Meia hora antes do horário previsto para a missa, duas beatas bufavam impacientes pela demora do padre. A poucos metros dali o indiozinho kaigang, Vitor Pinto, 2 anos, foi degolado. No sétimo dia depois do crime do penúltimo dia de 2015, a comunidade cristã resolveu homenageá-lo. No chão não havia flor ou vela, mas sangue. As beatas venceram o tédio percorrendo as marcas. Os sinais estão lá, sob a sombra da castanheira, em frente a rodoviária da cidade portuária de Imbituba, no sul de Santa Catarina. Dois bêbados que não sabiam do caso se uniram a elas. Aos poucos as pessoas surgiram, mais de cem. Meio-dia em ponto começou a missa. No mesmo horário que Vitor teve a garganta cortada, após ter os cabelos afagados pelo assassino
A reportagem é de Aline Torres, publicada por El País / IHU On-Line (mais…)