq War Taught Me About the Limits of American Power. Foreign Affairs Today, March 10, 2023)

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A Questão Meridional. Por Lincoln Secco

No Brasil, a questão meridional manifesta exatamente a complexidade da sociedade civil, mas também sua desarticulação. É o nó górdio da democracia brasileira. O fascismo busca compor uma falsa unidade nacional dando às classes médias e a setores empobrecidos uma nova direção.

NO Blog da Boitempo

A clivagem regional que as eleições revelaram neste século XXI remete a uma questão meridional no Brasil. Foi em 2011 que me referi a esse tema no livro História do PT. A inspiração era evidentemente Antonio Gramsci. Nos anos 1960, Otto Maria Carpeaux sugeriu que temos no país uma questão meridional pelo avesso. Ou seja, setentrional.1

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Ariel Goldstein analiza cómo los grupos religiosos están copando la política en América

En su reciente libro el sociólogo rastrea el modo en que algunas vertientes evangélicas avanzaron en el tablero político de América Latina. Estados Unidos, Brasil, pero también México o El Salvador, como ejemplos de sus alianzas partidarias. Las iglesias shopping y el fiel como consumidor

 Por Horacio Bernades*, no Página 12

 En diez años, el evangelismo ha duplicado su porcentaje de creyentes en Argentina. En Estados Unidos, los pentecostales, la rama más poderosa dentro de esa iglesia, consumaron en 2016 una alianza con Trump que les permitió ensanchar su poder. En Brasil los votantes evangélicos representan casi un tercio de su población, y en países centroamericanos ese porcentaje es aún mayor. Los presidentes que intentan ganarse el voto evangélico no son solo los ultraderechistas, como Trump o Bolsonaro. Andrés Manuel López Obrador en México y Dilma y Lula en Brasil, también se lo han planteado como política.

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Estratégias norte americanas

Por Paulo Metri*

A hegemonia dos Estados Unidos da América (EUA) em relação aos demais países, nas últimas três décadas, foi construída por ações que começaram em passado distante. Ênfase na soberania para a formação desta hegemonia é encontrada, inclusive, em afirmações dos próprios pais fundadores.

Como esta posição é conquistada através de iniciativas em diversas áreas, como a econômica, a educacional, a tecnológica, a política, a diplomática e a militar, além de firme posição política de busca da liderança, e como as iniciativas soberanas da Rússia e da China estão em ascensão, poderá ocorrer que a hegemonia estadunidense será ameaçada no futuro. Aliás, a hegemonia dos EUA foi conquistada com o deslocamento da hegemonia inglesa, que prevaleceu até a segunda grande guerra.

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Intelectuais da mídia, a força-tarefa do sistema

A maior parte dos espaços de opinião na chamada grande mídia está atualmente preenchida por dois tipos de intelectuais: aqueles formados dentro das próprias empresas ou por elas projetados (colunistas, comentaristas, âncoras, autores, roteiristas, etc.), em sintonia com seus princípios e prioridades; e os selecionados externamente pelas corporações a partir de suas habilitações profissionais ou acadêmicas e, sobretudo, por seus perfis ideológicos.

Por Dênis de Moraes, no blog da Boitempo
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Todos se inspiram em Gramsci

IHU On Line – “A esquerda radical volta às raízes do pensador italiano para disputar com seus inimigos a usurpação dessa originalidade. A batalha que se inicia será cultural antes que política. Antonio Gramsci preside em segredo as marés profundas das democracias do Ocidente”, escreve o jornalista Eduardo Febbro, em artigo publicado por Página/12, 02-04-2018. A tradução é do Cepat. Eis o artigo:

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O pai de quase todos é italiano. Nasceu na Sardenha, em 1891, e morreu em Roma, no ano de 1937. Durante os 11 anos em que esteve preso (1926-1937) nos cárceres de Ustica (Sicília) e de San Vittore (Milão), desenvolveu boa parte de uma obra que colocou o filósofo marxista italiano Antonio Gramsci no centro das articulações políticas contemporâneas, sejam da extrema-direita, da direita clássica ou das esquerdas radicais.  (mais…)

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