“Como a lama é muito fina, ela fica em suspensão durante muito tempo, ou seja, não sedimenta, formando uma grande mancha em suspensão. Isso faz com que ela seja facilmente transportada pelas correntes marinhas, de modo que não podemos descartar a possibilidade de a lama encontrada em Abrolhos ser a da barragem da Samarco”, afirma o biólogo
Por Patricia Fachin – IHU On-Line
As análises preliminares da água do Rio Docedepois do rompimento da barragem da Samarco, demonstram que os maiores impactos aconteceram na cabeceira do Rio, “porque a lama que estava barrada foi se depositando na beira do Rio e destruiu alguns povoados e matas ciliares numa distância de até 100 quilômetros da barragem”, diz André Cordeiro Alves dos Santos, membro do Grupo Independente de Avaliação do Impacto Ambiental – GIAI, formado por pesquisadores voluntários que estão analisando os impactos da lama no Rio Doce, e um dos autores do Relatório Parcial Expedição Rio Doce. Segundo o pesquisador, “o impacto na cabeceira do Rio é muito grande” e provavelmente vai demorar muitos anos para recuperá-la. (mais…)